O Brasileirão 2016 está salvo. A decisão do STJD arquivar o processo de anulação do jogo devolve o Flamengo aos 60 pontos, mantém a disputa com o Palmeiras pelo título e a tira a chance de a justiça mudar decisões que a só bola deve impor. O Fluminense pode ter o direito de protestar e tinha o direito de pedir a anulação. Mas é muito melhor saber que o gol em impedimento não provocará alteração na tabela de classificação, como aconteceu durante três dias.
E por que aconteceu?
Por mais que seja possível comemorar o fato de o Brasileirão ser decidido na bola e não nos tribunais, há coisas para consertar e refletir seriamente para os próximos anos.
Que o árbitro de vídeo deve ser introduzido nos jogos de maneira oficial, não há dúvida. Que a arbitragem precisa de um trabalho de profissionalização e que seja monitorada de maneira a diminuir os erros, também.
Mas o tribunal também está nessa.
Como pode o presidente do STJD acatar o pedido de anulação na segunda-feira à noite e, três dias depois, arquivar o processo por julgar que não há provas suficientes. Se não havia provas, por que abriu a investigação? Se havia sinais robustos na segunda-feira, como se tornaram frágeis num intervalo de tempo tão curto?
O presidente do Fluminense, Peter Siemsem, já deixou clara sua posição a favor de haver um tribunal de penas, que determine as punições seguindo normas pré-definidas, sem que exista a necessidade de ouvir testemunhas e fazer julgamentos com intervalos de tempo superiores aos da disputa do campeonato. Ronaldo Piacente, presidente do STJD, dizia ter sessenta dias para julgar o Fla-Flu. Nesse período, o Brasileirão já teria acabado.
O Campeonato Brasileiro deveria ser cuidado como uma planta que precisa ser regada todos os dias. Quem organiza precisa olhar tudo o que não anda bem e tomar providências para que tudo melhore no ano seguinte.
Isso inclui aumentar a média de público e conseguir mais patrocinadores.
Mas, hoje, o primeiro passo é bem mais óbvio, muito menos importante. Os senhores que fazem o tribunal precisam ter responsabilidade.
Se não há nenhum elemento novo desde segunda-feira e o STJD arquivou o processo em três dias, é justo pensar que faltou ao presidente do STJD medir o tamanho do que estava fazendo, no anúncio de que havia sinais robustos para levar a julgamento o pedido de anulação.
O Brasileirão 2016 agradece pela anulação do pedido de anulação
Mas o Brasileirão 2017 pede proteção, para não repetir decisões impensadas como a desta semana.
Fonte: PVC
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Rapaz, o presidente do tapetenC tem que falar é nada, se tivesse essa tal cartilha de regras pré estabelecida eles seriam rebaixados em 2013.