A ponte aérea Rio-São Paulo pode ser até um alívio para os jogadores do Flamengo, que vão atuar no Pacaembu, contra o Fluminense, neste domingo. Mas as viagens sem fim, num ano que a milhagem rubro-negra bate recorde, ao menos têm um lado positivo: o de reforçar os cofres. O clube já arrecadou mais de R$ 5 milhões do que prevê receber em 2016 com bilheteria. O orçamento aprovado pela diretoria estima R$ 20 milhões entre venda de ingressos e cotas fixas, o que significa dizer que em três meses o Flamengo já está em 25% dessa previsão total de arrecadação com bilheteria.
Somente no clássico de Brasília contra o Vasco, o Flamengo vai receber R$ 800 mil. Anteriormente, já vendeu amistosos no Nordeste, contra Ceará e Santa Cruz, e dois jogos da Primeira Liga – neste caso, R$ 700 mil para jogos realizados em Cariacica e Brasília, diante de América-MG e Figueirense. No Fla-Flu de domingo, apesar dos descontos de 15% para federações e da incerteza quanto a grande público – efeito que pode vir da derrota para o Confiança -, há expectativa de faturamento de cerca de R$ 500 mil líquido. É o Flamengo que vai fazer a operação da partida, sem intermediários.
O problema é que esse faturamento fora de campo – que compensa o rombo deixado pela saída de patrocinadores, nos casos de não ter renovado com a Viton 44 e com a Peugeot – cobra o preço dentro das quatro linhas. Os jogadores não esconderam em momento algum o desgaste de um ano cheio de viagens. E a diretoria, que fala abertamente de um ano atípico que exige sacrifícios e compreensão de atletas e da comissão técnica, mostra satisfação com o lucro acima do esperado neste início de 2016.
– Nem o David Copperfield (mágico e ilusionista norte-americano) conseguiria evitar as viagens, até a volta do Maracanã (provavelmente em outubro). O Rio só tem três estádios com a capacidade mínima exigida no Brasileirão: Volta Redonda, Macaé e São Januário. Assim sendo, mandaremos a maioria dos jogos em Volta Redonda e alguns clássicos em Brasília. Nossa prioridade para o Brasileirão será preservar o aspecto esportivo na escolha dos mandos de campo. De qualquer forma, será um ano de muito sacrifício para todos os envolvidos no departamento de futebol. A falta do Maracanã e Engenhão será muito penosa para o Flamengo, já que o nosso 12º jogador, além de patrão, é o mais importante do time, e razão de todo nosso esforço e dedicação – disse Flávio Godinho, vice-presidente de futebol do Flamengo.
A derrota para o Confiança não estava nos planos. Na verdade, nem mesmo o jogo de volta. O Flamengo chegou a notificar o time sergipano e a CBF para colocar as mãos na renda de mais de R$ 1 milhão da partida – a diretoria rubro-negra alegava diferença de R$ 536 mil do borderô divulgado e o número ao qual tiveram acesso. A vitória por dois gols de diferença sobre um time de investimento modesto, que subiu da Série D para a C, faria o Rubro-Negro voltar do Nordeste com cerca de R$ 500 mil líquido – correspondente a 60% do valor da renda, fora descontos. Com o revés, a arrecadação ficou integralmente com o clube sergipano.
O balde de água fria veio com os gols perdidos pelo time rubro-negro, a falta de eficiência e a fraca atuação do setor ofensivo, principalmente na segunda etapa. O golpe de misericórdia veio no gol dos sergipanos, que atuaram 88 minutos com um jogador a menos. O resultado influi no calendário já desgastante do rubro-negro e vai exigir mais uma partida da primeira fase da Copa do Brasil. Neste jogo, marcado para o dia 20 de abril em Volta Redonda, de certa maneira o inútil vai encontrar o desagradável. Isto é, um jogo deficitário, com o agravante de fazer mais uma viagem para fora do Rio.
Contra times frágeis, o time de Muricy conseguiu se sair bem, nos casos das goleadas sobre Portuguesa e Resende no Carioca. Também fez outras partidas de boas para razoáveis, caso do Fla-Flu, mas depois de levar pressão do Tricolor no início da partida. Mas já contra o Madureira, na estreia da Taça Guanabara, o desempenho foi bem irregular. Diante do Figueirense, o time levou contra-ataques e também se mostrou vulnerável. A mesma sensação foi percebida mesmo com um a mais desde os oito minutos do primeiro tempo contra o Confiança.
Fonte: GE
To observando já varios dias que o GE é quem mais bate nessa tecla de viagens, cansaço, desgaste, dando a entender que quer colocar os jogadores e a torcida contra essas ausencias do CRF no Rio dde Janeiro.
Vejo que de cada 3 reportagens que fazem do CRF, 2 é certeza eles escreverem sobre esse assunto.
A Globo já tá mais suja que pau de galinheiro e, sendo assim, não é muito inteligente da parte dela bater de frente com o CRF. Lembrem-se que as coisas ( Monopolio ) estão mudando nesse País. Por mais que estamos no momento numa bagunça que parece que não terá fim,as coisas irão mudar sim. E muito !
Peugeot?