Foram 23 vitórias e apenas cinco derrotas, pela terceira vez nos últimos quatro anos, o Flamengo fecha a temporada regular do NBB na liderança. Mas o início de trajetória dos cariocas não dava a impressão de que seria uma campanha tranquila. Remodelado após as perdas do cérebro do time, Nico Laprovittola, do aplicado Benite, do experiente campeão olímpico Walter Herrmann e da promessa Cristiano Felício, o clube precisou ir ao mercado e contratar, começar um novo trabalho.
Rafa Luz chegou para a armação; Robinson para ajudar Marquinhos e Marcelinho; JP Batista para ser mais um elemento no garrafão com Olivinha e Meyinsse. Rafa Mineiro foi a surpresa às vésperas do início da competição. As dificuldades foram logo vistas. Nos primeiros cinco jogos, duas derrotas para dois adversários diretos na luta pelo título: Bauru e Paulistano. O encaixe estava longe de ser perfeito. As equipes de São Paulo se mostravam mais entrosadas e à frente.
Enquanto tentava dar nova cara ao seu time, José Neto projetava terminar a primeira fase entre os quatro primeiros, o que daria ao time uma vaga direta às quartas de final. Mas os atuais tricampeões têm no sangue um verso do hino do clube que diz “vencer, vencer, vencer”. No fim de 2015, com uma sequência boa de vitórias, os jogadores se reuniram e fizeram um pacto: lutar com todas as forças para fechar março na liderança. Dito e feito.
– Foi tudo muito diferente. Cada temporada teve uma maneira de se jogar. Essa, a gente não começou tão bem, depois conseguiu ter uma boa sequência de vitórias, primeira colocação e dali não saiu mais. A gente tinha uma missão de terminar entre os quatro primeiros. Essa primeira colocação é mérito muito desses jogadores que no fim do ano, no último jogo (contra o Mogi), falaram que não iam terminar entre os quatro, mas sim em primeiro. Tiveram muito caráter para conseguir esse feito e, agora, é brigar por cada etapa e jogo dos playoffs, para que a gente possa disputar o título da competição – declarou o treinador, que ganhou seu décimo jogador logo no começo de 2016. Quase indo embora do Brasil, o portorriquenho Ronald Ramon foi contratado para ser a cereja do bolo.
E não era apenas no NBB o foco da equipe. Em paralelo, a disputa de três fases da Liga das Américas, a Libertadores do basquete. Viagens para o Panamá e duas para a Venezuela desgastaram o elenco e criaram minimaratonas.
– No meio, uma Liga das Américas, muitas viagens, quatro jogos em sete dias, uma maratona, mas tudo isso era previsto. Um time no Brasil que quer ter projeção em nível internacional tem que passar por isso. A gente estava preparado para isso. Agora, é foco nos playoffs.
Perder um armador do nível de Laprovittola não é fácil para nenhum treinador, ainda mais com um time entrosado e acostumado a tê-lo como termômetro. A saída do argentino obrigou José Neto e seus comandados a se reinventarem. Hoje, o time não vive de um, mas sim três opções de estilos diferentes.
– A gente tem três armadores na equipe, o Rafa (Luz), o Gegê e o (Ronald) Ramon, que faz essa função de 1 e 2 (armador e ala-armador). É com esse time que a gente vai brigar pelo título da competição, é com esse foco que vamos aos playoffs. Todas as vitórias e derrotas que passaram ficaram para a história. O time já mostrou que pode ganhar a competição ao terminar em primeiro. Não foram dois ou três jogos, foi uma fase de classificação com muitos jogos. Essa capacidade e o foco vão nos fazer brigar pelo título.
Passados 28 jogos, a comissão técnica e os jogadores terão poucos mais de duas semanas para ajustarem o que precisa. A primeira data das oitavas está prevista para o dia 16 de abril.
Perfeccionista, Neto adverte que para chegar ao tetracampeonato será preciso elevar o padrão de jogo.
– Precisamos melhorar nossa consistência. A gente tem um média de pontos tomados de 69, 70. Acredito ser muito por isso que a gente está conseguindo se manter em primeiro, mas tem muita coisa que pode melhorar: ritmo, defesa, nossas opções ofensivas, taticamente….a gente precisa abrir mais um pouco nosso leque, isso dá minha parte. Tenho que fazer para que nos playoffs a gente consiga uma vaga para a final.
O topo da tabela deu ao clube a possibilidade de ter mais mandos de quadra em todas as séries, algo que aconteceu nos títulos de 2012/2013 e 2013/2014. No ano passado, a decisão foi em Bauru.
– A gente luta na fase de classificação pensando no primeiro lugar, justamente para isso, para aproveitar e jogar o maior número possível de partidas decisivas junto à nossa torcida. Independentemente se o time está bem ou mal, ela está sempre apoiando a gente. A nossa torcida é assim. Os que torcem realmente para o Flamengo, torcem assim. Você não viu eles pararem em um só momento hoje (domingo, contra o Minas), mesmo com uma apresentação que não foi das melhores. O mínimo que a gente pode fazer é jogar o máximo possível para jogar mais partidas próximos deles.
Fonte: GE
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