A má fase técnica e o jejum de gols alcançaram o retrovisor de Guerrero de novo na hora em que o Flamengo mais precisa de seu goleador. Já são sete jogos sem gols em meio a sequência sem vitórias da equipe, que chegou a seis partidas. O camisa nove, porém, não se furta a colocar sua qualidade á prova e correr atrás do prejuízo após maratona de jogos. Em duelo com o goleiro Paulo Victor, levou o desafio no bom humor e pagou flexões ao ser derrotado em disputa particular durante o treino de finalizações, ontem.
A cada cinco rebatidas de Paulo Victor, Guerrero precisava dominar e chutar em apenas dois toques. Foram seis sequências, quatro vencidas pelo goleiro, com erros de pontaria do atacante. O exercício não era simples e se sucedeu á prática de finalização após cruzamentos, em que Guerrero também teve aproveitamento discreto. Em um dos lances, isolou e chutou o vento de raiva. Depois, abriu o sorriso. Como se mandasse a má fase de novo para longe, cheio de confiança.
Depois de uma reavaliação sem detectar lesão na segunda-feira, quando ficou na academia, Guerrero foi logo para o campo trabalhar. A fase coincide com a queda de produção também de seus companheiros de ataque. Marcelo Cirino e Emerson Sheik convivem com a sombra da reserva e a esperança do camisa nove é o retorno de Mancuello, contra o Boavista, no sábado, para lhe servir de garçom.
– Se for ver os lances nos jogos, falta um pouco de sorte para ele, concentração e capricho também. E a gente fazer a bola chegar nele para ele estar pronto – analisou Cirino, que marcou duas vezes contra Botafogo e Vasco e se credenciou para jogar ao lado de Guerrero. O peruano, aliás, vem de maratona de três jogos em cinco dias na última semana.
Assim, o técnico Muricy Ramalho só deve esboçar o time que enfrenta o Boavista a partir de hoje. Há apreensão quanto ao julgamento de Guerrero por agressão ao zagueiro Rodrigo, do Vasco, que pode acontecer ainda essa semana. O atacante corre o risco de pegar de quatro a doze jogos de suspensão.
Fonte: Extra