Com 23 partidas oficiais em cerca de 4 meses, time rubro-negro ainda não mostrou sua cara e segue em busca do melhor encaixe de peças que não deslancharam
Na primeira parte da temporada, o Flamengo viveu uma rotina de viagens e jogos em sequência. Era recorrente a análise da influência negativa no rendimento dentro de campo. Mas os dois últimos jogos da equipe deixaram claro que o trabalho a ser feito vai muito além da questão física. Após quase quatro meses e 23 partidas oficiais – a última a derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, pela Copa do Brasil –, falta identidade ao time comandado por Muricy Ramalho.
Para além do mau momento de alguns jogadores considerados importantes para o Flamengo, há a indefinição quanto ao esquema tático a ser adotado. Muricy Ramalho preparou o time durante a pré-temporada no 4-3-3, apostando em Marcelo Cirino, Emerson Sheik e Guerrero como um ataque de peso. Mas, depois de um início positivo, a tática passou a ser manjada pelos adversários. Muricy confessou que era preciso mudar e lançou o 4-4-2. Foram três jogos atuando nessa formação, que acabou por reforçar o ataque tendo como base um incremento do meio-campo na criação e na marcação. Os resultados traduziram: empate em 2 a 2 com o Botafogo e vitórias por 3 a 0 sobre Boavista e Bangu.
– Percebemos que estávamos jogando de uma maneira difícil de jogar, porque o adversário já estava identificando a nossa maneira de jogar. Aquela maneira (4-3-3) já está boa e agora temos que ter outra variação – justificou Muricy após o clássico contra o Botafogo.
A quase uma semana da estreia no Campeonato Brasileiro, Muricy garante que o Flamengo será competitivo. Mas a torcida do Flamengo ainda tenta saber qual será a cara do time na competição mais difícil da temporada. E isso se dá principalmente porque alguns dos nomes nos quais se aposta ainda não corresponderam. Veja abaixo.
GOLEIROS
LATERAIS
Rodinei e Jorge são estáveis nas suas condições de titulares. Mas a conclusão que o Flamengo tem é de que no momento é um time capenga. Pelo lado direito a equipe chega melhor ao ataque, principalmente pelas características de Rodinei, que combina boas jogadas com Willian Arão e Marcelo Cirino. O outro lado ainda carece de encaixe. No elenco, as alternativas não apresentam a mesma qualidade técnica. Pará e Chiquinho não chegam a fazer sombra aos titulares, o que pode criar uma acomodação.
ZAGA
Juan foi contratado como uma aposta, valendo mais seu vínculo afetivo com o Flamengo do que a história e o currículo invejável aos 37 anos. Mas ele se tornou a principal referência técnica e o único inquestionável da posição. Wallace sofre críticas desde o início do ano e na última partida abriu mão da braçadeira de capitão. Contratado no ano passado, César Martins está perto de ir embora sem deixar saudade. O clube deposita esperança em Léo Duarte, mas Muricy deu apenas uma chance ao jogador de 19 anos. Enquanto isso, a diretoria se empenha para contratar zagueiros com experiência. A tendência é que cheguem até dois nomes para a posição.
MEIO-CAMPO
Neste setor estão algumas das principais contratações do Flamengo na temporada: Cuéllar, Willian Arão e Mancuello. Os três são titulares, sendo que Arão é o mais regular. O volante colombiano mostra dificuldade na adaptação ao ritmo de jogo brasileiro – com especial afobação nas tentativas de desarme – e o meia argentino, por mais que seja voluntarioso e importante nas bolas paradas, ainda não foi regular e decisivo nos grandes jogos. O Flamengo também guardou para Ederson uma grande expectativa nesta temporada, que seria “a melhor temporada de sua carreira”. No entanto, apesar de inteiro fisicamente, o meia ainda não correspondeu e, por isso, não conseguiu se firmar entre os titulares.
ATAQUE
Fonte: GE
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Excelente análise. Imparcial e isenta de opinião pessoal. Na minha opinião o problema do time em campo é a falta no sistema defensivo. Os jogos onde o Flamengo foi bem, ele conseguia c sufocaram o adversário na saída de bola. Daí o resto acontece naturalmente. Se acertar isso, (e também melhorar o aproveitamento das chances de c gol) mesmo não jogando um grande futebol o time fica competitivo.
Tbm gostei da reportagem, so faltou falar do Wilian Arão que vem caindo de rendimento e some nas decisões.
Poi é Rodrigo. O Arão caiu muito. E está fazendo falta.
Boa análise. Só falta o Muricy ver.
Perfeito!
É só faltou falar da queda de rendimento do Airão nestas últimas partidas, mas também com este esquema e com ele tendo que aparecer como o elemento surpresa e ainda voltar para marcar e cobrir ( ai ele vai sempre chegar atrasado ) qualquer hora ele vai cair é duro no campo.