Após cinco meses, o Maracanã reabriu seus portões exclusivamente para receber a final do Campeonato Carioca. Porém, jogadores e os poucos mais de 43 mil botafoguenses e vascaínos que compareceram ao estádio encontraram dificuldades.
Sem a administração do consórcio, o local ficou sob responsabilidade da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) e apresentou limitações muito além do estado ruim do gramado. Um dos que expuseram os problemas foi o técnico Jorginho, do Vasco, que revelou que os chuveiros do vestiário estavam com água fria.
“Todos os chuveiros estavam com água fria. Um estádio que passou por uma reforma dessa tão grande… Soltaram algumas placas de grama. É o maior palco do Brasil para o futebol. Ter show é legal, mas tem que estar preparado para o futebol. Então quero pedir a compreensão para quem cuida disso”.
Os torcedores também encontraram dificuldades. Os bares sofreram com a falta de produtos e alguns tiveram que fechar durante o intervalo, que é um dos períodos de maior consumo. Eles também não ofereciam a opção de pagamento por cartão, aceitando somente dinheiro. Já os banheiros estavam sujos e com vazamento de água.
O destaque pelo lado positivo foi o grande número de orientadores e seguranças dentro e fora do Maracanã.
No que se refere à imprensa, embora tenha sido feita uma limitação de jornalistas, a internet oferecida se encontrou em boas condições.
“Foi um esforço de todos ter o Maracanã de volta. Do presidente da FERJ (Rubens Lopes), do prefeito (Eduardo Paes), do Nuzman (presidente do COB)… Era um estádio que estava jogado, sem estar preparado para a prática do futebol por cinco meses. Foi tudo reconstruído em tempo recorde”, disse à Rádio Bradesco Esportes o diretor de competições da Ferj, Marcelo Viana.
A abertura do Maracanã aconteceu devido à liberação do Comitê Olímpico Internacional (COI), já que o estádio está reservado para a Olimpíada do Rio que acontecerá em agosto.
Fonte: Uol