Aos 32 anos, Felipe Melo já pensa no que fazer depois que pendurar as chuteiras. Mesmo morando na Itália, o volante da Inter de Milão se juntou a alguns investidores e tem empresas dos mais variados setores: site de leilão, barcos de passeio, programas de intercâmbio para os Estados Unidos e até fábrica de bolos.
A ideia de virar um homem de negócios surgiu em 2013, quando ele começou a planejar o que faria depois que deixasse de ser jogador.
“O primeiro investimento foi em um site chamado Bazar Sports – que leiloa material usados por atletas. A ideia do negócio foi de um profissional da minha equipe de trabalho que, na época, já havia se tornado um amigo pessoal. Surgiu em uma conversa informal e foi pioneira no mundo todo”, contou o atleta, aoESPN.com.br.
“Quando ouvi a ideia, imediatamente decidi investir. Vi que o projeto foi realmente legal, porque até o Comitê Olímpico copiou. Foi um investimento de R$ 500 mil, que ainda não me deu retorno, mas não tenho pressa, pois esse projeto ajuda muita gente que precisa, seja doando parte da verba dos leilões ou abrindo espaço gratuitamente para leilões beneficentes”.
Felipe resolveu logo em seguida contratar um profissional para gerir seus investimentos e filtrar bons projetos. No ano seguinte, ele entrou em sociedade em uma empresa de barcos.
“Foi um investimento bem mais alto. Ela assinou um contrato de dez anos com a Angry Birds”, contou.
As embarcações com formato de bolas de futebol e de personagens da franquia rodam por diversos lugares do mundo, incluindo a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.
Durante a viagem, passa um filme em 3D sobre a história do famoso desenho animado.
Além disso, o volante comprou a Next Level, empresa que leva estudantes para jogarem futebol nos Estados Unidos.
“Esse projeto me chamou muita atenção porque alia educação e futebol. Hoje, existem várias concorrentes. Investi mais de R$ 3 milhões nela e existe uma projeção muito boa de crescimento”, relatou.
O último negócio do volante foi o mais inusitado: uma rede de franquias de fábrica de bolos. Apreciador dos doces, ele só lamenta não poder comer seus produtos com maior frequência.
“É uma loja que vende bolos deliciosos mesmo e com preços bem populares (risos). A minha loja fica no subúrbio de Del Castilho, no Rio, e o retorno foi imediato. Fiquei surpreso com o potencial do negócio e o sabor dele também e já penso em expandir. Pena que como pouco, pela distância, mas agora sempre que vem alguém da família me visitar, peço pra trazer bolos (risos)”, relatou.
Apesar da distância, ele garante que consegue gerir todos os investimentos realizados. “Claro que tenho profissionais comigo que cuidam de toda a parte burocrática e fazem a leitura das planilhas e o acompanhamento dos meus negócios, mas minha esposa Roberta e eu acompanhamos tudo”.
Consciente de que a carreira nos gramados é curta, Felipe aconselha seus colegas de profissão a seguirem o mesmo caminho.
“Seja um jogador que joga em alto nível ou não, o conselho que dou é que se tiver oportunidade de investir, diversificando, ou guardar dinheiro pensando no pós carreira, faça isso. Tenho quatro filhos e sei que os contratos uma hora vão acabar. É natural que aconteça. Então, resolvi me cercar de bons negócios”.
Fonte: ESPN
esperto ele ta investindo pra assegurar seu futuro não igual a alguns que torrão tudo e depois de alguns anos estão na miséria