Após sofrer com “hierarquia”, Diego mira Seleção e ainda sonha com Copa

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Figurinha carimbada nas seleções brasileiras de base, Diego teve sua primeira oportunidade no time principal em 2003, ainda muito jovem, aos 18 anos. Porém, não conseguiu se firmar com a camisa canarinho. Segundo o meia do Flamengo, a forte concorrência que enfrentou no setor ofensivo foi um dos motivos, mas também acredita que mostrou serviço nas oportunidades que teve e não ganhou continuidade. Aos 31 anos, o jogador, que participou do programa “Bem, Amigos!” nesta segunda-feira, disse que a Seleção é uma de suas metas no retorno ao futebol brasileiro e ainda sonha em disputar uma Copa do Mundo.

– A seleção brasileira nunca deixou de ser um objetivo pelo tempo que vivi na Seleção. Tenho um sonho que ainda não realizei, que é disputar uma Copa do Mundo. Cheguei próximo, mas não fui convocado. Então, esse objetivo existe. Mas neste momento, passa tudo pelo Flamengo, pelo meu desempenho no time. Então, estou bem focado em cada jogo, nessa reta final do Campeonato Brasileiro – disse Diego.

O meia enxerga sua história com a camisa da Seleção dividida em dois momentos. No primeiro, sofreu por conta do que classificou como “hierarquia obrigatória” do time, que tinha alguns titulares absolutos. Depois, em uma segunda fase, acredita que não recebeu o tempo que merecia.

– Teve dois períodos. Eu não reclamo de falta de oportunidade na seleção brasileira. Assim como não aceito se disserem que não aproveitei minhas oportunidades. Peguei um momento que existia uma hierarquia obrigatória ali. Era Ronaldinho Gaúcho em uma fase voando, Kaká, Ronaldo, Adriano, depois o Zé Roberto veio muito bem, jogando no meio-campo também, em uma fase sensacional. Eu estava em um bom momento, mas as oportunidades não são tantas quando você tem esses jogadores titulares absolutos e correspondendo. Nas oportunidades que tive, procurei aproveitar. Teve uma Copa América que comecei como titular e logo no primeiro jogo fiz um gol, foi anulado, logo depois fiz uma falta, o cara fez o gol. O Dunga me substituiu no intervalo e depois não me colocou mais para jogar. Fiquei muito decepcionado com essa atitude, sem dúvida, por tudo que eu vinha fazendo. Chegou aquele momento, uma estreia nem sempre ocorre como queremos, mas a oportunidade foi cancelada ali depois daquele primeiro jogo. Isso aconteceu. Continuei sendo convocado, jogava, fui importante em alguns momentos. Depois deixei de ser convocado – analisou Diego.

A última vez que o jogador foi chamado para a Seleção foi em 2008, no amistoso entre Brasil e Portugal, em Brasília. Na ocasião, não chegou nem a entrar em campo e depois foi descartado por Dunga. O jogador contou que teve dificuldades para aceitar a situação, mas disse respeitar a decisão dos treinadores.

– Logo que deixei de ser convocado, estava indo para a Juventus, estava em um momento sensacional no Werder Bremen, meu melhor momento, e nesse período parei de ser convocado. Foi muito difícil para mim aceitar isso. Foi complicado mesmo. Uma decepção muito grande. Me abalou psicologicamente, foi complicado. Mas depois entendi que na Seleção não depende só de o jogador estar em um bom momento. Depende da opção do treinador. E o treinador a gente não entende o que está passando na cabeça dele, os objetivos. Sempre procurei respeitar. Nunca dei nenhuma entrevista polêmica sobre isso e tenho a consciência de que os momentos que tive, procurei assumir minha responsabilidade, fazer o meu melhor.

Fonte: GE

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