Administrador do estádio diz que foi procurado pelo clube nesta quarta-feira e aguarda uma posição do Tricolor sobre o palco do Fla-Flu
Depois de Goiânia, Manaus e Ilha do Governador, Volta Redonda aparece como possível sede do Fla-Flu da 30ª rodada do Brasileirão. Embora no site da CBF o jogo continue previsto para o Luso-Brasileiro, a Arena Botafogo, no dia 13 de outubro, há um movimento do Fluminense, o mandante da partida, para levar o clássico para o Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Segundo o administrador do estádio, Roberto Carvalho Parente, um funcionário do Tricolor esteve no Raulino nesta quarta-feira para vistoriar o local e aprovar as instalações.
– O Fluminense nos procurou hoje, veio aqui para fazer a vistoria no campo. Ficaram de dar uma posição na parte da tarde. Não comentaram sobre a data, se 12 ou 13, mas pedi certa urgência para preparar a documentação – disse Roberto ao GloboEsporte.com.
Uma enorme polêmica envolve o Fla-Flu. Já estava tudo verbalmente acertado entre Fluminense, mandante do duelo, e o Botafogo para que o Tricolor mandasse o clássico na Ilha: o aluguel sairia por R$ 180 mil, com os envolvidos se responsabilizando sobre despesas operacionais e eventuais danos. Na última terça-feira, porém, tudo mudou.
O Alvinegro enviou um documento para a Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj) alegando que o estádio na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, não poderia receber o clássico. A justificativa dada ao Fluminense, mandante, foi de problemas na tubulação de esgoto perto da arquibancada Sul, destinada aos visitantes. Só que a questão é muito mais política e aflora crises antigas entre os três presidentes: o alvinegro Carlos Eduardo Pereira, o tricolor Peter Siemsen e o rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello.
A briga entre Botafogo e Fluminense começou em 2015, durante o Carioca. Em entrevista ao jornal “Extra”, Peter criticou o Alvinegro pela aproximação com a Ferj e disse: “Não sei o que eles querem com isso. Talvez uma conta bancária mais alta”. CEP respondeu em nota oficial que as declarações foram “ofensivas e descabidas”, e depois Anderson Simões, ex-vice-presidente administrativo e hoje vice de estádios, fechou as portas do Nilton Santos – como a diretoria rebatizou o Engenhão – para o rival enquanto não houvesse retratação, o que nunca aconteceu.
O racha entre Botafogo e Flamengo também é antigo e vem desde o polêmico vídeo do grupo “Porta dos Fundos”, que ironizava a quantidade de patrocínios pontuais do Alvinegro. O caso Willian Arão no fim do ano passado, no entanto, acabou com qualquer cordialidade entre as duas diretorias. Desde então, CEP se nega a negociar com o Rubro-Negro até que a situação seja definida. No mês passado, o Fla ofereceu R$ 3 milhões e o empréstimo de Adryan para realizar dez jogos no Engenhão. O que foi prontamente recusado em General Severiano.
Fonte: GE
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