Virou o ano. Ondas puladas, taças erguidas, abraços dados, promessas feitas. Passaram-se 2, 3 dias e veio aquela impressão que baixo astraliza quase todo começo de janeiro: nada mudou. Fiquemos atentos: impressão.
Já se foram quase duas semanas em 2016. No período, 9 caras novas pintaram na Gávea. 8 para vestir o Manto Sagrado e uma para comandá-las. Opa, alguma coisa mudou! E, se mudou pouco, tem de mudar mais. Ninguém é louco de querer, daqui pra frente, algo perto do que foi o Flamengo em 2015.
Se a mudança está sendo maior do que sentimos, o tempo não. São apenas 12 dias e uns cacarecos de horas. Ainda tem gente pra sair, ainda tem gente pra chegar e ainda terão mais duas longas semanas até que o Mengão entre em campo pra valer em 2016. Enquanto o tão esperado quanto o Carnaval dia 27 não chega, a gente compartilha nossas primeiras impressões flamengas no ano.
Casa
Tá feio o negócio no Maracanã. O Consórcio irá devolvê-lo ao Estado, que não deve querer – entre outros fatores – arcar com o déficit de jogos do Campeonato Estadual. Paralelamente, Consórcio e FERJ não se acertaram e o Maraca ainda não está liberado para receber uma partida em 2016. Ao que tudo indica, o Fla exercerá seu primeiro mando de campo do ano em Edson Passos, contra o Boavista, na estreia pelo Carioca.
É ano Olímpico e, daqui a pouco, esteja sob o comando de quem estiver, o Maracanã fechará, assim como o Engenhão. Pra jogar no Rio, vai ter de ser no Luso-Brasileiro, que não anima e traz péssimas recordações. As outras opções, não tão longe da capital, são as de sempre: Volta Redonda e Macaé, que também nunca empolgaram o torcedor rubro-negro.
Cogita-se, é claro, jogar em outros estados, o que pode ser maravilhoso pra parte da torcida, mas ruim para o time. É terrível ficar sem casa e esse será um grande problema que enfrentaremos em 2016.
Muricy
Diz-se confiante, realça o projeto do clube. Afirma que veio para vencer e acredita no sucesso, já que as pessoas que estão no Flamengo têm a mesma vontade e mentalidade do treinador. Segue na onda do “trabalho”, mas de forma diferente. Tem adotado discurso bem mais brando em relação a isso. Quer trabalhar com as categorias de base, algo que não costumava ser de seu feitio. À beira da Marquês de Sapucaí, Muricy Ramalho parece ter trocado a marchinha pelo samba-enredo.
O comandante se mostra maravilhado com a experiência de ser Flamengo. Não poderia ser diferente! Até a bola rolar, o provável é que esteja em sintonia com a Nação. Que assim seja por muito tempo.
Primeiro semestre
A surpresa do ano até aqui. O que era pra ser força total na Primeira Liga e a famosa empurrada com a barriga no Estadual, deve funcionar de maneira oposta. A Globo chiou e, visando uma parceria mais rentável com a emissora em 2017, Eduardo Bandeira de Mello suspendeu a ideia de jogar o Carioca com time B. O Fla vai com tudo na busca pelo 34° caneco.
No posto de maior time do mundo, o Flamengo queria ganhar mais com contrato de TV que os rivais da Primeira Liga, para a insatisfação geral da torcida arco-íris. O Cruzeiro saiu e voltou ao campeonato, Alexandre Kalil (ex-presidente do Atlético-MG) deixou o posto de diretor-executivo da Liga. No final das contas, foi fechado com a própria Globo o acordo pelos direitos de transmissão em apenas R$ 5,2 milhões líquidos (a serem divididos entre os clubes), com as viagens custeadas. Por estarem na Libertadores, Galo e Grêmio deverão poupar jogadores na Primeira Liga. Além disso, jogos dos 2 times terão de ser reagendados para não conflitarem com o torneio internacional.
A liga – outrora tida como menina dos olhos pra não depender da CBF – deve funcionar mais como congestionadora de calendário em sua primeira edição. A pergunta agora é: haverá uma segunda?
Time
Melhor que o do ano passado, não tem como ser diferente.
Até agora, chegaram Alex Muralha, Rodinei, Juan, Antônio Carlos, Chiquinho, Arthur Henrique, Willian Arão e Mancuello.
Saíram Ayrton, Marcelo, Samir, Armero, Luiz Antonio, Almir e Paulinho, fora o Lateral Léo, que voltou de empréstimo do Inter para ser emprestado, dessa vez, ao Atlético-PR.
Dos que ficaram, Everton é quem tem mais chance de ir embora. O esfacelado Corinthians o quer.
A grande incógnita segue sendo Ederson e a estrela Paolo Guerrero, que agora terá, ao menos, mais facilidade para se comunicar em campo. “Culpa” da nova esperança rubro-negra: Federico Mancuello. A verdade é que pouquíssimos de nós já o vimos jogar. Terceiro homem de meio-campo, canhoto, atua pela esquerda, aparece para o jogo, cobra faltas. É o que dizem. Um jogador, em tese, com a cara de Muricy.
Precisamos de zagueiro. A diretoria corre atrás e negocia com 2 argentinos: Luciano Lollo (Racing-ARG) e Alejandro Donatti (Rosario Central-ARG).
Com o que temos hoje, minha escalação ideal seria: Paulo Victor (Alex Muralha); Rodinei, César Martins (pode crescer ao lado de Juan), Juan e Jorge; Willian Arão (Ronaldo), Mancuello e Alan Patrick; Marcelo Cirino (Ronaldo/Willian Arão), Everton; Guerrero.
Ronaldo aparece duas vezes como opção, entre parênteses. Prova de que falta alguém para marcar nesse meio-campo. Jonas já demonstrou que, infelizmente, não é apto a disputar 90 minutos de uma partida de futebol. Adora um cartão (ou dois). Resta-nos recorrer à base e é exatamente nessa posição que está o grande destaque do Mengão na Copinha: o aqui já – muitas vezes – citado Ronaldo. 19 anos, volante, boa visão de jogo, marca bem e sabe aparecer como elemento surpresa. Com a molecada está sendo assim, tem que ver entre os marmanjos.
Enquanto os marmanjos de lá treinam, os de cá tentam achar alguma graça nesse 2016. A primeira impressão do ano é clara: sem o Flamengo em campo, mal dá pra dizer que começou.
Fonte: Nosso Flamengo | ESPN
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Que escalação muquirana hein....
Uma coisa é certa que: as contratações deste ano foram evidentemente superiores as do ano passado; vamos ver se algumas das apostas vingaram e ajudaram o Flamengo a tomar um rumo certo.