O duelo entre Flamengo e Corinthians, neste domingo, que terminou empatado em 2 a 2 e representou o retorno do Maracanã ao futebol do Rio, foi marcado também por cenas de violência entre torcedores organizados do Timão. Apesar de 40 integrantes terem sido detidos e levados para a Cidade da Polícia, na Zona Norte, o promotor Paulo Castilho, do Ministério Público de São Paulo, defendeu que os baderneiros não podem continuar impunes e destacou que é possível enquadrá-los em diversos crimes, como formação de quadrilha, lesão corporal e dano ao patrimônio público, com prova em flagrante. Em participação no “Troca de Passes”, Castilho citou o exemplo do trabalho que realiza na capital paulista para afastar torcidas violentas das arenas e destacou que somente com a extinção da presença destas facções nos estádios será possível manter a paz nos mesmos.
– É importante que se faça o flagrante e se mantenha esses 40 delinquentes presos. Se só lavrar o termo circunstanciado e liberá-los, vão levar esse boletim de ocorrência como troféu. Esses covardes tem que ficar presos. Nem que fiquem por 30, 40 dias, sejam denunciados, liberados, mas afastados dos estádios de futebol, até terminar o processo, isso já serve para você punir e prevenir a violência.
A confusão no duelo válido pela 32ª rodada do Brasileirão, no Maracanã, começou cerca de 30 minutos antes da partida. A fim de invadir o setor dos flamenguistas, eles partiram para cima de poucos policiais que protegiam a grade que separava as torcidas. Foi preciso o uso de gás de pimenta e cassetetes.
De acordo com Cartilho, a opção por clássicos com torcida única em São Paulo ajudou a diminuir a violência dentro dos estádios, mas a solução não é a ideal. Para o promotor do MP-SP, somente a ausência de facções organizadas nos duelos permitirá levar torcedores dos dois times nas partidas emblemáticas. Segundo ele a CBF e os clubes poderiam impedir a posse de ingressos por parte destes torcedores.
– Aqui em São Paulo, quando instituímos torcida única para os clássicos, visando extirpar os torcedores violentos, conseguimos reduzir a violência, aumentar o público, aumentar a renda e economizar do bolso do contribuinte 150 policiais por jogo. Tivemos todos os clássicos com tranquilidade, com mulheres e famílias voltando para os estádios (…) Também comungo dessa visão (de poder ter duas torcidas em clássicos). Mas temos que minar a torcida organizada, que são violentos. Defendo que no lugar desses ingressos que essas torcidas têm acesso e os clubes permitem, por que a CBF não pensam nisso, e os próprios clubes, de destinar um setor para o torcedor do bem, que não pertence a torcida organizada. Mas não, insistentemente priorizam as organizadas. Essa é a cruzada que tenho tentado em São Paulo.
Castilho destacou que, em São Paulo, mais de 350 torcedores violentos já foram afastados, processados e presos em 2016 por participar de atos de violência na cidade. O promotor ainda destacou que a polícia realiza mandados de busca e apreensão e ações fiscais contra as organizadas. Em relação ao ocorrido no Maracanã, Castilho defende que os “brigões” não podem ser liberados, pois levarão o boletim de ocorrência como “troféu”.
– É possível sim fazer um flagrante por formação de família, lesão corporal, dano qualificado ao patrimônio público e desacato. Aqui em São Paulo, na invasão do CT do São Paulo, em que eu fiz a denúncia, fiz por formação de quadrilha, invasão de propriedade, dano e roubo. Foram todos afastados dos estádios, proibidos de ir às cercanias dos estádios, de ir ao CT ou se dirigir a qualquer dirigente, funcionário ou jogador do São Paulo. Em outros casos atuamos da mesma maneira com formação de quadrilha. Se você observar nestes cerca de 800 torcedores, são todos integrantes de torcida organizada, saíram de São Paulo só homens, são linha de frente da torcida e vão para brigar. Como fizeram anteriormente em Vasco e Corinthians em Brasília, Flamengo e São Paulo, e em outros jogos e recentemente em Flamengo e Palmeiras. Então defendo que temos que rever a possibilidade de levar estes torcedores. Não são torcedores do bem, são violentos e estão lá para praticar atos de vandalismo.
Fonte: GE
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"É importante que se faça o flagrante e se mantenha esses 40 delinquentes presos. Se só lavrar o termo circunstanciado e liberá-los, vão levar esse boletim de ocorrência como troféu. Esses covardes tem que ficar presos. Nem que fiquem por 30, 40 dias, sejam denunciados, liberados, mas afastados dos estádios de futebol, até terminar o processo, isso já serve para você punir e prevenir a violência."
Exatamente isso que deve ser feito, pra variar. Perda de mando de campo, fechar um setor, limitar à torcida única, tudo isso só pune o torcedor comum, que não tem nada a ver com a confusão. Quem fez a besteira que responda pelos seus atos, como seria se fizesse o mesmo em qualquer outro lugar. Por que o tratamento é diferente quando é no estádio?
Que tal um julgamento para punir o clube Corinthians (principalmente depois daquela vergonhosa nota emitida) e manter esses 40 vagabundos presos?
Linchar PM pode; o que não pode é ter brigas entre torcidas dentro do estádio (pois fora também pode).
Não é difícil fazer algo.