São Paulo e Flamengo fazem campanhas praticamente idênticas no Campeonato Brasileiro e se enfrentam neste domingo, às 16h (no Mané Garrincha), pela nona rodada, de olho em uma vaga no G4. Mas o ano de 2016 vem sendo diferente para os dois clubes, com fatores positivos para o time paulista e negativos para a equipe carioca que fazem do duelo um sinônimo de euforia x depressão.
Número de sócios-torcedores, campanha dos treinadores, desempenhos de zagueiros veteranos, quantidade de torcedores nos jogos como mandantes, atacantes estrangeiros e abismo entre os camisas 10. O ESPN.com.br relacionou alguns fatores comparativos entre o tricolor do Morumbi e o rubro-negro da Gávea.
Sócios-torcedores
O São Paulo foi o clube que mais ganhou sócios-torcedores no Brasil em 2016, segundo o Histórico Futebol Melhor: 26.980 novos adeptos, média de 73.92 por dia. A equipe paulista é a quarta no ranking nacional, com 107.572. Na outra ponta, o Flamengo foi quem mais perdeu sócios-torcedores neste ano. Já são 11.349 a menos, 31.09 por dia. É apenas o nono melhor do país, com 53.230.
Treinadores
O argentino Bauza assumiu o comando do São Paulo em janeiro. De lá para cá, soma 15 vitórias, nove empates e 12 derrotas em 36 jogos, com 46 gols marcados e 35 sofridos. No Campeonato Paulista, não foi tão bem na fase de grupos, correu riscos, mas se classificou para as quartas de final, caindo diante do Audax. Além disso, está classificado para as semifinais da Libertadores, que joga contra o Atlético Nacional da Colômbia em julho.
Já Muricy Ramalho foi contratado pelo Flamengo também no começo do ano, mas não deu certo. Acumulou 13 vitórias, seis empates e seis derrotas, com 40 gols marcados e 17 sofridos, em 25 partidas, e deixou o clube carioca depois de ficar afastado novamente por problemas de saúde. Enquanto esteve no cargo, foi eliminado de três competições: Copa do Brasil, Primeira Liga e Campeonato Carioca.
Zagueiros veteranos
Diego Lugano, de 35 anos, voltou para o São Paulo em fevereiro. O uruguaio não começou bem, sofreu com um estiramento na coxa esquerda e desfalcou o time por quase um mês, inclusive em jogos decisivos da Liberadores. Mas agora, começa a engrenar. Neste mês, disputou quatro jogos seguidos pela primeira vez desde que retornou ao Morumbi. Na última rodada do Brasileiro, marcou um gol.
Juan, de 37 anos, voltou ao Flamengo em janeiro. Com ele em campo, o clube carioca sofreu 15 gols em 23 jogos. As atuações não têm sido das melhores. No fim de maio, o veterano sofreu uma lesão na coxa esquerda e virou desfalque por um mês. Enquanto isso, dois zagueiros foram contratados nos últimos dias: Réver e Rafael Vaz.
Artilheiros estrangeiros
Aqui a disparidade, e o número para comparação é significativo. O argentino Calleri é o artilheiro do São Paulo na Libertadores. Desde que foi contratado, no início do ano, marcou 13 gols em 26 jogos, média de 0,5.
Enquanto isso, o peruano Paolo Guerrero, que defende o Flamengo desde julho do ano passado, tem os mesmo 13 gols marcados, mas em 39 partidas, ou seja, média de 0,3.
Camisa 10
É unanimidade. Paulo Henrique Ganso vem fazendo ótima temporada pelo São Paulo. Com boas atuações, decisivo e chamando a responsabilidade, soma sete gols e seis assistências em 29 jogos em 2016. Neste mês, foi convocado para defender a seleção brasileira na Copa América no lugar de Kaká, cortado por lesão.
Já Ederson, contratado para ser o camisa 10 do Flamengo em julho de 2015, com contrato até 2017, não faz nem sombra a isso. Até agora, disputou apenas 18 jogos. Foi titular em nove, tendo sido substituído em sete deles. Além de outros nove como reserva, acabou esquentando o banco de reserva sem entrar em quatro.
Público
Em maio, o São Paulo estabeleceu o novo recorde de público do ano no Brasil, com 61.297 pessoas no duelo entre o clube tricolor e o Atlético-MG, no Morumbi, pelas quartas de final da Libertadores. A marca pertencia ao Fortaleza – 54.124 na final do Campeonato Cearense.
Enquanto isso, o Flamengo sofre. São 16 partidas com mando em 2016. Nove delasforam em Volta Redonda, no Raulino de Oliveira. O maior público lá foi de 7.863 pessoas, contra o Sport. O menor, de 2.252, contra o Chapecoense. O máximo de torcedores do time carioca no ano foi 54.665 contra o Palmeiras, no Mané Garrincha, a única partida com mais de 30 mil pagantes.
Fonte: Espn
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