Renato Maurício Prado: ‘A cara feia do Rio’

O desastroso desempenho dos times cariocas no Campeonato Brasileiro evidencia como são obrigatórias mudanças significativas e urgentes para que o futebol da outrora Cidade Maravilhosa volte a se mostrar tão competitivo quanto o de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – todos com representantes na próxima Libertadores.

Já por aqui, o máximo que se pode almejar é ter, novamente, os quatro grandes na primeira divisão. E nem isso é certo, pois, embora o Botafogo esteja retornando, a situação do Vasco é periclitante e nem mesmo vencendo os seus dois últimos jogos estará garantido – precisa de tropeços de Figueirense, Coritiba e Avaí. Detalhe se os dois primeiros ganharem uma de suas duas partidas, o Gigante da Colina tornar-se-á anão pela terceira vez em apenas oito anos…

A criação da Liga Sul-Minas-Rio é o primeiro passo para a revolução necessária. Faz muito tempo que o Carioquinha não passa de um “Me Engana Que Eu Gosto” – vide o desempenho nacional do campeão estadual deste ano: o Vasco.

Se o presidente da Federação de Futebol do Rio tivesse interesse real em melhorar a competição, já teria reduzido significativamente o número de participantes e datas, permitindo que os grandes se preparassem adequadamente, no início da temporada, e fizessem jogos que de fato valessem a pena e rendessem um bom dinheiro. Mas ele prefere viver dos gordos percentuais que abocanha das rendas e se aliar ao que há de pior e mais retrógrado no reino da cartolagem. Além de perseguir, despudoradamente, aqueles que não seguem a sua cartilha e lutam por qualquer tipo de avanço e modernidade.

Não é sem motivo, portanto, que a dupla Fla-Flu desprezará o torneio do ano que vem, priorizando a primeira competição da Liga Sul-Minas-Rio. Ela já é a solução definitiva? Claro que não. Mas é um caminho. Que aqueles que pretendem ingressar num mundo globalizado e profissional de verdade, precisam trilhar.

Mudança radical

Jogo após jogo o elenco do Flamengo demonstra como precisará ser grande e severa a reformulação para 2016. O grupo atual é fraquíssimo tecnicamente, não tem nem sequer a raça característica daqueles que vestem a camisa rubro-negra e tampouco demonstra um nível de profissionalismo aceitável e coerente em um clube que decidiu ser responsável fora das quatro linhas, mas, por desconhecimento de causa, segue irresponsável dentro delas (que o diga o famoso Bonde da Stellinha).

Com as finanças reequilibradas por três anos de elogiável administração austera e, auxiliado pela aprovação do Profut, o Flamengo, com um faturamento previsto superior a R$ 300 milhões/ano, não tem mais desculpas para errar.

Fonte: RMP

Coluna do Flamengo

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