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#O Maraca é nosso! ep 1 – POLÍTICA

Salve Nação Rubro Negra! Hoje iniciaremos uma matéria particionada para melhor compreensão dos nossos seguidores. Nesta saga #O Maraca é nosso! vamos falar um pouco de todas as dificuldades envolvidas nesse grande sonho que é a administração do Maracanã. Dividiremos em três partes: política, custos/viabilidade e conclusão.  Parte política envolve o processo inicial em 2013 com a licitação, de forma objetiva, manobras políticas e o cenário atual. Nos custos vamos mostrar para vocês os valores de manutenção do Maracanã de forma minuciosa dentro dos nossos limites de informações para assim deixar claro para nós rubro negros o custo benefício do negócio. E por fim, um texto conclusivo expondo a nossa opinião sobre a viabilidade do negócio.

Iniciar dizendo aqui que uma coisa é certa, o Flamengo existe sem o Maracanã mas o Maracanã não existe sem o Flamengo! Licitação em 2013 foi vencida pelo Consórcio Maracanã,  formado por Odebrecht Participações e Investimentos S.A. (empresa líder, com 90%), IMX Venues e Arena S.A (de propriedade de Eike Batista, com 5%) e AEG Administração de Estádios do Brasil LTDA (também com 5%) responsável por administrar o Maracanã pelos próximos 35 anos (os valores da licitação serão demonstrados na parte de custos).

Após toda euforia da Copa das Confederações em 2013, com os protestos, título do Brasil sobre a Espanha, eis que surge um problema para o Consórcio vencedor: no edital teria que fechar contrato com pelo menos dois times grandes do Rio de Janeiro. Botafogo com o Engenhão e o Vice com São Januário, os nomes seriam Flamengo e Fluminense. Como convencer e faturar com os clubes do Rio no New Maracanã? Apesar de todos os laudos, engenheiros, palestras e mais, é muito conveniente que o Engenhão seja interditado as vésperas da concessão do Maracanã. Sem provas, o que foi levantado na época somente foi hipóteses, mas estamos no Brasil. Este fato ocorreu em 2013 e agora em 2016, vários envolvidos nessa concessão estão sendo investigados e presos na Operação Lava Jato.

Com o novo cenário, os clubes ficaram reféns de um acordo para jogar no estádio. O Flamengo até que lutou mas teve que se ajustar pois era pedido da torcida, até pelo mal momento que o time atravessava em 2013, ainda com o Mano, para jogar no Maracanã.

O tempo passou, 14/07/2016, estamos prestes a uma oportunidade de ouro para administrar o pedacinho mais cobiçado do Rio de Janeiro. Aí que mora o perigo. Em 2013, quem era o presidente do Vice? E agora, quem é? Todas as manobras que temos vistos desde que desenterraram esse senhor (para ser educado) para o futebol juntamente com a FERJ (2015/2016) e a manifestação pública do interesse da mesma em assumir o Maracanã, a guerra dos bastidores já começou.

O Flamengo tem se colocado como personagem para essa gestão, em especial de 2015 pra cá quando o consórcio começou a demonstrar que o casamento de 35 anos poderia acabar muito mais rápido que o previsto. E nunca foi segredo para ninguém que as altas taxas cobradas pela FERJ e os valores extorsivos cobrado pelo consórcio sempre deixaram EBM e cia muito insatisfeitos.

O fato novo nessa história toda é que dias atrás o prefeito do Rio, Eduardo Paes, via redes sociais, revelou a intenção de repassar essa gestão do Maracanã para os clubes, no caso a dupla FLA x FLU, se o maracanã for “municipalizado” nessas tratativas para que o consórcio abandone a gestão do estádio.

E nessa declaração do Eduardo Paes reside uma grande oportunidade para o Flamengo. De fato esse tipo de declaração não tem que empolgar ninguém por si só. É sempre bom lembrar que estamos falando de um político, e para piorar, em ano eleitoral. Além disso vale lembrar que este prefeito já recebeu pedidos “antiFLA” feitos por ninguém menos que Eurico Miranda (mesmo que esses pedidos não tenham sido atendidos reside aí uma intimidade que bem para o Flamengo certamente não faz….). Porém nem tudo são pedras e obstáculos.  A hora é do Flamengo se portar como Flamengo. É hora de usar o enorme espaço que temos na mídia e tratar publicamente desse assunto. Fazer pressão. Trabalhar nos bastidores. Trazer parceiros. Fazer tudo que estiver ao nosso alcance para agilizar esse processo e trazer isso para uma data anterior as eleições. Afinal sabemos o que acontece com promessas, compromissos e intenções de políticos após as eleições…

