Último ato: meia habilidoso, alagoano Arthur Maia é sepultado em Maceió

Compartilhe com os amigos

Familiares, amigos e torcedores se despediram do alagoano Arthur Maia no início da noite deste domingo. O meia habilidoso da Chape morreu aos 24 anos, na última terça-feira, no mais trágico acidente aéreo da história do esporte brasileiro. As homenagens começaram no sábado, na Arena Condá, em Chapecó, e se estenderam pelas ruas de Maceió. Muito aplaudido, o corpo de Arthur seguiu para o cemitério no início da tarde, em cortejo no carro dos bombeiros. O alagoano foi sepultado às 18h06, no Campo Santo Parque das Flores. No último ato, as pessoas mais próximas do jogador bateram palmas e cantaram o famoso “Vamo, vamo, Chape”.

Pai de Arthur, Roberto Maia agradeceu o carinho dos alagoanos, destacou as lindas homenagens feitas para a Chape na Colômbia e contou ainda que imaginava outra recepção para o filho.

– É muito difícil, queria muito que ele estivesse chegando como campeão sul-americano, mas não vai ser assim. A gente vê o que a Colômbia fez e diz assim: a humanidade tem jeito. Isso conforta. É um exemplo sensacional para o nosso país. Meu filho ia casar (no próximo ano), inclusive a noiva está aqui, mas Deus não quis e vamos tentar seguir os rumos, mas sempre com ele no peito. Eu agradeço pelas palavras e apoio recebido, até de gente que não conhecia o Arthur. Fica a saudade, mas jamais iremos esquecê-lo.

No velório, o caixão do jogador foi coberto com as bandeiras de Vitória e Chapecoense, últimos clubes que defendeu. Antes de atuar na Chape, Arthur conquistou o título baiano pelo Rubro-Negro, levantou a taça e guardou a medalha. Foi em Salvador também que ele começou a se destacar no futebol, a chamar a atenção. Antes, vestiu a camisa do CSA nas divisões de base. Assim como Dida. Cleiton Xavier e Adriano Gabiru, o meia foi revelado no campo do Mutange.

Cristiano Oliveira, tio de Arthur, falou sobre a importância do futebol na vida do sobrinho.

– Ele era uma guerreiro, um sonhador. O Arthur acreditou no sonho dele (futebol), lutou pelo sonho dele e viveu o sonho dele.

O meia Arthur Caculé jogou com o amigo alagoano na base do Vitória. Nunca perderam o contato. O jogador, que defendeu recentemente o RB Brasil, lembrou que o xará estava empolgado com a final da Sul-Americana.

– Ele estava muito feliz. A todo momento falava com a gente sobre essa final. Era o melhor momento da Chapecoense e de muitos jogadores que estavam ali. É triste que tudo tenha sido interrompido desta maneira. Arthur tinha muito talento. Ele tinha pouca idade, 24 anos, e uma carreira tão grande, com passagem até pelo Flamengo. Desde a época das divisões de base, no Vitória, a gente via que ele era diferente. Não só no futebol, também na amizade. Ele sempre acolheu a gente com muito respeito, muita amizade. A lembrança que fica é da alegria de viver dele, do sorriso contagiante, da empolgação que o Arthur tinha para viver.

Sul-Americana

Arthur Brasiliano Maia defendeu também Joinville, América-RN, Flamengo e Kawasaki Frontale, do Japão, e chegou à Chape no segundo semestre. Habilidoso, estava pronto para buscar este mês o título da Sul-Americana, o mais importante da carreira.

Fonte: GloboEsporte

Compartilhe com os amigos

Veja também

  • Das várias apostas que passaram pelo Flamengo nestes últimos anos, ele foi um dos poucos jogadores que saíram e fiquei muito chateado por isso. Deveria ter sido melhor aproveitado! &;-D

    • Também não entendi a saída dele, ele não estava sendo muito bem aproveitado por conta do esquema, mas era bom jogador

    • Concordo…jogador precisa de sequencia e confiança do tecnico, nem um e nem outro foram concedidas ao Artur. Tinha tudo pra fazer uma boa temporada no Flamengo. Que ele descanse em paz.

    • concordo também

      nele dava pra ter investido mais

      particularmente fiquei triste em vê-lo atuando contra o Fla e mais triste agora estou

  • Ele era o nosso Diego de 2015

    • Infelizmente ocorreu esta tragédia com o Arthur Maia. Mas daí a dizer que era um bom jogador não tenho tanta certeza.
      Ano passado ele teve chances no Flamengo, pelas mãos do pofexô Luxemburro. Mas o que ele fez de positivo? Nada.
      Muito lento, disperso, outro Alan Patrick da vida (um pouco piorado). Acho que jogadores como ele, Jonas, Paulinho, etc..quando recebem chances de jogar num gigante como o Flamengo, deveriam demonstrar muito mais gana, força de vontade e outros atributos para se manter no clube.

Comentários não são permitidos.