Até quando vamos esperar, Flamengo?

Já estamos na final da temporada 2015 , foram três técnicos e mais de 10 transações de jogadores. Mas o Flamengo continua uma desorganização tática, equipe sem nenhum estilo e apenas promessas de melhoria.

Há muitas colunas eu bato nessa tecla aqui: O FUTEBOL MUDOU . Quem acha que pode implantar o mesmo futebol de cinco ou dez anos atrás, vai desaparecer no mercado. E o clube que acha que “medalhões” e “nomes” são garantias de sucesso ou escudo, vai virar chacota de rivais. Vivemos um momento totalmente diferente de outras épocas, dentro de campo um novo jogo nasceu, mas só o Brasil insiste em achar que basta ser pentacampeão, com talento.

Aliás, talento é algo que os campos brasileiros fazem mais com tanta abundância por causa de tanto despreparo. E nem precisa. Mas nem isso o futebol nacional percebeu, que a revolução dos últimos anos equiparou o nível técnico individual com aplicação tática, modelos novos de futebol e modernidade em termos de jogadores que fazem mais que apenas uma função. O banho tático do Chile sobre o Brasil prova isso.

O Flamengo já contratou e devolveu jogadores de defesa, de meio campo, de ataque… e a torcida continua culpando os atletas pela bagunça que é o clube durante o ano. Nunca refletem que falta padronização tática, falta um treinador moderno e que tenha se preparado para as novas filosofias atuais, falta um profissional que COMECE uma temporada e TERMINE uma temporada, falta acreditar num trabalho ao invés de ser pressionado por demissões constantes.

Atualmente limitam a dizer que o time tem a posse de bola e não cria, mas se vê um time estático, sem nenhuma jogada e só passes laterais. Parece que pratica outro esporte se comparado a Corinthians, Atlético Mineiro ou qualquer time europeu. Não força o adversário a abrir ou errar.

Contra o Figueirense a equipe teve 67% de posse de bola, trocou 471 passes. Ao todo foram 133 para frente e 284 (!) para os lados, juntando esquerda (148) e direita (136). Foram 11 chutes tentando o gol, contra 14 do time de Santa Catarina. Sendo que 64% deles fora da área, por total falta de penetração. Os números são semelhantes de outras partidas, mas com a diferença de agora que teve 10 dias de treino.

Ou essa diretoria começa 2016 com um treinador que tenha se preparado para o futebol praticado no mundo atualmente, que dê um padrão tático com filosofia de jogo (de preferência do exterior), ou o discurso todo pregado há três anos vai por água abaixo e quem destruiu o clube voltará rindo de tudo isso.

Fonte: Goal