O Flamengo anunciou sua casa para 2017, mas já sabe que terá problemas para atingir suas metas de bilheteria na temporada que vem. Com negociações complicadas para jogar no Maracanã, o time anunciou acordo para atuar no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. Só que, com capacidade de público bem menor, as metas de arrecadação vinda das arquibancadas só serão batidas com um aumentou substancial no preço dos ingressos.

Façamos as contas: no orçamento deste ano, o clube previa R$ 50 milhões em renda bruta. O valor não vai ser atingido (fechará próximo dos R$ 32 mi), mas deve ter projeção parecida, já que o clube planeja aumentar ainda mais seus lucros.

Considerando 35 jogos como mandante – uma média honesta, já que este ano fechará com 33 -, o clube precisaria de uma renda média de R$ 1,43 milhão por jogo.

O estádio Luso-Brasileiro tem capacidade para 18 mil pessoas. Lotando, ele precisaria de um ingresso com custo médio de R$ 79.

O aumento seria considerável. Afinal de contas, o Flamengo cobra, em média, R$ 56 no Campeonato Brasileiro, o segundo ingresso mais caro do torneio – atrás apenas do Palmeiras (R$ 66).

E há alguns pontos a se considerar: Palmeiras e Flamengo só conseguiram cobrar tanto porque os dois times fizeram boa campanha, lutando pelo título. Além disso, os rubro-negros jogaram várias vezes fora do Rio de Janeiro, com público não tão acostumado a assistir ao time e por isso até disposto a pagar um pouco mais por isso.

Se jogasse no Maracanã, com capacidade para 78 mil pessoas, o preço médio necessário para 2017 para um estádio lotado despencaria para pouco mais de R$ 18.

A falta do Maracanã neste ano, aliás, é a maior responsável pela meta de bilheteria não cumprida em 2016. Bem verdade que o time conseguiu cobrar um pouco mais, mas sempre em estádios com menos pessoas, principalmente o Kléber Machado, em Cariacica (ES).