Em litígio com o Botafogo, Willian Arão ingressou na Justiça contra o clube. O jogador entrou com ação na 27º Vara do Trabalho do Rio de Janeiro para declarar a nulidade da cláusula contratual que estabelece a renovação automática com o Botafogo. Na ação, o advogado do jogador, Bichara Neto, solicitou tutela antecipada. No entanto, Danielle Soares, juíza titular da Vara do Trabalho, não deferiu o pedido, e Willian Arão segue vinculado ao Botafogo. O atleta está apalavrado com o Flamengo. O Botafogo divulgou a decisão em seu site.
Cláusula no contrato de Arão com o Botafogo, assinado em janeiro, prevê renovação automática por dois anos, caso o clube pagasse ao jogador R$ 400 mil até o dia 30 de novembro. O valor da multa rescisória passaria a ser de R$ 20 milhões. Na última sexta, o Botafogo depositou o valor, mas Arão devolveu imediatamente. Novo depósito foi feito no mesmo dia. O atleta, por sua vez, voltou a estornar o depósito.
Na tarde da última segunda-feira, o Botafogo ingressou com ação contra o jogador e apresentou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) os comprovantes de depósitos e depositou o valor em juízo.
CBF ainda não registrou novo contrato de Arão
Nesta terça, o clube deu entrada na CBF para registrar o novo contrato de Willian Arão até 2017. A entidade, no entanto, entende ser necessária a assinatura de Arão no novo contrato.
O Botafogo alega que, no contrato, consta a assinatura de janeiro do jogador, quando ele foi contrato. O caso está em análise pelo departamento jurídico na CBF.
O GloboEsporte.com entrou em contato com a CBF e obteve a seguinte resposta da entidade:
– Pelo Regulamento de Registro e Transferência, o prazo para publicação é de 48 horas. Porém, no caso do atleta Willian Arão, o sistema da CBF não recebeu, até o momento, nenhum novo contrato para ser registrado.
Fonte: GE
Isso é escravidão, pior do que na época do passe.
A cláusula só devia valer com a vontade de ambas as partes. Se o jogador não quer ficar, como forçá-lo a aceitar a renovação?