Basquete: Flamengo e Brasília se enfrentam pela Liga das Américas

Se Bauru e Mogi tiveram que se preocupar apenas em vencer seus adversários em quadra para assegurar suas vagas no Final Four da Liga das Américas, Flamengo e Brasília terão que suar dobrado para fazer o mesmo e garantir uma inédita decisão com quatro times brasileiros. Isso porque as duas delegações foram obrigadas a encarar uma verdadeira maratona para chegar a Barquisimeto, cidade venezuelana que sediará a segunda semifinal da competição. Entre voos, conexões, fuso horário e uma dose extra de paciência entre uma decolagem e outra, os dois únicos campeões do NBB levaram quase um dia para chegar ao local do clássico desta sexta-feira, às 18h40 (horário de Brasília), pela primeira rodada do Grupo F, que ainda contará com os donos da casa do Guaros de Lara e o Correcaminos Colon, do Panamá. O SporTV 2 transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha ponto a ponto, em Tempo Real.

Para ganharem um dia de descanso, os rubro-negros optaram em embarcar 24 horas antes que os rivais. A maratona que começou na madrugada de terça-feira, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, ainda passou por Panamá e Caracas, e terminou aproximadamente 20 horas depois na cidade mais populosa do estado de Lara, no oeste da Venezuela.

– Nós já tínhamos vindo para cá e sabíamos das dificuldades que sempre é. Foi uma decisão tomada junto com a diretoria de ter um dia a mais para nos adaptarmos e tirarmos um pouco do cansaço de uma viagem muito longa de quase 20 horas. O clube está nos dando todas as condições para nos preocuparmos apenas com os jogos e deixar que o nosso foco fique dentro da quadra. É um grupo muito difícil assim como o que disputou a outra semifinal em Bauru. As equipes chegam com mérito. Essa competição tem se caracterizado assim, a cada ano que passa a competitividade aumenta. Nós vimos isso na primeira fase quando algumas grandes equipes ficaram de fora, como o Gimnasia y Esgrima e o Capitanes de Arecibo, de Porto Rico, que investiram bastante e poderiam tranquilamente estar aqui – explicou o técnico José Neto.

Se nos bastidores o campeão de 2014 pode até ter levado alguma vantagem, dentro de quadra todos sabem que os confrontos serão duríssimos e disputados em igualdade de condição. Principalmente na estreia diante do Brasília, adversário que o Flamengo já venceu no primeiro turno do NBB 8. Mas nada disso importa para os rubro-negros. Como nesta sexta-feira a competição e as condições são outras, todo cuidado será pouco diante de um velho conhecido.

– Qualquer fase semifinal da Liga das Américas é sempre competitiva, mas nosso time vem crescendo desde o início da temporada. Não é à toa que conseguimos uma sequência de 13 vitórias. Acho que muito por méritos do que temos feito dentro da quadra, e isso nos dá uma confiança muito grande para enfrentar esse desafio. São quatro equipes em condições de avançar, mas talvez pelo histórico recente as pessoas tenham nos colocado como favoritos. De qualquer maneira, isso tem que ficar do lado de fora da quadra. Temos que entrar no primeiro jogo contra Brasília como se fosse uma final, é um torneio de tiro curto e cada jogo praticamente vale com se fosse isso. Não dá para vacilar. Vimos Bauru jogando em casa e lutando até o último minuto do último jogo para conseguir a classificação. Temos de usar esses exemplos para sabermos das dificuldades que vamos enfrentar – disse o capitão Marcelinho Machado.

Enquanto o Flamengo desembarcou em solo venezuelano com força máxima, Brasília não terá o ala Arthur. Com um quadro de hipertensão craniana ainda sem causa descoberta, o jogador sequer viajou para a Venezuela uma vez que a altitude e a pressão durante a viagem poderiam complicar a situação do camisa 4. Já o armador Jefferson e o ala/pivô Ronald, que estavam com caxumba, se recuperaram e foram liberados para viajar com o restante da delegação.

Cem por cento recuperado, Ronald treinou normalmente desde o início da semana, enquanto Jefferson, que apresentou o inchaço no rosto, mas sem dores ou febre, recebeu a chamada alta condicional e está liberado desde que outras manifestações da doença não sejam sentidas. O jovem Luiz Edwards, de 21 anos, recém-promovido ao time principal, será o substituto de Arthur.

– Ganhamos um homem para brigar pelas bolas no garrafão, mas perdemos um ala. Nossa equipe já deu várias demonstrações de que consegue se impor, mesmo nos momentos de adversidade. Tenho total confiança nesse grupo. Cada um vai se doar ainda mais para trazer a classificação – comemorou o técnico Bruno Savignani.

Se Marcelinho acredita que o jogo contra Brasília é o mais importante, o técnico José Neto faz um alerta. Para o comandante rubro-negro, todas as partidas têm a mesma importância. Ele cita o exemplo do Mogi das Cruzes para ressaltar que nem sempre o time que começa vencendo garante sua classificação.

– Um erro que podemos cometer é achar que tem um jogo mais importante que o outro. Temos que ter na cabeça que todos são extremamente importantes. A partida contra o Brasília, nosso primeiro adversário, pode não valer nossa classificação, mas pode nos deixar mais perto ou talvez mais longe da classificação. Nem sempre o vencedor está garantido na próxima vaga. O Mogi perdeu a primeira para o Quimsa e se classificou em primeiro do grupo. No sistema de disputa da Liga das Américas todo jogo vale bastante, por isso temos que ter o mesmo foco em todos eles – disse Neto.

Um dos estreantes do Flamengo na competição, JP Batista minimizou a maratona até Barquisimeto. Acostumado com as longas viagens nas ligas continentais da Europa, continente no qual viveu e jogou por cerca de uma década, o ala-pivô destacou a confiança e o entusiasmo com que o grupo viajou após a excelente atuação diante do triunfo sobre o Vitória, pelo NBB, no último sábado, no ginásio do Tijuca.

– Precisamos encarar todos os jogos da Liga das Américas como uma final. Não existe nenhum jogo fácil. Temos que entrar focados, nos preocupar com o adversário, é lógico, mas sabendo do que nós somos capazes de fazer em quadra. Esse time foi montado para disputar o título e acho que temos todas as condições. Sair daqui com uma vitória como a do último jogo foi ótimo, eleva muito a confiança de todos e é importantíssimo para entrarmos numa semifinal de Liga das Américas com a cabeça tranquila e focado na classificação. Foi um jogo bom e deu moral para o grupo – afirmou o jogador, que sonha com um Final Four verde-amarelo.

– Acho que é possível sim e seria lindo para o nosso basquete. Inclusive ouvi boatos de que as finais poderiam ser realizadas num evento-teste no Parque Olímpico. Seria maravilhoso poder fazer isso aqui no Rio, seria um final four histórico, mas por enquanto estamos focados em um jogo de cada vez.

Fonte: GE

Coluna do Flamengo

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