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Os palcos das decisões: conferências vão ter finais em “realidades opostas”

De uma arena de Copa do Mundo com capacidade para 32 mil torcedores – mas que vai ter capacidade limitada – a um complexo esportivo que só comporta 1.500 pessoas. Vai ser em diferentes palcos que as finais de conferência da Superliga Nacional de Futebol Americano vão acontecer. Fortaleza, Rio de Janeiro, Cuiabá e Timbó-SC serão as capitais da bola oval no próximo fim de semana. E os campeões de cada divisão se enfrentam em semifinais para tentarem chegar à decisão do campeonato.

O Estádio de São Cristovão vai receber um das principais rivalidades esportivas do país. Isto porque a final da Conferência Leste será entre Flamengo FA e Vasco da Gama Patriotas. Com média de público de 500 torcedores, o Fla espera receber o dobro de torcedores. O número pode parecer pouco, mas o estádio não comporta mais do que 2 mil torcedores.

Números parecidos com da final da Conferência Sul, entre Timbó Rex e Coritiba Crocodiles, no interior de Santa Catarina. O Complexo Esportivo de Timbó tem capacidade para 1.500 torcedores e o time da casa tem tido em média 700 espectadores por jogo. A expectativa para este duelo é de casa cheia nesta final.

Com capacidade para mais de 20 mil, o Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, terá o confronto entre Ceará Caçadores e João Pessoa Espectros – este último luta pelo heptacampeonato regional. A expectativa é que a final da Conferência Nordeste leve o maior público desta fase da Superliga. Isto porque o time cearense colocou 5 mil ingressos à venda, o que deve, inclusive, aumentar a sua média de público que é de 1.100 por jogo nesta temporada.

Acostumados a baterem recordes de espectadores em seus jogos na Arena Pantanal, como na final regional de 2015, que teve mais de 14 mil torcedores apoiando o time contra o Coritiba Crocodiles, o Cuiabá Arsenal só colocou 2 mil ingressos à venda na final deste ano, para o confronto com o Lusa Lions. Isto porque a cidade de Cuiabá está sediando os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e apenas uma parte do estádio foi liberado para o time de futebol americano da cidade.

Com 32 mil lugares, a Arena Pantanal só recebeu duas partidas do Arsenal neste ano, dos quatro jogos que fez com mando de campo. No primeiro, recebeu 11 mil torcedores e no segundo 1.500 (foi durante a final do futebol masculino nas olimpíadas). Em uma das outras duas partidas, o time jogou com portões fechados, mas apesar disto ainda tem uma das melhores médias de público da competição com 3.285 torcedores por jogo.

Problemas com estádios

Foram 94 partidas até agora e ainda faltam mais sete para o fim da temporada do futebol americano brasileiro. Mas para chegar até aqui, os times enfrentaram muitos problemas, principalmente com locais de jogos.

O grande exemplo é o Botafogo Challengers, que chegou a desistir da competição ainda na temporada regular por não ter mais onde jogar, uma vez que o time tinha uma parceria com o clube de futebol do Botafogo de Ribeirão Preto, que teve problemas financeiros e não podia mais pagar pelo centro de treinamento, o que acabou atingindo o Challengers.

– Tem alguns times que não tem dificuldades, como o Timbó Rex, que tem um local na cidade só para eles treinarem e jogarem; outros pagam, como é o caso do Caçadores e, por isso, não vai ter problemas para jogar no PV. Já com outros times, é um pouco mais difícil. Tivemos uma situação complicada com o Espectros e com o Challengers (mas só o primeiro foi solucionado). No Rio sempre teve uma complicação natural, mas por causa das Olimpíadas piorou muito. Fora que algumas vezes, os times de FA ficam a mercê de clubes de futebol – contou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol Americano, Guto Sousa.

No caso do Espectros, o time costumava jogar no Estádio Almeidão, mas após a reclamação do Botafogo-PB, de um suposto desgaste do campo, os jogos do time foram transferidos para a Vila Olímpica Parahyba.

Fonte: GE

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