Mas o momento é de se mover. É uma oportunidade que não devemos deixar passar. Seja para assumirmos o Maraca ou seja para partimos para uma casa nova. Mas que se defina a situação e se agilizem todos os tramites necessários. Todos sabemos que imbróglios burocráticos tem sido uma constante em relação a qualquer projeto do Flamengo. A Arena McFla que o diga. Qualquer projeto de revitalização da Gávea ou de construção de um estádio próprio sempre sofrem entraves de todos os tipos, até mesmo antes de serem de fato oficializados. Como sempre é o Flamengo contra tudo e contra todos.

Em um mundo ideal, aonde as Federações zelariam pelo bem dos seus afiliados isso seria de bom tom. Porém, no mundo atual, e em especial com a FERJ, isso seria péssimo pra nós. Até por que mesmo que o Flamengo não venha a ser gestor do Maraca não deve se repetir de forma alguma o que vinha acontecendo com a concessionária atual. É preciso deixar bem claro a importância que o Flamengo tem nesse processo. E que se é muito ruim para o Flamengo não contar com o Maracanã é pior ainda para qualquer gestor viabilizar a arena sem o maior do mundo.

Saudações Rubro Negras, até o episódio 2, que temos certeza que irão se espantar com os números!

André Barros / Luiz Henrique Amorim

Coluna do Flamengo

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Ver comentários

  • Vou aguardar a parte 2, mas até agora... nada que eu não saiba...

    • "O Flamengo tem que fazer isso, o Flamengo tem que fazer aquilo." Só falaram o que o Fla faz a muito tempo, principalmente depois de 2013, nada de novidade. Espero que o próximo episódio seja mais sucinto.

  • Eduardo Paes só está fazendo política, ele sabe que esse imbróglio só será resolvido depois das eleições municipais e está tentando puxar nossos votos com esse discurso! Não acredito nesse crápula, assim que passar as eleições tudo volta ao normal e ele declara seu ódio ao flamengo novamente!

    • De fato ele está fazendo politica. Mas podemos nos aproveitar disso!!!

      Abraços!!!

  • O EBM trabalha há 3 anos no espaço na Mídia falando a mesma coisa: "O Maracanã não vive sem o Flamengo" e sempre "O Flamengo está buscando alternativas". Mas a administração do Maracanã é complexa e burocrática. Esse ano 2 fatos novos: fim do período de contrato e prefeito do Rio falando que quer o Maracanã pro Flamengo.

    Se o EBM chega a público e fala para todos "Queremos muito o Maracanã, só serve ele", daí sim fica difícil. Esses caras são MUITO bons de negócio. A cara de bonzinho dele ENGANA e muito. Quem é Gerente de Vendas aí sabe disso. Ele fala macio, nunca aumenta a voz, mas só fala demarcando território sem parecer violento.

    Se fosse outras administrações, nessas horas já estavam combinando um valor a maior no Maracanã, com custo maior para o Flamengo, e iriam dividir com os políticos o superfaturamento.

    Mas não...estão realmente trabalhando para conseguir isso...e vão conseguir, e com margem de lucro INCRÍVEL para o Flamengo, ANOTA AÍ.

  • Amigos, perdoem, mas colocar o prefeito como parte interessada em "ajudar" os clubes, em um texto que OMITE, que foi justamente esta mesma prefeitura, e este mesmo prefeito, que procuraram "pêlo em ovo", interditando o estádio. Agora, em um período pré-eleitoral, aparecendo como o redentor dos clubes, ajindo a prefeitura como mero atravessador, de uma negociação, que antes teria de ser cogitada sim com o Estado. Não nos esqueçamos, do que esta mesma prefeitura fez há poucos meses, no Hospital Rocha Faria, que era do Estado, e o prefeito, também visando uma jogada política, se imiscuiu no assunto, que não era seu, e como acompanhamos nos noticiários, o referido hospital, continua agora com a prefeitura "gerindo", a sua saga de mal atender a população, que àquele hospital acorre.
    Esse episódio Maracanã, tinha que ser levado pelas diretorias dos clubes interessados, como um caso de polícia, e não uma bondade de políticos oportunistas.

    • De fato a posição do prefeito é oportunista e politica. Porém não deixa de ser uma oportunidade, por que oportunista ou não, a declaração foi publica e deve ser bem explorada pelo Flamengo no intuito de ter uma definição sobre o assunto!

      Abraços!

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