O melancólico fim de ano do Flamengo intensificou o planejamento para 2016. Agora, além do elenco, o próprio técnico Oswaldo de Oliveira tem a permanência questionada no clube. A diretoria se reuniu ontem, como de costume, e o prestígio do treinador já não é o mesmo entre os vice-presidentes.
Há divisão entre os dirigentes também quando o assunto é a reformulação do time. A seis rodadas do fim do Brasileiro, o desgaste interno é crescente, principalmente depois que o voo de volta para o Rio, após a derrota para o Corinthians, teve protesto de torcedores, com direito a xingamentos. Há instabilidade em meio aos jogadores, entre atletas e a diretoria o diálogo é ruim e entre os próprios dirigentes o tema eleição é cada vez mais presente.
A pressão sobre Oswaldo se estende ao diretor Rodrigo Caetano. Tornaram-se rotina as acusações sobre falta de pulso na cobrança aos jogadores. O executivo, por sua vez, enxerga resposta do grupo, embora os resultados não estejam aparecendo. Como não pode vir a público por causa da suspensão aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, não deu explicações desta vez.
Mas ninguém esconde que Oswaldo perdeu força. A postura do treinador não tem transmitido sinais a dirigentes e torcedores de que será possível corrigir o rumo em 2015. Para 2016, com a promessa de peças novas no elenco, há o debate se um novo comando de ponta evitaria a chamada terra arrasada.
Do time atual, poucos jogadores têm, no momento, avaliação positiva. Entretanto, o tema deve gerar nova discordância na hora de formatar a barca. Nenhum membro da cúpula de futebol do clube fala no assunto abertamente, mas todos estão com os olhos em 2016.
Enquanto isso, a crise no futebol do clube é tema de discussão entre apoiadores das chapas que concorrerão na eleição do dia sete de dezembro. O presidente Eduardo Bandeira de Mello chegou a comentar a derrota para o Corinthians no domingo, bancando o treinador, e sem prometer rever nada do trabalho atual. Terreno fértil para ataques dos concorrentes Wallim Vasconcellos e Cacau Cotta que cobraram resultados através de comunicados aos sócios.
O clima de instabilidade se reflete nas atitudes em campo. Em meio ao tiroteio político, todos se escondem para não serem atingidos.
Fonte: Extra
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