Resumo do clássico: Jefferson milagreiro, PV falho e Guerrero estranho

Partida em Juiz de Fora ainda marcou o reencontro entre Willian Arão e o Botafogo. Jogo teve também goleiro alvinegro operando milagres, e peruano perdendo chances

O empate entre Flamengo e Botafogo não foi um primor do ponto de vista técnico. Porém, os quatro gols – terminou 2 a 2 – denotam que a partida não deixou a desejar no quesito emoção. E de fato. Cheio de possibilidades, o duelo pela quinta rodada da Taça Guanabara, em Juiz de Fora, ainda serviu para consagrar heróis e apontar vilões. Uns com status quase divino, outros humanos – e falhos – demais. Pior para os mortais Paulo Victor e Wallace, que falharam em lances capitais. Melhor para Jefferson, especialista em operar milagres.

O Botafogo soma agora oito pontos, na terceira posição. Já o Flamengo chegou a seis e segue fora da zona de classificação para as semifinais. No próximo sábado, o Rubro-Negro enfrenta o Boavista, às 16h (de Brasília), no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O Botafogo encara o Bangu no dia seguinte, em São Januário, às 18h30. Antes, o Glorioso enfrenta o Coruripe na terça-feira, em Alagoas, pela Copa do Brasil.

Depois da saída tumultuada do Botafogo e um processo judicial em andamento, Willian Arão reencontrou o alvinegro pela primeira vez vestindo a camisa do Flamengo. E a torcida do Bota não perdoou. Vaiou o jogador durante quase os 90 minutos.

Jefferson mostrou mais uma vez porquê tem grande prestígio com a torcida alvinegra. O goleiro foi o melhor jogador alvinegro em campo. Com pelo menos três milagres, São Jefferson vai ganhando uma aura divina no imaginário da torcida. E com razão.

Se o goleiro adversário viveu um dia de milagres, Paulo Victor sentiu na pele as agruras de um humano comum com a sua característica mais marcante: ser falho. O goleiro rubro-negro sofreu sobretudo com as saídas nas bolas aéreas. No erro mais grave, gol de Joel Carli. Que dia!

O peruano disputou neste sábado a sua terceira partida em apenas cinco dias. A maratona de jogos e viagens pode ter tido efeito direto na atuação apagada deste sábado. Irreconhecível, Guerrero perdeu boas chances. Em uma delas, saiu cara a cara com o goleiro Jefferson e acabou vencido pelo goleiro alvinegro. Deixou o campo no fim sentindo dores no pé esquerdo.

O Flamengo chegou ao primeiro gol com um belo lance de Alan Patrick, que, aliás, foi o melhor jogador do time na partida. Ainda no primeiro tempo e com o Rubro-Negro atrás do placar, o meia soltou uma bomba de canhota de fora da área. Inapelável.

O Botafogo tem em seu camisa 9 um garoto de apenas 18 anos. Responsável direto pela marcação do jovem neste sábado, Wallace, zagueiro do Flamengo, tem 28 anos e um currículo nas costas. Respeitaria a “lógica” que o alvinegro sofresse diante de um jogador mais rodado, principalmente em lances mais malandros. Porém, isto não aconteceu de fato. Em um lance dentro da área, Ribamar forçou o contato, e Wallace obedeceu. Pênalti.

Depois de passar uma vida sem marcar em clássicos, Marcelo Cirino marcou o segundo gol em dois clássicos consecutivos. Ambos de cabeça. A jogada garantiu o empate ao Flamengo no segundo tempo.

Embora disputado, o clássico em Juiz de Fora não teve contornos violento. Guerrero e Bruno Silva protagonizaram um caso isolado quase no fim do jogo. Sobrou mão para todos os lados.

Fonte: GE