O atacante Kayke Moreno fala com carinho sobre sua relação com a torcida do Flamengo. Ele voltou ao clube que o revelou no ano passado e conquistou o afeto da enorme torcida rubro-negra. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o jogador falou sobre sua adaptação ao Japão, relembrou o retorno ao Fla e ainda revelou que segue acompanhando o clube, mesmo do outro lado do mundo.
Foram apenas 209 dias, de 11 de agosto, data da oficialização do retorno ao clube carioca, até 7 de março, dia em que rescindiu contrato. Mas o jogador de 28 anos, que chegou para suprir as eventuais ausências de Paolo Guerrero, não deixou de receber boas mensagens pelas redes sociais.
– A torcida do Flamengo me surpreendeu muito positivamente. Pelo carinho, pela força. Até hoje eles vêm me surpreendendo. Muitos me seguem, recebo milhares de mensagens para eu voltar ao Flamengo, que o time precisa de mim, enfim, me deixa muito feliz. Sei que a torcida é paixão, aquilo que vê no momento, mas fico feliz. É o reconhecimento de um bom trabalho que foi feito. Fico muito agradecido pelo carinho de todos – contou o atleta.
Hoje no Yokohama F. Marinos, do Japão, Kayke ainda não pensa em voltar ao Brasil, mas disse que chegou a receber propostas de times brasileiros. Atualmente seu clube está na terceira posição do Campeonato Japonês e vem de três vitórias e dois empates no segundo turno. O jogador marcou três gols em cinco jogos e foi eleito o melhor da partida em três oportunidades.
– Ainda é cedo para falar em retorno para o Brasil, estamos no meio do ano e do campeonato. Esse tipo de situação deixo para o fim da temporada. Recentemente recebi algumas propostas de clubes brasileiros para retornar e agradeci o interesse dessas equipes. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento do trabalho. Mas eu e meu empresário decidimos que não era o momento ainda. Preciso terminar bem a temporada e acreditamos que ainda tem muitas coisas boas pela frente.
Como é a vida aí no Japão e sua adaptação ao campeonato nacional?
– Minha vida no Japão é muito tranquila. A adaptação foi muito boa em relação a tudo. Venho fazendo aulas de japonês com a minha esposa, faço em casa e no clube. Me dedico bastante para aprender o suficiente pra me virar no dia a dia. O Campeonato Japonês é difícil, tem, no mínimo, cinco ou seis times que brigam pelo título e a minha equipe é uma delas. Estou muito feliz com esse momento e espero que a gente dê continuidade nisso e consiga conquistar nossos objetivos, o título nacional e a classificação para a Champions League da Ásia. É um futebol diferente, mas acredito que peguei rápido as coisas aqui. Procuro aprender a cada dia com os jogadores e o treinador.
Sua família não se mudou com você logo de cara. Como foram esses primeiros meses longe deles?
– A questão da minha família não ter vindo foi a pior coisa. Minha adaptação demorou um pouco por conta disso. Fiquei dois meses longe deles, meu filho tinha acabado de nascer. Minha esposa não podia vir e isso acabou me atrapalhando muito. A gente sente falta, ainda mais do outro lado do mundo e com filho recém-nascido. Mas as coisas caminharam da forma que a gente estava esperando e tudo entrou nos trilhos. Vivemos muito bem e recebemos até visita dos familiares já.
Você viveu um susto aí no Japão em abril, com aquele tremor em Kumamoto. Como foi a sensação naquela época?
– É muito complicado. Infelizmente assim que cheguei teve um grande tremor aqui e eu acabei sentindo. Já senti duas vezes, mas já foram vários. Para eles é uma coisa normal, pois acontece sempre. Quando acontece de uma forma mais forte todos acabam ficando mais assustados. Dessa vez foi uma situação chata porque eu não tinha experiência nenhuma em relação a isso e via todos assustados. Isso me deixou nervoso, fiquei uma semana perguntando para todos no clube como era, o que podia acontecer. Depois que minha família chegou também teve mais um. Rezamos para que não aconteça mais porque é uma situação chata e ruim para o país. Acaba afetando algumas famílias. Mas o Japão é muito estruturado, tudo é preparado para isso.
Você começou a carreira no Flamengo e retornou ao clube depois de muitos anos. Como foi voltar?
– Pra mim foi uma realização. Como jogador profissional e como torcedor. Eu comecei no Flamengo quando criança, com 8 anos, e depois fui para o time de cima. Foi muito marcante para mim, para os meus familiares e meus amigos. Retornar no ano passado e poder de fato vestir a camisa do Fla. Foi uma passagem muito boa para mim, fui muito feliz, vou levar para o resto da vida.
Você consegue descrever como é sua relação com o Flamengo? Porque nós sempre pudemos perceber uma ligação emocional forte.
– A gente tenta ser o mais profissional possível quando atuamos pelo clube do coração, mas no fundo levamos o sentimento de torcedor junto. No Flamengo é mais ou menos isso. Não tem como dividir muito as coisas, pois tem uma vida inteira dentro do clube, o lugar onde você passou todas as suas experiências. É difícil separar e ser só profissional do futebol. Levamos a paixão e o carinho pelo clube para dentro de campo e acho que isso ajuda. Minha relação com o Fla sempre foi muito boa, levo as lembranças maravilhosas e as coisas que já vivi ao longo desses anos.
Você ainda acompanha o Fla? O que acha desse momento atual do time?
– Acompanho sempre que posso. Entro no site oficial, vejo os programas brasileiros de esporte, para que nunca fique longe, mesmo estando do outro lado do mundo. Atualmente o Flamengo vem se estruturando com o elenco para fazer jus ao nome. O clube precisa ter um time de peso, jogadores que são respeitados no mercado. Tenho certeza que eles vão fazer o máximo para conquistar os objetivos maiores com essa camisa, que é sempre ganhar títulos. O Fla vem fazendo um excelente trabalho dentro e fora de campo. Espero que as coisas aconteçam de uma forma positiva.
Quais são seus planos para o futuro? Pretende continuar no Japão?
– Procuro viver um dia após o outro. O futebol nos surpreende bastante. Espero sempre ser surpreendido positivamente. Para que isso aconteça, precisamos fazer um presente bom. Procuro me dedicar ao máximo nos treinamentos, agarrar as possibilidades nos jogos para ir bem nas partidas. Se isso acontecer, tenho certeza que o futuro será melhor do que o presente. Meu contrato aqui é de quatro anos. Quero fazer meu papel bem feito hoje. Vivo um bom momento aqui e quando acabar essa temporada vamos ver o que temos pela frente.
Fonte: Lance
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Pelo pouco tempo que ficou, conseguiu honrar a camisa do Flamengo na tão temida ausência do Guerrero ano passado.
Boa temporada para o Kayke lá fora.