Palmeiras e Flamengo foram punidos nesta segunda-feira pelos incidentes do jogo do último dia 5 no Mané Garrincha, em Brasília (relembre no vídeo abaixo). Após julgamento que durou cerca de quatro horas no STJD, o clube paulista, visitante na ocasião, teve pena maior: multa de R$80 mil e perda de um mando de campo com portões fechados – a partida pode ser realizada na Arena Palmeiras. O Rubro-Negro carioca também perdeu um mando, só que sem portões fechados, e recebeu multa de R$50 mil. Como não tem uma casa fixa na temporada, terá que mandar um jogo em local que esteja a 100km de distância do Rio de Janeiro e de Brasília.
A punição ao Palmeiras, como não ordena mudança de cidade, já vale para o duelo do próximo sábado, contra o Santa Cruz. A venda de ingressos já começou, e o clube deve entrar com pedido de efeito suspensivo. No caso do Flamengo, o prazo para que a pena seja cumprida é maior: com a mudança de cidade, não vale para o duelo do próximo domingo contra o São Paulo (a diretoria rubro-negra ainda espera a aprovação da CBF por um plano de segurança no Mané Garrincha, que chegou a ser interditado pelo STJD), e sim para o clássico contra o Fluminense, marcado para o dia 26, pela 11ª rodada – provavelmente será transferido para Natal-RN. Ainda cabe recurso.
O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, esteve presente na sessão e foi uma das testemunhas ouvidas. Fez questão de dizer que sente vergonha das torcidas organizadas e que hoje não há qualquer relação delas com o clube paulista. Após o resultado, foi argumentar com os auditores e mostrou grande insatisfação do lado alviverde.
O subprocurador William Figueiredo foi quem sustentou os argumentos para que os clubes fossem punidos. Afirmou que era sabido que a partida era de alto risco e que as provas de vídeo mostraram que as medidas de prevenção não foram suficientes. Michel Asseff Filho, advogado do Flamengo no caso, alegou que a perda de mando de campo não funciona como medida pedagógica para as torcidas.
– Aquilo não é torcedor. Se um bando se reunir daquela maneira, pode invadir uma delegacia de polícia. O Tribunal não tem que passar nenhuma mensagem, e sim julgar a infração disciplinar. Tem que afirmar: não podemos punir clubes e os torcedores de bem pelas atitudes de bandidos – disse Asseff durante argumentação.
Advogado do Palmeiras, André Sica reforçou o pensamento e alegou que a soltura dos envolvidos pela Polícia no mesmo dia não colabora para qualquer tipo de exemplo que se queira passar. Mencionou ainda ameaças sofridas por Paulo Nobre por parte de membros de organizadas.
As denúncias por infração ao artigo 213, inciso I (deixar de prevenir e reprimir desordens), determinaram as perdas de mando. O zagueiro rubro-negro César Martins, julgado por evitar um gol adversário usando a mão, foi punido com um jogo de suspensão – já cumprido.
Fonte: GE
Se o cara que atacou a boate gay lá nos EUA for torcedor do Palmeiras o time vai ser punido também?
Nada a ver punir o clube se esses panacas vão no estádio para brigar.
A lei é fraca e as autoridades frouxas.
Esse é o problema.