Na história recente do FlaBasquete, José Neto é peça chave. O treinador, que chegou ao clube em 2012 e, desde então, disputou todas as edições da Liga das Américas, está em busca do seu segundo título da competição continental. Hoje mais cedo, no Tijuca Tênis Clube, Neto bateu um papo exclusivo com o Garrafão Rubro-Negro sobre o comportamento dos seus comandados na primeira fase.
Ao ser questionado sobre o desempenho, o treinador ressaltou que a equipe segue em evolução:
“Não posso falar que foi ruim, afinal, nos classificamos em primeiro. Tivemos muita alternância entre ataque defesa, com bons momentos defensivos e momentos ruins ofensivos. Isso temos que usar para a evolução da equipe. Se formos olhar os números, nosso time teve o melhor ataque e a segunda melhor defesa do grupo, com um ponto a mais que o Gimnasia, que jogou contra o time colombiano quando não valia mais nada. Acho que temos que olhar o todo. E em cima desse todo, precisamos ver muitas coisas que, mesmo com a vitória, ainda estamos evoluindo.”
José Neto revelou o jogo mais difícil do Flamengo na LDA:
“O Gimnasia y Esgrima exigiu demais de nós. Com todo respeito ao Correcaminos (Panamá), o time argentino era um dos melhores dessa primeira fase, principalmente, pela inteligência e pelas trocas feitas durante o jogo. Estávamos muito focados para essa partida e isso fez com que a gente conseguisse, com nosso ritmo, a vitória. Eles só fizeram três pontos no último quarto, pois defendemos bastante. E tem outra coisa: contra o time panamenho, as duas equipes entraram classificadas, então, apesar da busca pelo resultado, a exigência da partida mudou. Todos os jogos foram importantes, mas o mais complicado foi contra o Gimnasia.”
O comandante tratou a rotação atual como “sonho” e elogiou os jogadores:
“A rotação do Flamengo é o sonho de qualquer técnico. Todos querem um elenco em que é possível explorar tudo dos jogadores. E eu tive esse privilégio. A Diretoria conseguiu montar uma excelente equipe, com grandes jogadores, onde posso fazer uma rotação extensa e manter a intensidade do jogo. Isso faz com que o time permita, por exemplo, apenas três pontos do adversário no último quarto e faz, também, com que a gente possa buscar uma vitória de trás para frente, ou seja, da defesa para o ataque. Então, isso acontece muito em virtude da consciência dos atletas, que sabem que têm que dar o máximo, independente do tempo em quadra.”
Fonte: Garrafão Rubro-Negro