Liderado por Paulinho Boracini, time paulista vence por 85 a 80 e empata série final
Vento que venta lá venta cá. Assim como o Flamengo foi até Marília e venceu fora de casa com atuação dominante no último quarto, Bauru fez o mesmo no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira. O ambiente era novo, mas o público, praticamente o de sempre. Mesmo sem lotar a Arena Carioca 2, palco do judô e da luta olímpica nos Jogos do Rio, o torcedor rubro-negro fez sua parte. Mas em quadra os jogadores sucumbiram diante de um adversário superior, sobretudo no quarto período, com vitória parcial por 38 a 31. No fim, 85 a 80 e 1 a 1 na série melhor de cinco jogos. O público total foi de 7.836 pessoas, sendo 6.077 pagantes – a carga de ingressos foi de 7 mil.
Liderada por Paulinho Boracini, com 17 pontos e sete assistências, e com boas atuações dos reservas Léo Meindl e Murilo, a equipe paulista força a realização do jogo 4, em Marília, no dia 4 de junho. Mas antes, no próximo sábado, as duas equipes fazem o terceiro duelo da série, no mesmo local, às 14h10, com transmissão ao vivo do SporTV 2 e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com.
– Acho que o nosso primeiro tempo foi muito bom, nossa defesa funcionou, e o nosso ataque foi muito feliz no segundo tempo. Perdemos em Marília, ganhamos aqui e agora temos outra batalha no sábado. Quem sabe não conseguimos outra vitória para decidir o título em Marília – disse o pivô Murilo, que saiu do banco para ajudar com 11 pontos e cinco rebotes.
Outros nomes importantes da equipe visitante foram Rafael Hettsheimeir, com 12 pontos e nove rebotes; e Alex, com 13 pontos e quatro rebotes.
Pela equipe carioca, Marquinhos acordou no segundo tempo após passar os dois primeiros quartos zerado. Foi o cestinha da partida com 26 pontos. Meyinsse anotou 11 pontos, e Marcelinho, 10. Apesar dos 80 pontos, o time de José Neto teve um aproveitamento decepcionante de apenas 38,3% nos arremessos de quadra contra 49,4% do rival.
– A equipe de Bauru tem diversas formas de jogar, e nós não conseguimos defender nesse último quarto, quando eles fizeram o que nós fizemos na última partida. Foi a primeira vez que levamos 38 pontos num período e isso acabou custando caro – reconheceu Marquinhos.
Apesar da derrota, a torcida rubro-negra aplaudiu o time após a partida, com cantos de que o basquete é o “Orgulho da Nação”, e o futebol, a vergonha.
A primeira cesta foi paulista, ou melhor, americana. Da linha dos três, Robert Day começou afiado e tirou o primeiro zero do improvisado placar. Rafa Luz deu o troco na mesma moeda. E assim caminhou o primeiro quarto. Equilibrado, mas sempre com Bauru à frente. A primeira liderança rubro-negra só veio a quatro minutos para o fim. Ramon recebeu falta da linha dos três e converteu todos os lances livres (10 a 9). O marcador era baixo, mas tinha uma lógica. Além da marcação agressiva de ambos os lados, os principais pontuadores das duas equipes nos playoffs erravam demais. Enquanto Olivinha e Marquinhos zeraram nos 10 minutos iniciais pelo lado dos donos da casa, Jefferson teve o mesmo desempenho, e Hettsheimeir anotou apenas dois pontos em 10 tentados. O empate de 15 a 15 não podia ser mais adequado.
