O planejamento Rubro Negro esfriou?

A primeira semana pós-eleição foi animadora. Muricy Ramalho foi confirmado, concedeu uma boa entrevista traçando seus princípios e planos para os próximos dois anos no Flamengo, foi anunciada uma comissão técnica qualificada, além das contratações de Juan, Rodinei e Willião Arão.

Tudo de forma rápida e dando a entender que o planejamento já estava montado e sendo executado.

Entretanto, de lá pra cá as coisas parecem ter esfriado. Não sei se pelas festas de final de ano, mas tenho a impressão que alguma coisa desandou.

Espero que seja apenas ansiedade deste blog, mas, por exemplo, nomes que estavam bem encaminhados, com o Muricy praticamente selando a vinda de Henrique, Muralha e do Díaz, agora viraram incógnitas.

Mesmo assim o discurso da diretoria continua sendo que virão reforços de peso no nível do Guerrero. Vamos ver.

Outro ponto que me preocupa é o inchaço do elenco. Planejam um elenco de 38 jogadores para disputar a Primeira Liga (cinco datas) e o Estadual, porém ao mesmo tempo devem emprestar novamente os diversos jogadores que voltam e que poderiam ser úteis, como o Léo, Rafinha, Thomás, Muralha, Frauches, além da dupla Matheus e Adryan que retorna no meio do ano, o que evitariam gastos desnecessários com reforços para compor o elenco e assim manter o foco total na montagem da equipe titular.

Ora, se não conseguem fechar a contratação do Henrique, considerando plano A, pra que investir esforços e dinheiro em uma porção de jogadores para compor elenco se outros tantos voltam dos empréstimos? A prioridade é reforçar um dos setores mais traumático do time ou não?

Por fim, além da zaga o foco primordial e de suma importância é na posição de volantes. Não adianta ter ótimos zagueiros se na entrada da grande área há uma cratera e se ali não tem jogadores que marquem e ao mesmo consigam fazer o Flamengo sair pro jogo de forma compacta.

O futebol moderno exige jogadores com essa dupla-função e os grandes times possuem esses jogadores. Como é o caso do Elias no Corinthians. Não é fácil de achar e por isso a prioridade, a garimpagem e os esforços deveriam ser para essa posição.

Um dos melhores momentos do Flamengo no campeonato brasileiro foi quando o Allan Patrick atuou de segundo volante e fez a bola sair com facilidade e precisão da defesa pro ataque. Mas em time espaçado a defesa vira uma peneira.

E a contratação do Marcelo Díaz seria excepcional, mesmo machucado e voltando daqui dois meses. Outro bom nome é o Rithely, do Sport. O time pernambucano pede alto, mas porque não colocar jogadores na negociação? Como Éverton, Luiz Antônio ou Gabriel? Pode ser uma boa opção.

Sem histeria coletiva, mas o planejamento esfriou. No aguardo de notícias que mostrem o contrário.

André Amaral

Fonte: Ninho da Nação