Caros Rubro Negros,
Como todos sabem na semana passada o técnico Muricy Ramalho oficializou o fim de sua passagem pelo Flamengo por problemas de saúde. Mas não é segredo pra ninguém que a situação do técnico já não era tão prestigiada quanto na sua chegada. Existia uma pressão e já se falava em substituição do comandante, mesmo que de forma velada. De toda a forma, com o fim da era Muricy no Flamengo vale uma análise do que foi esse período para o Flamengo.
Muricy chegou celebrado pela diretoria. Um técnico “casca grossa”, vitorioso, que aguentaria a pressão. Apesar de uma passagem ruim pelo SP abreviada por seu problema de saúde anterior, ainda era um nome de peso. Um técnico linha dura que certamente imporia respeito e ordem a um grupo de jogadores muito criticados justamente por falta de comprometimento. Tiraria o grupo de uma letargia já instalada e certamente separaria o “joio do trigo” caso fosse necessário. Teoricamente tinha alterado sua maneira de ver o futebol em uma “passada” pelo Barcelona. Falou em gestão e transição da base para o profissional. Falou em um futebol moderno. Falou em estrutura. Seria o cara quer traria um choque de comando e gestão ao time. Traria modernidade. E traria estabilidade, uma vez que resultados ruins no início do ano dificilmente derrubariam tal figura, trazendo tranquilidade e dando tempo para que um trabalho de médio e longo prazo finalmente fosse desenvolvido no futebol do Flamengo.
Levando-se tudo que foi elencado acima, sou da opinião que a contratação do comandante foi uma bola cheia da diretoria. Cheguei a pensar até que ele podia ser o nosso maior reforço nesse momento. Pessoalmente nunca fui um fã do Muricy. Mesmo levando em conta seu currículo extremamente vitorioso sempre gostei de pensar que era possível, mesmo aqui no Brasil, apresentar um futebol “agradável aos olhos” e que desse bons resultados, diferente do “Muricyball”, aonde o resultado é inicio, meio e o fim do trabalho.
Mas a realidade que se seguiu não foi de encontro às expectativas. Por um lado muito se falou em “pré-temporada de luxo”, mas por outro lado vimos uma preocupação excessiva com resultados de jogos menos importantes logo de início em detrimento de testes com novos jogadores e mesmo com a base campeã da copinha. Pra se ter uma ideia, 2 jogadores trazidos esse ano já saíram do Flamengo sem jogar uma partida sequer….
No andamento da temporada até que em alguns poucos momentos vimos um time compacto, que poderia vir a ser competitivo. Mas isso foi a exceção. A regra foi um time pouco coeso, inseguro na defesa, previsível, em um esquema que visivelmente não deu certo. Também ficou clara uma insistência com jogadores que atravessavam má fase técnica e/ou física. E pior…novamente presenciamos um time pouco aguerrido. Um time que não fazia corpo mole, mas também não fazia questão de vencer e não se mostrava incomodado com as derrotas.
Outra coisa que marcou esse período foram as análises um tanto quanto desfocadas dessa realidade, seja na avaliação que o trabalho era bem feito e os resultados iriam aparecer ou seja em digressões como reclamações sobre viagens que já eram de conhecimento público a um bom tempo e que não justificam o pífio futebol apresentado.
E essa é a nossa realidade atual. Mais uma vez começando o brasileiro precisando de reforços importantes, sem um time pronto e na expectativa de que uma solução caseira de certo no comando do time. E sem esquecer a sombra de resultados imediatos que paira sobre nós, sob a terrível ameaça de termos Abelão, uma versão “robusta” de Muricy, como nosso novo técnico. Que São Judas Tadeu nos ajude…
Nota 10: Postura do time contra a Ponte. Conseguiu a virada e depois teve muita entrega e comprometimento para manter o resultado mesmo com um homem a menos por quase um tempo inteiro!!! Aí sim!!!
Nota 0: Eduardo Bandeira de Melo. Esse negócio de bater boca com torcedor em estádio não é compatível com a posição de presidente do Flamengo. E já não é a primeira vez… E mais, ainda dá espaço para mídias bairristas como a da “Band da TV fechada”, a Fox sports. Espero que o EBM tenha aprendido essa lição.
Nota 0 : Fernandinho. Que expulsão bacana… Ainda dá tempo de devolver ele pro Grêmio?
Nota 0: Adriano. Já largou de mão o time americano. Não mostra de forma alguma compromisso como profissional. E fala constantemente em voltar ao Flamengo… assim fica difícil, imperador…
Especial : Desejo uma rápida e consistente recuperação ao Muricy, um homem do futebol a quem nunca faltou vontade de trabalhar. Boa sorte!!!
Saudações Rubro Negras!!!!
Luiz Henrique Amorim
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Muricy nunca me enganou. Depois que deixou o São Paulo, deu sinais claros que a forma que ele armava o time era ruim. Foi campeão pelo Fluminense em 2010 com formação parecida. Ele gosta do toque de bola e recua demais o time. Flamengo nunca teve time pra se ver em contra-ataque. Nunca. Sempre foi um time que partiu pra cima, perdendo ou ganhando e estávamos vendo isso acontecer a alguns meses. Ainda bem que embora. Foi tarde.
Infelizmente é isso aí mesmo....
Abraços