Os dois times vieram bastante modificados para o quarto seguinte. Além de Marcelinho e Rafael Mineiro, que já haviam entrado no fim do primeiro período, Gegê foi a outra cara nova no Flamengo. Do lado de Bauru, entraram Léo Meindl e Murilo. As trocas feitas por Demétrius Ferraciú surtiram efeito, e a equipe paulista fez 16 a 8 na parcial, abrindo 31 a 23, a maior diferença da partida. Neto mexeu de novo. Colocou Jason Robinson e voltou com Meyinsse e Ramon. Mas nada adiantou. Com Olivinha e Marquinhos no banco o período inteiro, os donos da casa, que tiveram um aproveitamento pífio de 20% nos arremessos de quadra, ficaram pouco mais que cinco minutos sem marcar um ponto sequer. A diferença só não aumentou porque o ataque de Bauru também emperrou. Os rubro-negros só voltaram a pontuar a 1m26 do intervalo, numa bola de três de Marcelinho, que deu números finais ao primeiro tempo: 31 a 26 a favor do time paulista.
Como no primeiro tempo, os dois primeiros pontos foram de Bauru. Desta vez com Alex. E mais uma vez o Flamengo começou adormecido. Mas bastou Marquinhos converter sua primeira bola de três e anotar cinco pontos seguidos para a Arena Carioca conhecer a força da torcida rubro-negra e o sono acabar. O jogo, até então morno, pegou fogo. A diferença, que chegou a ser de sete, caiu para dois. Depois de tentar frear a reação dos donos da casa colocando Léo Meindl no lugar de Paulinho, que deixou a quadra esbravejando, Demétrius parou o jogo. O pedido de tempo não resolveu muito coisa. O empate veio numa cravada de Rafa Luz, e a virada, em dois lances livres de Marquinhos (41 a 39). No ataque seguinte, Paulinho acertou uma de três e diminuiu o volume dos rubro-negros. JP Batista recolocou os atuais tricampeões na frente. Mas em outra bola de três, essa de Alex, os paulistas voltaram a assumir a liderança (45 a 43).
O jogo, que já havia esquentado, pegou fogo de vez quando JP Batista e Marquinhos se estranharam com Léo Meindl e Murilo e tiveram que ser contidos pelos outros jogadores. Falta técnica para os dois lados. Marquinhos aproveitou os dois lances livres, e Alex desperdiçou o seu. Para piorar, o camisa 10 cometeu sua terceira falta e foi substituído pelo jovem Gui Santos. Os donos da casa se aproveitaram, passaram à frente e terminaram o terceiro período vencendo por 49 a 47.
Bauru voltou melhor, fez 13 a 5 e abriu sete pontos de vantagem a pouco mais de seis minutos do fim. Mesmo com três faltas, Alex voltou para quadra. Mas foi Murilo quem anotou uma bola de três para manter o time paulista com oito pontos de frente. De lance livre em lance livre, Marquinhos mantinha o Flamengo na parada. Mas o momento era todo do time paulista e, numa bandeja de Jefferson, os visitantes abriram 10 pontos a quatro minutos do fim e obrigaram Neto a parar o jogo. O pedido de tempo nada adiantou, e a vantagem pulou para 12 novamente com Jefferson, só que desta vez numa bola de três. O Flamengo até esboçou uma reação e diminuiu o prejuízo, mas a tarde era mesmo do time paulista, que venceu os 10 minutos finais por 38 a 31 e a partida por 85 a 80.
EQUIPES E PONTUAÇÃO
FLAMENGO: Marquinhos (26), Olivinha (8), Rafa Luz (7), Meyinsse, Ronald Ramon (6). Entraram: Marcelinho (10), Jason Robinson (2), JP Batista (6), Gegê (2), Rafael Mineiro (2). Técnico: José Neto
BAURU: Alex (13), P. Boracini (17), Jefferson (10), Robert Day (5). R. Hettsheimeir (12). Entraram: Léo Meindl (13), Murilo (11), Gui Santos (4). Técnico: Demétrius Ferraciú
A SÉRIE
Jogo 1: Bauru 77 x 83 Flamengo, em Marília
Jogo 2: Flamengo 80 x 85 Bauru, no Rio
Jogo 3: dia 28/5, no Rio
Jogo 4: dia 4/6, em Marília
Jogo 5*: dia 11/6, no Rio
Fonte: GE
Este foi o pior jogo q assisti na temporada. Nossa como o Flamengo jogou mal. Irreconhecível.