Sem Rafael Hettsheimeir e Paulinho Boracini, o técnico Demétrius Ferraciú sabia que a tarefa de bater o Flamengo na primeira semifinal do Final Four da Liga das Américas, nesta sexta-feira, em Barquisimeto, na Venezuela, não seria das mais fáceis. Para piorar, o time paulista ainda perdeu numa tacada só Ricardo Fischer, machucado, e Alex Garcia, eliminado com cinco faltas, a dois minutos do fim. Àquela altura, os atuais campeões perdiam por apenas três pontos depois de estarem 17 atrás no último período. O momento era crítico, e a posse de bola, do Flamengo. Mas os rubro-negros pareciam que não queriam ganhar, e o castigo veio com requintes de crueldade. Com uma bola de três do ala Léo Meindl a 30 segundo do estouro do cronômetro, Bauru virou o jogo, segurou a pressão e venceu por 83 a 81 (39 a 45). Com a vaga na decisão deste sábado assegurada, a equipe paulista espera o vencedor de Mogi das Cruzes e os donos da casa do Guaros de Lara.
O JOGO
O primeiro quarto parecia que seria todo de Bauru. Depois de um começo equilibrado, a equipe paulista tomou as rédeas do jogo e deslanchou no placar. Muito em função do ótimo desempenho de Alex Garcia no período. Com 10 pontos nos 10 minutos iniciais, seis deles em bolas de três, o ala da seleção comandou os atuais campeões, que abriram 17 a 7 a cinco minutos do fim. Com mais opções no banco, José Neto mexeu no time. E a entrada de Meyinsse no lugar de JP Batista mudou o panorama do clássico. O Rubro-Negro cresceu com o americano em quadra, melhorou defensivamente e buscou o resultado. O empate de 24 a 24 acabou sendo um lucro para os cariocas.
Com um quinteto completamente diferente do que começou a partida, o Flamengo fez o primeiro ponto do segundo quarto em um lance livre de Meyinsse e esteve na frente pela primeira vez. Mas o placar mal ficou na mão dos líderes do NBB. Com Fischer inspirado no início do período, o time paulista voltou a controlar o jogo, abriu cinco pontos e parecia que escaparia na ponta outra vez. Mas foi só impressão. Se Demétrius não tinha muitas opões para mudar o panorama da partida sem Hettshemeir e Paulinho, machucados, José Neto contava com algumas cartas na manga.
Ronald Ramon e Rafael Mineiro eram duas delas e entraram muito bem em quadra. Juntos, eles anotaram nove pontos nos minutos iniciais e recolocaram o Flamengo no jogo. Mas foi só na primeira bola de três de Jason Robinson que os rubro-negros assumiram novamente a dianteira. Só que desta vez para valer. Com outra bola de três, agora com Mineiro, um lance livre convertido pelo ala americano e uma bandeja de Rafa Luz, os rubro-negros fizeram 45 a 37 e abriram sua maior vantagem na partida. Murilo descontou nos segundos finais e diminuiu o prejuízo para seis pontos antes do intervalo.
O segundo tempo começou com um verdadeiro bombardeio de bolas de três. Nos três primeiros ataques do período, dois arremessos certos de Jefferson e Ricardo Fischer para o Bauru e um de Olivinha para o Flamengo. O jogo pegou fogo de vez, mas teve que ser interrompido duas vezes por problemas no cronômetro de 24 segundos. A parada descalibrou a pontaria das duas equipes, que ficaram quase dois minutos sem pontuar. O jejum acabou com uma jogada de cesta e falta de JP Batista, que colocou o time rubro-negro 10 pontos à frente.
Demétrius sentiu o bom momento do Flamengo e parou o jogo. Irritado, o treinador do time paulista esbravejou com seus jogadores, mas a bronca de nada adiantou. Na volta para quadra, Jason Robinson acertou duas bolas de três seguidas e ampliou a diferença para 16. Robert Day ainda diminuiu o prejuízo com outro arremesso de três, mas os rubro-negros tinham total controle da partida e chegaram ao fim do quarto vencendo por 66 a 55.
Se a coisa já estava ruim para o Bauru, ficou ainda mais complicada quando Rafael Mineiro e Marcelinho anotaram duas bolas de três no início do período e ajudaram o Flamengo a abrir 17 pontos. Mas quando parecia tudo decidido, a equipe paulista fez quatro pontos seguidos e cortou a diferença para 13 pontos. Neto sentiu o perigo e parou o jogo. O pedido de tempo não surtiu efeito, e os atuais campeões diminuíram o prejuízo para sete.
O time rubor-negro sentiu a reação e passou quase três minutos sem pontuar, até que Ronald Ramon acertou uma bola de dois e tirou o Flamengo do sufoco. Mas Bauru era valente e se recusava a entregar a toalha. Com um péssimo aproveitamento na linha de lance livre e um erro atrás do outro, o Flamengo permitiu que o time paulista entrasse de vez na partida numa bola de três de Robert Day. Até que Ricardo Fischer deixou a quadra machucado e Alex foi eliminado com uma quinta falta que não existiu. A sorte parecia voltar para o Flamengo. Mas só parecia.
O Flamengo continuava abusando dos erros. Quando não era na linha de lance livre, era nos ataques dados de graça para o adversário. Depois de ficar três minutos sem fazer uma única cesta, os rubro-negros viram o castigo chegar a 30 segundo do fim. Com uma bola de três de Léo Meindl,os paulistas passaram a frente e seguraram a mínima vantagem na raça. Marquinhos ainda acertou uma bola de três no desespero, mas de nada adiantou para o Fla.
FLAMENGO: Rafa Luz (6), Marquinhos (9), Jason Robinson (10), Olivinha (15) e JP Batista (6). Entraram: Marcelinho (3), Jerome Meyinsse (15), Gegê (0), Rafael Mineiro (10) e Ronald Ramon (7). Técnico: José Neto
BAURU: Ricardo Fischer (15), Alex (16), Jefferson (11), Robert Day (17) e Murilo (13). Entraram: Labbatte (0), Léo Meindl (6), Wesley (5), Guilherme (0) e Leonardo Eltink (0). Técnico: Demétrius Ferraciú
Fonte: GE
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Putz! Vi até o terceiro quarto, o Flamengo sempre na frente. Mas esse time tem crédito, agora é focar no NBB!