Unidos por melhorias no futebol carioca, unidos na Primeira Liga e unidos na tentativa de comprar o consórcio que administra o Maracanã. Em conjunto com a empresa CSM, especializada em marketing esportivo, Flamengo e Fluminense negociam a aquisição da operação do estádio – em condições de igualdade. Tratativa que envolve a construtora Odebrecht e o governo do estado do Rio de Janeiro.
A ideia surgiu durante a aproximação das gestões de Eduardo Bandeira de Melo e Peter Siemsen. E se baseia na possibilidade de lucrar mais os jogos – atualmente, os clubes têm acordos individuais para a exploração de bilheteria. Passou a ganhar corpo, porém, após a Odebrecht, comandante do consórcio, não conseguir renegociar o contrato de exploração com a administração do governador Luiz Fernando Pezão. Em dificuldades financeiras, a Maracanã SA, nos dois primeiros anos de funcionamento, teve prejuízo: R$ 48 milhões em 2013 e R$ 77 milhões em 2014, conforme balanço financeiro. Existe, então, a possibilidade de negociação da empresa.
O tema foi discutido, pela última vez, com todas as partes, na semana passada. Na sexta-feira, em encontro com Pezão, representantes de Fla e Flu, reunidos no Palácio Guanabara para tratar da reforma do estádio Luso-Brasileiro, a alternativa ao fechamento de Maracanã e Nilton Santos para os Jogos 2016, trocaram informações. O Estado deverá dar o aval à negociação, afinal, a Odebrecht teria investimentos a serem feitos no parque aquático Júlio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros, mantidos no complexo em detrimento à construção de estacionamento e de shopping.
– O consórcio, aparentemente, tem interesse em deixar o negócio. O governo do Estado não pretende receber a operação de volta tendo em vista as dificuldades da área pública. Então, Fluminense e Flamengo estão conversando entre si e falando com o consórcio para avaliar a viabilidade de adquirir o negócio – confirmou o presidente tricolor Peter Siemsen, que ainda negou a possibilidade de o Flu ser inquilino do Fla, como divulgado nesta semana:
– Não existe a possibilidade de eu aceitar uma coisa dessas. De jeito nenhum. Este tipo de informação, em um contexto de disputa eleitoral do Flamengo, não tem procedência fidedigna.
Fred Luz, diretor geral do Flamengo, Fred Luz, confirmou a intenção dos clubes. Para ele, o momento é de esperar uma definição do consórcio:
– A preocupação de Flamengo e Fluminense é o que vai acontecer com o Maracanã. Se o consórcio ficar lá, está tudo certo. Um está mais satisfeito, outro menos, mas temos contrato com eles em andamento. A gente acha que é melhor que um dia os clubes sejam os donos dos contratos, ou protagonistas dos contratos. A gente prefere que não tenha uma empresa intermediária querendo se apropriar daquele negócio. Nós até admitimos ter uma empresa prestadora de serviços na operação, o que é outra coisa. Então, se houver perspectiva de (o consórcio) sair ou ser sucedido no contrato, o Flamengo e o Fluminense desejam estudar isso. Estamos estudando os números para ver se a gente tem um projeto economicamente viável. Estamos analisando para ver se conseguimos alguma equação que seja interessante do ponto de vista econômico para que Flamengo e Fluminense venham um dia a tomar conta do estádio.
O consórcio formado por Odebrecht Participações e Investimentos S.A. (empresa líder, com 90%), IMX Venues e Arena S.A (de propriedade de Eike Batista, com 5%) e AEG Administração de Estádios do Brasil LTDA (também com 5%) venceu a licitação para administrar o Complexo do Maracanã por 35 anos, a partir do final da Copa das Confederações (30 de junho de 2013). Pelo edital, a previsão inicial de gasto no investimento total no Complexo do Maracanã era de R$ 594.162.148,71.
Fonte: GE
Ótima notícia, realmente apesar de toda reestruturação feita pela atual administração do Flamengo, o Flamengo ainda não tem condições de bancar sozinho a construção de um estádio sem incorrer em grandes riscos. Acho que Flamengo e Fluminense podem sim administrar o Maracanã de forma igualitária e se num futuro que espero eu não seja tão distante onde o Flamengo, se houver interesse, tiver condições de sozinho ou administrar o Maracanã ou construir um estádio próprio poderá desfazer essa sociedade.
Em quais moldes seria essa compra dos direitos? Gastar dinheiro com massa falida não vale pena. É preciso pensar bem, antes de fazer esse negócio.
Se esperar mais um pouco, as escabrosas negociatas, com esse estádio serão desvendadas, e aí esse governo do Rio, que beneficiou empreiteiras, desde a obra da tal reforma, até a pseudo-licitação, será mesmo que contra a sua vontade, obrigado a devolver o estádio, aos seus verdadeiros donos, a população do Rio de Janeiro, que paga seus impostos, e que hoje fica praticamente alijada do uso desse equipamento, pois o mesmo virou uma atração para poucos.
Verdade! O Maracanã perdeu ha muito tempo a sua identidade. Destruíram a Geral!!!
Ótima ideia. é o ideal. O Flamengo tem que em fim ter o Maracanã, que já á esta pronto.
*Calma Peter Siemsen.kkkkk. Vai ter uma pontinha pro seu tricolor.kkkkkk.
* Na boa…O Fluminense entrando no negócio, seria interessante e a despesa seria dividida. A exemplo do que se faz na Itália, com Inter e Milan os dois podem dividir o uso do estádio…seria muito bacana. Quando jogar o Fla vermelho e Preto quando jogar o Fluminense as suas cores.
É bom ver que é possível clubes rivais dentro de campo se unirem em projetos como esse. Isso é prova de maturidade e de PROFISSIONALISMO. Dentro de campo cada um na sua, mas fora é perfeitamente possível parcerias desse nível.
Chega de clubismo e amadorismo. Pensamentos tipo: Vice da gama…
Não sei não como funcionaria essa Matemática hein xará…
Inter e Milan são clubes de tamanhos equivalentes.
Aqui no Rio o Flamengo e sua torcida é muito discrepante, é 5 vezes maior do que a do Fluminense.
A despesa seria dividida por igual mas o problema é o lucro também ser dividido por igual.
Tomara que essas obras sejam desfeitas.