Atacante passa a arriscar chutes de longe, volta para buscar jogo e, com média de 0,75 gol por partida, está a um de igualar marca que registrou em 18 duelos em 2015
Guerrero é discreto, de poucas palavras e avesso a badalações. Tal personalidade, porém, contrastou com sua chegada ao Flamengo, no meio de 2015. Fez três gols em seus três primeiros jogos pelo clube, o que havia acabado com o “caô” na Gávea em relação à ausência de um camisa 9. Mesmo caladão, deu entrevistas, cantou seu funk e logo ganhou status de ídolo. O caô voltou: lesões e dois jejuns, de cinco e nove jogos, o tornaram figura contestada por parte da torcida. Mas a paz tornou a reinar junto com a confiança: o peruano versão 2016, silencioso, já foi às redes em três das quatro partidas rubro-negras e, comendo pelas beiradas, já vai reconquistando os flamenguistas.
A atuação no pesado campo de Edson Passos e sobretudo debaixo de um forte calor atestou que Guerrero está leve. Mesmo depois de perder chance fácil criada por Wilian Arão, não se abateu. Após receber do mesmo Arão na ponta esquerda, longe do gol, teve paciência para carregar a bola até à área do rival, parar, ajeitar-se e mandar no ângulo. Nem pensou em tocar para Chiquinho, que passava freneticamente e sem marcação pela esquerda. No segundo tempo, quase fez outro numa cabeçada e, com o time nervoso após a igualdade do adversário dispôs-se a sair da área para armar o jogo. Mesmo com o elenco esgotado e no alto de seus 32 anos, brigou e correu.
– Foi legal na quarta-feira (contra o Atlético, pela Copa Sul-Minas-Rio), e todos ficamos contentes por ele. Estava brigando por isso, e o atacante fica incomodado mesmo. Mas voltou a confiança, aquele gol é de confiança. Em outro momento ele daria a bola para o jogador que está passando, e ele soltou a perna – disse Muricy Ramalho, após o duelo.
Finalizar sem ter medo ser feliz é uma marca dos últimos compromissos. Contra o Ceará (3 a 3), quase marcou duas vezes, primeiro numa acrobacia de perna esquerda e depois em testada à queima-roupa. Decidiu contra o Atlético-MG, com dois chutes de fora da área. No primeiro, pegou de primeira. No outro, dominou com a cabeça, carregou com facilidade e disparou da meia-lua para vencer Victor.
A alegria de comissão técnica e jogadores com a boa fase não empolga Guerrero, pelo menos em expressões. Não concedeu uma só entrevista na atual temporada e comemorou seus gols revelando-se aliviado. Não correu para torcida e pouco sorriu. Celebrou com parcimônia, mas o comportamento recatado não impediu os rubro-negros de gritarem seu nome.
O caô está momentaneamente acabado. Paolo Guerrero sofreu com pancadas – dos rivais e da torcida -, falta de estrutura do CT e pouca sequência de jogo por conta dos problemas físicos e das seguidas convocações. Agora respaldado por Muricy e animado com a promessa de que o Ninho do Urubu vai melhorar, o peruano parece pronto para ratificar a condição de principal atleta do elenco. A fase de comemorações em tom de desabafo está passando, e a pergunta que fica é: volta o caô ou sorriso? O ano de 2016 está aí para o camisa 9 responder.
Fonte: GE
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torcer pra ele renovar com o Fla no meio do ano.
Que continue assim. "Acabou o caô o Guerrero voltou".