Sem poder comprar ingressos por causa de uma punição do STJD, a Maior Torcida do Mundo lotou o Santos Dumont antes do embarque da delegação rubro-negra e em uma festa colossal festejou e abraçou os jogadores – alguns literalmente. Em Congonhas, mais uma recepção fantástica. A torcida do Flamengo parece até onipresente – mas com 40 milhões de aficionados não é lá tão difícil. Esta noite, os 40 milhões não comemoraram a vitória, mas sabem que a luta não acaba aqui.
Nosso time é a gente em campo
Desde o final da última partida do Flamengo no Brasileirão, contra o Vitória, não havia um coração rubro-negro que não batesse acelerado na ansiedade pelo confronto com o Alviverde. O restinho do domingo, segunda, terça, quarta-feira. Os poucos dias pareciam uma eternidade e não havia mais unhas para roer. Mas enfim, o relógio marcava 21h45 e o juiz soava o apito que autorizava o início do jogo. Alívio? Que nada! A cada dividida, cada drible, cada finalização, parava a respiração dos torcedores inquietos diante de suas televisões, rádios, celulares. Em campo, os jogadores honraram o Vermelho e Preto e retribuíram tanta paixão com muita raça em um jogo dramático.
Primeiro tempo
Nos primeiros minutos, só dava Flamengo. Coração na boca da torcida, bola nos pés de Jorge, Diego e Arão, os primeiros a levarem perigo à meta alviverde. Na tabela, o jogo era confronto direto no meio do campeonato; no gramado, o clima era de final. A tensão ficou palpável aos 15 minutos, em cobrança de falta na entrada da grande área do Rubro-Negro – que o digam Pará e Gabriel Jesus. O jogo teve alguns minutos com o ritmo reduzido e chances lá e cá até que exigisse novamente a saúde cardíaca dos espectadores. Aos 40, Márcio Araújo foi expulso. Para recompor o setor defensivo, Zé Ricardo tirou Diego para a entrada do volante colombiano Cuéllar. Antes do fim da primeira etapa, ainda teve defesa espetacular de Muralha e cotovelada que tirou sangue de Éverton.
Segundo tempo
Com um homem a menos, o Flamengo voltou a campo com a missão de fazer dez valerem por 11. Aos 16 minutos, as estrelas de Zé Ricardo e Alan Patrick brilharam. Em sua segunda substituição, o técnico tirou Gabriel para a entrada do número 19 – e em seu primeiro toque na bola, o meia acertou um chute de rara felicidade que ainda maltratou o coração dos rubro-negros beijando caprichosamente a trave antes de estufar a rede. Mas mais caprichosos que a bola foram os deuses do futebol. Faltando dez minutos para o fim do embate, Gabriel Jesus marcou o gol de empate com a redonda fazendo o mesmo caminho – trave e rede. Até o apito final do árbitro, o Flamengo foi guerreiro, Muralha fez jus ao apelido e a equipe conseguiu segurar o resultado.
Domingo tem mais
Em campeonato de pontos corridos, todo jogo é decisão. Ainda temos mais 13. A próxima será contra o Figueirense, no próximo domingo (18), às 11h, no Pacaembu. Neste jogo, a Nação não só pode como deve comparecer e lotar a arquibancada.
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Time com muita raça , isso aqui é flamengo porrrrrraaaa.