“Problema e solução! Pontas fazem Flamengo sofrer, mas decidem”

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Que bela atuação coletiva da Ponte Preta de Eduardo Baptista! Forte no meio com João Vítor mais plantado e Thiago Galhardo e Wendel como meias. Execução moderna do 4-1-4-1 com setores muito próximos.

Mas em Cariacica o Flamengo teve como mérito a manutenção da postura ofensiva, mesmo sofrendo diante de um adversário organizado, sem perder a concentração. Foi às redes cedo na bola parada com Gabriel, que revezava pelos flancos com Everton.

Zé Ricardo não abre mão dos seus pontas. Jogadores que buscam o fundo, esgarçam a defesa do oponente. Buscam a diagonal para finalizar e tentar a tabela com os meias. Só que erram muito. A lógica do elenco pediria um meia, Mancuello ou Alan Patrick, pelo lado vindo por dentro para ajudar Diego na articulação. Mas o técnico insiste.

O resultado prático é Willian Arão no sacrifício, mais contido e passador e Diego sendo obrigado a dominar de costas para a marcação, girar, dar um ou dois toques na bola para dar sequência à jogada. Foi o jogador do Fla que mais perdeu a bola e sofreu faltas. Penou com o meio compacto da Ponte, que fez o time paulista reagir e ter boas chances de empatar, a melhor com Rhayner.

Ponte organizada num 4-1-4-1 compacto para encaixotar Diego na criação e sair em velocidade. Flamengo seguiu atacando pelos lados com paciência, mesmo com erros técnicos num primeiro tempo equilibrado (Tactical Pad).

Ponte Preta organizada num 4-1-4-1 compacto para encaixotar Diego na criação e sair em velocidade. Flamengo seguiu atacando pelos lados com paciência, mesmo com erros técnicos num primeiro tempo equilibrado (Tactical Pad).

Mas vai insistindo, de forma coordenada. Com Pará mais efetivo pela direita que Jorge do lado oposto. Gabriel passou mal no intervalo e deu lugar a Marcelo Cirino. Mesma proposta, com Damião voltando, fazendo o pivô e de novo a bola procurando um dos lados.

Atento na marcação – 21 desarmes corretos contra 11 da Ponte. Perseverante para seguir atacando, mas ser surpreendido num contragolpe letal: reposição espetacular de Aranha para Pottker, substituto de Roger, dominar colocando na frente e batendo cruzado, perfeito. Baptista arriscou com Felipe Azevedo no lugar de João Vítor, depois recompôs com Abuda na vaga de Rhayner.

Zé Ricardo apelou para a única ousadia que se permite: Mancuello no lugar de Márcio Araújo, recuando Arão e dando companhia a Diego. A outra mudança, em tese, foi mais do mesmo: Everton por Fernandinho. Um ponta pelo outro.

Mas decisiva na prática. Pela insistência, por não abrir mão dos três pontos para seguir lutando no topo. Centro de Cirino, bicicleta desajeitada de Diego, gol de Fernandinho no rebote. A última das 17 finalizações rubro-negras. De novo o camisa 31 que garantiu a classificação na Sul-Americana.

Do ponta que pode errar tecnicamente e cria problemas coletivos. Mas cumpre sua função tática e ainda está na área para ser a solução e manter o Flamengo vivo na caça ao líder Palmeiras.

No final, a pressão rubro-negra com linhas adiantadas, acuando a Ponte Preta até o gol de Fernandinho. Mérito do Fla foi nunca abdicar do ataque, mesmo com a boa atuação do adversário (Tactical Pad).

No final, a pressão rubro-negra com linhas adiantadas, acuando a Ponte Preta até o gol de Fernandinho. Mérito do Fla foi nunca abdicar do ataque, mesmo com a boa atuação do adversário (Tactical Pad).

Fonte: André Rocha

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