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“Para o Flamengo, esporte olímpico não é moda”, diz Lars Grael

Lars Grael, diretor da Comissão Técnica da Confederação Brasileira de Clubes, visitou a sede social do Flamengo, na Gávea, na manhã desta quarta-feira (11), para analisar as mudanças na estrutura dos esportes olímpicos e ver como foram aplicadas as receitas já destinadas às categorias de base das modalidades rubro-negras. Desde que assinou convênio com a CBC, o Mais Querido ficou apto a receber recursos da Nova Lei Pelé, totalizando R$5,4 milhões.

Como atleta, Lars Grael conquistou duas medalhas de bronze em Olimpíadas, em Seoul-1988 e Atlanta-1996, foi pentacampeão sul-americano e 10 vezes campeão brasileiro, e já sentiu na pele as dificuldades de ser atleta olímpico no Brasil. Em entrevista ao Site Oficial, ele falou sobre o investimento do Flamengo nos esportes olímpicos, a importância da parceria entre a CBC e os clubes do país e ainda elogiou a gestão rubro-negra.

“Para o Flamengo, esporte olímpico não é moda, é uma atuação histórica. Nem todos os clubes no Brasil têm as certidões para estarem aptos a receberem recursos públicos ou têm uma estruttura administrativa como a do Flamengo para fazerem um uso responsável desses recursos”, afirmou.

Veja a íntegra da entrevista:

Valorização dos esportes olímpicos pelo Flamengo

O Flamengo é um clube que tem um diferencial muito grande: embora sempre tenha sido identificado como de futebol, campeão mundial, com todas as suas conquistas e glórias nacionais e internacionais, também tem sua marca indelével no esporte olímpico. Para começar, nasceu como um clube de regatas, o remo sempre foi uma referência do Flamengo. Outros clubes tiveram tempos de apogeu e declínio, mas o Flamengo sempre foi constante nessa modalidade. Claro que tem espaço para crescer ainda mais, mas tem identidade com esportes olímpicos, o que fortaleceu ao longo do tempo, com a ginástica, o basquete, o judô… Isso mostra essa vocação. Hoje o Flamengo trata os esportes olímpicos com um nível de prioridade maior, buscando apoio em leis de incentivo federal, estadual, da CBC, e colocando gente que entende de esporte à frente dos olímpicos. Vejo com muito orgulho essa postura, com o sentimento de atleta olímpico que fui.

Importância da estrutura do Flamengo para esportes olímpicos

Temos vários clubes no Brasil que têm vocação para formar atletas olímpicos e paralímpicos. Alguns clubes são específicos de algum esporte, como são os iate clubes para vela, como são as hípicas para os esportes equestres, e outros multiesportivos, alguns de grande tradição e notório reconhecimento na formação de atletas, como Minas Tênis Clube, Pinheiros, Sogipa, mas um clube que tem na sua identidade maior o futebol fomentando o esporte olímpico é estratégico para o esporte nacional. Para o Flamengo, esporte olímpico não é moda, é uma atuação histórica e que conforme as fases que o clube passou teve mais ou menos ênfase. O importante agora é termos a consciência que olimpíada não é o fim de um ciclo, é um momento marcante de propulsão para o esporte olímpico e paralímpico nacional. A parceria do Flamengo com os comitês olímpicos dos Estados Unidos e britânico, o convívio dos atletas com os associados, é extremamente saudável na transmissão de conhecimento, na geração de referência de ídolos para a criançada, além do material esportivo que porventura ficará de retorno para o clube.

Desejo do Brasil de se tornar potência olímpica

Nós que lutamos pelos esportes olímpicos no Brasil temos a consciência que, independentemente da crise econômica e social pela qual passa o país, temos que preservar os direitos que foram adquiridos pelo esporte brasileiro. A olímpiada no Rio será um marco referencial, mas temos que desenvolver o processo de nos tornar potência olímpica após 2016, isso não acontece em quatro anos. Se em 2020 e 2024 o Brasil demonstrar um crescimento sustentável no quadro de medalhas, aí poderemos afirmar que o país virou potência olímpica. O momento da medição não será agora, em agosto.

Importância da parceria da CBC com os clubes

A CBC foi formada em 1990 como uma entidade representativa dos clubes sociais esportivos e formadores de atletas, na defesa de seus interesses. Só em 2000 foi reconhecida como entidade nacional, com assento no Conselho Nacional do Esporte. Mais recentemente, passou a ter o apoio do Ministério do Esporte, que remete parte dos recursos das loterias da Caixa Econômica Federal em favor da CBC para descentralizar esses recursos nos clubes formadores de atletas olímpicos e paralímpicos. Nem todos os clubes no Brasil têm as certidões para estarem aptos a receber recursos públicos ou têm uma estrutura administrativa como o Flamengo tem para fazerem um uso responsável desses recursos. Mas já são mais de 30 clubes beneficiados nesse processo, nos cinco editais que a CBC já celebrou convênios, na aquisição de material esportivo e equipamentos, no apoio dos clubes em competições em nível estadual, regional e nacional e agroa começando a apoiar a parte de recursos humanos, equipes técnicas dos clubes. A matriz do esporte no Brasil são os clubes. São dados do COB: mais de 80% da equipe olímpica que vai representar o país na Rio-2016 são de clubes, que usaram recursos dos sócios, sua própria estrutura, para formar os atletas e colocá-los no mais alto nível de rendimento. Mas depois que o atleta se torna medalhista olímpico, muitas vezes o reconhecimento não vai para os clubes. Esse é um processo hoje que a CBC defende, para que os clubes recebam apoio com recursos publicos e aumentem sua capacidade de formação.

Fonte: Site Oficial Flamengo

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • Parabéns flamengo , único que se pode de chamar de clube neste país .

  • O Flamengo precisava de um Póvoa no futebol! É impressionante o que esse cara fez e vem fazendo pelos nossos esportes olímpicos!
    Claro que também há menos pressão e cobrança nele, que tem espaço para exercer o seu melhor, sem imprensa especulando cada contratação, sem corneteiros criticando cada atitude tomada, isso facilita muito, pois evita corneta por coisa que nem aconteceu ou que ainda não está definida, como ocorre com muita frequência no futebol!

    No mais, só tenho que parabenizar essa gestão, eles acertam infinitamente mais do que erram, e isso é excelente!

    • Os esportes olimpicos passaram por uma reestruturação que é impossivel fazer no futebol. Simplismente acabaram com todas as equipes profissionais, Cielo, os hipolitos entre outros para poder usar os recuraos gastos com salarios de medalhões para estruturar o clube. O futebol passa por reestruturação mais devagar por simplismente nao poder manter um time só com a base. Só ter um pouco mais de paciência que tudo vai melhorar. SRN

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