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Flamengo aluga Morro da Viúva por 120 mil ao Comitê Olímpico

Uns achavam que veriam um novo outdoor. Teve quem pensasse que era alguma obra de ampliação da cobertura — e, por conta disso, não faltaram telefonemas aflitos para a subprefeitura da Zona Sul. Desde 11 de junho, quando uma estrutura metálica de mais de 20 metros de altura começou a ganhar forma no topo do Edifício Hilton Santos, antiga sede do Flamengo no Morro da Viúva, olhares de cariocas e turistas se voltaram para cima. Ontem, o mistério foi revelado: trata-se de uma “gigantografia”, uma obra do artista francês JR, que consiste numa espécie de foto em 3-D de um atleta saltando de cima do prédio.

Para a intervenção artística, a cobertura do edifício, que voltou para o Clube de Regatas Flamengo após quatro anos de arrendamento pelo empresário Eike Batista, foi alugada ao Comitê Olímpico Internacional (COI) por R$ 120 mil.

— Várias pessoas me perguntavam o que estava sendo feito no alto do prédio, então decidi ligar para a presidência do Flamengo. O diretor de patrimônio do clube me explicou que era uma obra de arte — disse Maria Thereza Leitão de Albuquerque, presidente da Associação de Condomínios do Morro da Viúva.

De acordo com a Secretaria de Ordem Pública do município, a instalação poderá ficar exposta até o próximo dia 28 e está isenta de pagamento de taxas por se tratar de “manifestação artística”. A estrutura não é a única obra que JR criou para os Jogos do Rio. Além do atleta gigante saltando do prédio da Avenida Ruy Barbosa, serão apresentadas montagens de uma nadadora na Enseada de Botafogo e de uma mergulhadora no Quebra-Mar, na Barra. O artista francês ainda fará um grande mosaico de fotos no Boulevard Olímpico, na nova Zona Portuária.

Não é primeira vez que o Rio recebe uma obra do francês. Em 2008, ele transformou o Morro da Providência em uma galeria de arte a céu aberto, cobrindo fachadas de casas e escadarias com grandes fotos de rostos de moradores. Ele também já realizou intervenções com fotografias gigantes em cidades como Los Angeles, Havana, Berlim e Istambul, e, em Paris, fez a Pirâmide do Louvre “desaparecer”, envelopando a estrutura de vidro com uma reprodução gigante da fachada do museu.

Fonte: O Globo

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • Tá começando a pingar... É assim que se faz. Com o aluguel, já podem aparecer interessados pra compra no futuro. Marketing melhor que o COI, acho difícil. Do jeito que eles são exigentes, é sair os caras e chover propostas. SRN

  • Este patrimônio do CRF, ficou quatro anos ligado a verdadeiramente nada, um "projeto" do ex-homem mais rico do Brasil. Tomara que algum grupo hoteleiro de nível internacional o queira, pois é muito bem localizado, e bem poderia estar sendo utilizado nessas Olimpíadas, onde a Cidade estará recebendo milhares de turistas.

    • Estou curioso como e porque o Flamengo adquiriu esse prédio no passado.

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