Gérson Biscotto está a quatro dias de completar dois meses à frente da vice-presidência de futebol do Flamengo. Em sua apresentação, mesmo com o time na 13ª colocação e a 17 pontos do líder àquela altura, apostou alto e disse que acreditava na conquista do heptacampeonato. O Rubro-Negro emplacou seis vitórias, a possibilidade de título não chegou a ser palpável, porém o G-4 era uma realidade. Mais seis rodadas foram disputadas, e cinco derrotas vieram. O Fla despencou da quarta para 10ª colocação. Passada esse alternância de emoções, da euforia ao desânimo, fica a pergunta: Biscotto exagerou na projeção? Ele garante que não.
– Tinha um pouco mais de expectativa porque faltavam 18 rodadas. Na época eu falei: por que não título? Com toda sinceridade, não foi para jogar pra plateia nem pra torcida. Eram 18 rodadas, você joga 54 pontos, onde tudo é possível. O Flamengo tem um elenco que se não é dos melhores, também não é dos piores. Não tem explicação, ganhamos seis e perdemos cinco. Mas falei isso com muita convicção (a aposta no título), não foi balela – assegurou.
Perguntado se a instabilidade do Flamengo na tabela é reflexo de um time nervoso dentro de campo, o dirigente confirmou, mas ainda assim não tratou o comportamento como resposta para a queda de rendimento recente.
– Com certeza (o grupo está tenso). Mas como vou explicar? O forte do Flamengo sempre foi jogar e ganhar em casa, e os melhores momentos do Flamengo neste Brasileiro foram fora de casa, não tem explicação. Mesmo com a gente perdendo, jogamos bem fora de casa. Contra Palmeiras e Atlético-MG, mesmo perdendo de quatro, o time jogou muito bem. O elenco tem qualidade e vamos torcer para que se acerte nessa sequência.
Uma nova série de resultados é que o Flamengo precisa para voltar a se credenciar como postulante a uma vaga no G-4. Biscotto vê dificuldades, mas acredita.
– É difícil, mas não é impossível. Enquanto houver 1% de chances, vamos brigar.
Confira outros temas abordados por Biscotto:
O que mais de positivo aconteceu nesses seus quase dois meses de volta ao futebol do Flamengo (Biscotto também foi vice da pasta em 2005)?
Positivamente é o trabalho do Oswaldo. Chegamos juntos. Não posso falar do antecessor, mas é muito bom o trabalho do Oswaldo. O ambiente é o melhor possível, não tem atraso de jogadores. São muito profissionais. Se fazem algo fora do clube, não cabe a nós, mas o grupo é muito tranquilo.
E de mais negativo?
A parte negativa são esses cinco jogos. Esperávamos muito deles e não aconteceu.
O Flamengo já planeja 2016. O que esperar de contratações?
Temos hoje um Centro de Informação de Mercado e sabemos das posições em que somos carentes. Já estamos olhando, mapeando e vendo as possibilidades, mas tudo com calma, porque às vezes têm jogadores que você quer e são inviáveis. Em 2015 já houve uma evolução em termos de contratações. Tivemos o Sheik, o Ederson. O que aconteceu com Ederson (lesões) pode acontecer com outros jogadores. E o Guerrero é uma contratação que não tem o que se questionar. Já já ele volta a ser o Guerrero que conhecemos.
Já pensam em dispensas?
Não é possível alguém falar nisso em altura. As pessoas tratam como se estivéssemos já com uma barca pronta. Até parece que nós, a sete rodadas do fim, vamos pensar em algo do tipo.
Fonte: GE
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