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Dia de decisão 1/3

Como reza a sabedoria popular, se a vida te deu um limão, faça uma limonada. Ainda que exista muito “pranejamento” disso ou daquilo, uma avalanche de planilhas excel que nos torna melhores que os Barcelonas em quase todos os aspectos não envolvendo bola, rede e, principalmente, bola na rede, a realidade nua e crua é que iniciamos nesse sábado uma sequência de partidas decisivas contra Boavistas, Bangus e Confianças. Como nosso peito rubro-negro não há de esmorecer e refrear sua paixão por pouca coisa, é contra esses nanicos mesmo listados acima que há de bater mais forte nos próximos dias, justificando assim a manchete até certo ponto exagerada que encabeça minhas asneiras no dia de hoje.

Bem… O Tio Muricy, cuja figura e trabalho prezamos muito e, arrisco exagerar e dizer, cuja permanência até dezembro no comando do Mais Querido é praticamente o “título” importante que almejo para a temporada, enxergou, após todos nós, o Stevie Wonder e o ceguinho da praça já o termos feito, que havia alguma coisa errada com o fato de passarmos tanto tempo sem uma vitória ou sem pelo menos balançar as redes alheias. Fora outros montes de coisas erradas que nos levaram a situação de decidir a vida contra times de menor expressão, para termos o direito de enfrentar nas semifinais do treco equipes não tão maiores assim, o esquema 4-3-3 foi eleito como um dos males, e o 4-4-2 é a bola da vez.

É com essa mudança tática, com uma semana inteira para treinar sem precisar bater bola em aeroporto e com a bagagem na mão e, esperamos, com um pouco mais… Ou melhor dizer um muito mais de atitude em campo, que pisamos na relva verde e bem cuidada do Raulino de Oliveira para um importante jogo contra adversário direto (quem diria?) na luta para estar no G4 ao fim do outro domingo.

Com Mancuello, a nossa espécie de Messias Tático de volta e Alan Patrick reconquistando a confiança (sem trocadilhos) do técnico, o Flamengo joga Guerrero e Cirino no ataque, e vê o Sheik cada vez mais fazendo o tão sonhado sonho do Banco Próprio se tornar realidade, local para onde vai poder levar uma bola e ficar jogando sozinho sem passar a mesma para ninguém. É torcer para a pelota chegar nos pés do gringo e ele converter isso em números expressivos no placar, o Cirino fazer pelo menos a única coisa que fez na temporada passada, doutrinar a Nanicada do Carioqueta das mais diversas formas e, caso nada disso aconteça, solicitar para a dupla de ataque o mesmo tipo de Toque Sutil e Significativo que o Pará deu no Jorge pra ver se o troço pega no tranco.

Do outro lado temos uma equipe que desperdiçou chance de ouro de firmar posição na tabela na rodada passada, quando conseguiu perder para o Bangu, até então o Saco de Pancadas Oficial da Taça Guanabara. O Boavista não pode reclamar de falta de experiência. Contando com um povo bem rodado como Luiz Alberto, Reinaldo, Thiaguinho, Leandrão e Anderson Luiz, a média de idade do nosso adversário só não é maior que a nossa porque a disposição do Vô Jorge equilibra fácil essa parada aê. Sem piada, a idade da dupla de zaga dos caras (Luiz Alberto e Anderson Luiz) somada dá incríveis 71 anos (!!!???). Se o jogo estiver chato, os dois, Mítico Juan e Vô Jorge pretendem armar uma mesa nas quatro linhas e partir para uma empolgante partida de sueca.

Enquanto o Boavista sonha alto com a possibilidade de passar para as semifinais do Ferjão Safra 2016, Leandrão tem sonhos bem mais humildes: “Somos do Vasco e queremos a oportunidade de voltar para o Vasco”. Um caso curioso de alguém que almeja ir bem uma competição… Para poder ter a chance de disputar a Série B na sequência. Vá entender…

Não tem desculpa. Não tem cansaço. Não tem nada. TEM QUE GANHAR O JOGO. Simples assim. Dos nanicos, só o Volta Redonda conseguiu vencer um dos “quatro grandes” na competição. Ainda que a gente tivesse jogado em Moçambique na sexta pela manhã, ainda que estivéssemos com 66 desfalques para a partida desse sábado, ainda que o jogo fosse disputado no saguão de desembarque do aeroporto… TEM QUE GANHAR O JOGO, e de preferência com uma boa apresentação. Vamos observar.

PETISCOS

. COMO TEM QUE SER. Flamengo levantando a voz e botando o pau na mesa nas negociações que definem o futuro do Maracanã. Até que enfim. A nossa verdade inventada do “O Maraca é Nosso”, não é tão inventada assim. Como a possibilidade dos Rolling Stones tocarem todo final de semana por lá deve ser desconsiderada, o estádio simplesmente não existe sem a Nação para garantir sua existência.

. AULA DE MARKETING. Um brotherzaço de longa data, o Henrique, dia desses foi forçado a perder alguns minutos do seu precioso tempo para ensinar/dar esporro no povo do Telemarketing Azul. Recebeu uma ligação na qual foi indagado se “GOSTARIA de renovar o seu plano de ST”. Prontamente ensinou: “Filho, não faz assim não. Essa abordagem aí tá toda errada e daí a gente vai perder mais ST ainda. O jeito certo é… ‘Passa o número do seu cartão que eu tenho que renovar o seu plano. Você não pode deixar de colaborar. É o Flamengo nessa porra!!!’ “

. AULA DE MARKETING 2. Dessa vez nem foi culpa da abordagem, mas um outro amigo meu disse que queria cancelar o seu plano de ST (isso não se faz). Ao ser perguntado pelo atendente o motivo da desistência, proferiu a dura verdade: “Quero cancelar porque eu moro no Rio”. Hilário e cruel ao mesmo tempo. Felizmente ele voltou atrás e renovou… Como tem que ser.

Fonte: Torcedor do Flamengo