Em Cariacica, não dá para negar: o Flamengo joga em casa. No Estádio Kleber Andrade, o clube encontrou o aconchego das vitórias e a certeza de boas receitas. Lá, amanhã, contra a Ponte Preta, às 21h45, tentará manter os 100% de aproveitamento. Assim, continuará a contrariar, neste Campeonato Brasileiro, uma espécie de determinismo que costuma reservar aos times sem teto a luta contra o rebaixamento. Mesmo com o Maracanã fechado, o Rubro-Negro briga pelo hepta.
“Encontramos um ambiente próximo do que seria o Maracanã e a logística que mais nos facilita fora do Rio. Além, é claro da torcida apaixonante que temos em todos os cantos do mundo”, disse o diretor-executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano.
Pelo Brasileiro, o Flamengo venceu as três partidas que disputou no Kleber Andrade e arrecadou R$ 1.402.500,00 no total. Em todos os compromissos, o Rubro-Negro tinha direito a uma quota fixa média de R$ 550.000,00, sempre reduzida por alguma penhora. O time também conquistou a classificação na Sul-Americana no estádio capixaba.
No início da competição, a diretoria ainda avaliava qual seria a melhor alternativa de mando de campo para o Flamengo. Nos três primeiros jogos, Volta Redonda foi a sede escolhida. Apesar das duas vitórias e um empate, a opção doeu no bolso: prejuízo geral de R$ 80.309,19.
O Mané Garrincha ganha de goleada como estádio mais rentável para o Flamengo. Em quatro oportunidades, o clube teve receita líquida de R$ 4.989.471,49 — média de R$ 1.247.367,87 por vez. Esportivamente, porém,o aproveitamento é de 58,33% — venceu duas vezes, empatou uma e perdeu outra.
O Flamengo fez mais um jogo como mandante. O clube entrou em acordo com o Fluminense e recebeu o rival na Arena das Dunas, com quota fixa de R$ 509.460,00 para cada lado. O Rubro-Negro perdeu o jogo e parte da renda, por causa de uma penhora. No final, voltou para casa com R$ 433.041,00.
VOLANTE DÁ DE BICO NO SALTO ALTO
Vice-líder do Brasileiro, o Flamengo é visto com outros olhos pelos adversários e pela crítica. Ao se preparar para enfrentar amanhã a Ponte Preta, sétima colocada, naturalmente é apontado como favorito. Márcio Araújo, porém, rechaça o rótulo:
“Não tem essa de salto alto, de ser superior sem suar. Por jogar fora de casa, fica mais fácil para eles jogarem no contra-ataque. Às vezes, contra o time grande, nossa qualidade aflora porque os dois times se atacam, mas o jogo vai ser igual.”
Fonte: O Dia
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