Primeiro foi a P&G, a Procter & Gamble, dona da marca Gillette e considerada por muito tempo como a mais poderosa empresa marketing oriented do mundo, que em dezembro último rompeu seu contrato de patrocínio com a CBF. Em nota, a empresa informou que suas parcerias buscam entidades que “alinham com os valores da empresa” e procuram evitar associações que possam oferecer riscos à imagem da Gillette (nesse caso em particular).
Para o mercado publicitário, o peso de um rompimento como esse, por partir de uma empresa com o porte, nome e histórico da P&G, é muito grande.
Agora foi a vez da Sadia, marca da BRF – Brasil Foods (dona também das marcas Perdigão e Qualy) – que também rompeu seu patrocínio sete anos antes do final. Convenhamos, não é pouca coisa. Em sua nota a respeito, a Sadia nada informa, apenas ressalta, não desnecessariamente, que é uma empresa que “orgulha-se em incentivar seus consumidores a levar uma vida saudável e equilibrada, seja por meio do consumo de refeições balanceadas e/ou prática de esportes.” Envolvimento com corrupção pode ser muitas coisas, menos sinônimo de vida saudável e equilibrada.
Também a Petrobras cancelou o patrocínio da Copa do Brasil. Segundo o jornalista Rodrigo Mattos, funcionários da estatal creditam esse rompimento – o contrato era válido por mais dois anos, o corrente e 2017 – à perda de credibilidade da CBF com os escândalos ligados à corrupção.
Baseado na Lei de Acesso a Informações, o jornalista diz que a cláusula 12ª do contrato permite esse rompimento no caso de ocorrer “qualquer ato que cause dano à Petrobras e/ou à BR, inclusive no que diz respeito à imagem institucional” – não vou me alongar a respeito. Meu gosto pela ironia não vai tão longe, mas, assim mesmo, são R$ 6 milhões a menos por ano no caixa da Confederação.
Tanto a P&G como a BRF são empresas signatárias do Pacto pelo Esporte, promovido pela organização Atletas pelo Brasil e que vem a ser um “acordo entre as empresas patrocinadoras do esporte brasileiro que tem o objetivo de contribuir para a cultura e a prática de uma gestão profissional, moderna e eficiente do segmento” – e do qual também fazem parte outros dois patrocinadores da CBF: o Banco Itaú e a Vivo/Telefônica.
Sabe-se há vários meses que muitas empresas estão descontentes com os acontecimentos envolvendo as entidades do futebol.
No mundo, Coca-Cola e McDonalds pronunciaram-se duramente contra a FIFA e seu ex-presidente, Joseph Blatter. Também a Budweiser (AMBEV) e a Visa comentaram a respeito e não foram propriamente simpáticas.
O mesmo ocorre no Brasil com outras empresas patrocinadoras da CBF, embora sem manifestações públicas ou rompimentos contratuais.
A corrupção denunciada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e as prisões no 27 de Maio (para esse OCE, essa é uma data histórica, daí sua transformação em nome), deflagraram um processo de limpeza que tão cedo não terminará.
Esse processo levou à prisão grande número de dirigentes da FIFA, CONMEBOL, CONCACAF e federações nacionais, entre elas a própria CBF, e provocou o indiciamento de outros dirigentes dessas entidades, assim como de donos de agências de “marketing esportivo”.
Seus efeitos estão começando a aparecer. Outros virão.
As empresas olham estarrecidas para o lamaçal que, inevitavelmente, se aproxima de suas marcas.
No mundo de hoje, o bem mais precioso de uma companhia é a sua marca.
Esse é um ponto que muitos dirigentes de clubes, para não dizer todos, precisam aprender, para poder negociar patrocínios verdadeiros para seus clubes e não ações de “colocação de nomes nas camisas”, transformando-as em poluídos outdoors ambulantes.
“Nossa marca e nossa gente são nossos bens mais preciosos.”
Essa frase e esses conceitos estão presentes em todas as grandes empresas. Com uma diferença: as pessoas vão e vêm, mas a marca permanece.
Uma parte dos responsáveis pelo mundo da bola está sujando esse bem mais precioso e essa conta começa a ser cobrada.
Mudanças virão.
Fonte: Olhar Crônico Esportivo
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As federações recebem muita grana. Pra quê? Obviamente o aspecto esportivo se perde quando muita grana é envolvida. A Seleção deixou de ser uma obrigação cívica, uma honraria para ser (para os jogadores) apenas uma vitrine, onde as convocações são feitas por empresários (basta ver o caso do goleiro do Inter de POA, vendido quase que imediatamente após a convocação, quando haviam melhores que ele a disposição). O uso não do melhor técnico, mas do amigo do rei, não alguém que possa nos levar à vitória, aos períodos de gloria (após a Copa de ´94, fomos imbatíveis praticamente até 2005, perdemos as Olimpíadas e tivemos o vice mundial, mas sempre fomos o time a ser batido). Quando saiu a relação de apelidos das seleções, enquanto os ingleses tratam seu selecionado como "English Team" ou os espanhóis usam a alcunha "La Roja", nós somos "A Seleção", com letras maiúsculas mesmo e o mundo assim nos via. Mesmo com uma geração mediana, sempre fomos competitivos. Agora ferrou tudo.
Procter & Gamble vem patrocinar o maior do mundo!!!! SRN
Será... tomara... a gillete então... seria o máximo...
Os patrocinios na camisa do Flamengo alguém sabe como anda? É que vi a pouco o Palmeiras aumentar o seu com a Crefisa para R$ 58 milhões e o Corinthians bater o recorde de R$ 62 milhões.
Quando eles dão esses números eles sempre desconsideram o patrocínio que a Adidas faz ao Fla na camisa, que é o mais alto dos nossos patrocínios...
Mas esses números de Palmeiras e Corinthians também não consideram seus patrocínios de material esportivo, a Adidas e a Nike. Aliás, a Nike paga em dólar ao Corinthians, ou seja, hoje o Corinthians recebe mais por material esportivo que o Flamengo
NÉ SO A CBF QUE TA SENTINDO ESSES EFEITOS DA CORRUPÇÃO... É O BRASIL TODO... E VOU PARAR POR AQUI ANTES QUE ALGUM CORRUPETISTA DIGA QUE SOU BURGUÊS E QUE ISSO É GOLPE...
Noto que começa a surgir entre os torcedores do Fla uma corrente pedindo o EBM para presidente em 2018...
Voto fácil. Alguém que vem saneando a nossa dívida considerada "impagável" com ética e administra o maior time do Brasil de maneira honesta é tudo o que o nosso país precisa. Lógico que ele não é perfeito (não foram poucos os escorregões) mas a lisura de caráter de Eduardo Bandeira de Mello é inquestionável, o que faria dele um modelo a ser seguido.
Gostaria de ver a Sadia na camisa do Fla... Empresa séria e com credibilidade, como o Fla da atualidade.
Tabet disse que a próxima camisa do flamengo será uma parecida com uma que já teve muitas glórias(pra mim, a camisa mais linda do flamengo).
Daí vem o patrocínio da Petrobrás no manto hehe