Desarma, passa bem e ataca pelos lados: retrato do Fla explica campanha

A construção de duas jogadas na vitória sobre a Chapecoense chamou a atenção no Flamengo. O lateral Dener tentou driblar Pará. O jogador rubro-negro ganhou a dividida – apesar do pedido de falta do time da casa – e, após arrancada e troca de passes, cruzou para o gol de Diego. No fim da partida, Mancuello saiu tabelando da linha e fundo até o golaço do argentino. Os lances são pequeno resumo do melhor que o Flamengo mostra na campanha de vice-líder. Análise detalhada dos números do time no Brasileiro 2016 aponta uma equipe com bom aproveitamento em grande parte dos quesitos de jogo.

Segundo colocado na tabela – com 40 pontos, atrás do Palmeiras (43) -, o Fla de Zé Ricardo ocupa a mesma posição em número de passes certos: 6.706. Mas ninguém errou menos na construção das jogadas que o rubro-negro. A bola saiu quadrada em apenas 9,54% das vezes – o que representa 708 passes errados. O Santos, líder em passes trocados (total de 7.555 ante 7.414 do Fla), errou 743 passes – 9,83% das tentativas em toda a competição.

Na soma de desarmes e roubadas de bola, o Flamengo também aparece bem. Em números gerais, o Rubro-Negro é o segundo colocado em roubadas de bola – 327 contra 330 do líder Atlético-MG. Com 629 desarmes – quando o marcador consegue interferir na jogada, mas não necessariamente a posse de bola fica a seu favor -, o time de Zé Ricardo fica em terceiro neste quadro, atrás de Internacional (657) e Grêmio (638). Na soma dos dois quesitos, a competitividade do time rubro-negro fica mais acentuada, com o Fla na segunda colocação.

Má pontaria e desequilíbrio da direita para esquerda

Com pior ataque entre os sete primeiros colocados do Brasileiro, o Flamengo é o quinto time que mais finalizou. Foram 284 tentativas de gol para marcar 28 vezes – ou seja, a cada 10 tentativas, o Fla balança as redes. A média de gol é baixa – 1,27 gol por partida. Mas o caminho é, sem dúvida, pelo lado direito. Tanto Rodinei quanto Pará, este com maior destaque agora como titular, passando por Marcelo Cirino, levam o Rubro-Negro ao ataque pelo setor.

Nenhum time fez tanta jogada pela linha de fundo pelo lado direito quanto o Flamengo. São 88 jogadas pelo setor – seguido por Cruzeiro (86) e Internacional (77). A presença de três rubro-negros entre os jogadores que mais avançam pelo setor – Pará fez 21 jogadas em 12 partidas, Rodinei 16 em 12 jogos e Marcelo Cirino 15 em 18 partidas – denotam que o lado é o predileto dos rubro-negros para atacar. Mas mostram também desequilíbrio. Do lado esquerdo, são 56 jogadas – mais de 30 a menos. Jorge não aparece entre os que mais apoiam o setor, que tem Everton (11 jogadas em 18 partidas) e Fernandinho (8 em 11) mais assíduos.

Fonte: GE

Coluna do Flamengo

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  • Agora com Diegol e Damigol a pontaria vai melhorar!
    Fé.
    SRN

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