Titular absoluto no primeiro semestre e menos utilizado na parte final do ano, o zagueiro Juan venceu em 2016. Após voltar ao Flamengo sob contestação pela idade e em função de lesões sequenciais, jogou bem e teve seu contrato renovado às vésperas de completar 38 anos – faz aniversário 1º de fevereiro. Mas faltou um golzinho.
É claro que a função primordial de um defensor é autoexplicativa pelo próprio nome: defender. Mas Juan deixou a torcida rubro-negra mal acostumada em sua primeira passagem pelo clube. Foram 29 gols em 245 jogos, números que o colocam como segundo zagueiro que mais marcou com a camisa do Flamengo. É superado apenas por Junior Baiano, que fez 32 em 335 partidas.
O camisa 4 riu ao ser perguntado sobre o tema e brincou:
– Cada ano que passa eu faço menos gols (risos). Antigamente no Flamengo eu fazia muito gol de perto. Eu brinco que do meio-campo até o gol é muito perto para mim, mas a cada ano que passa fica mais longe. Mas faz parte, tive oportunidades, não fiz. Espero que 2017 possa voltar a marcar, porque é uma sensação que quero ter de volta.
Capitão do time em boa parte da temporada, Juan acredita que o Rubro-Negro terá melhores condições para voltar a levantar um troféu. Já são dois anos sem título, o último foi o estadual de 2014.
– Fizemos o máximo que a gente podia, esse ano queríamos terminar com um título, mas o mais importante era fazer uma base. A gente sabe as dificuldades que tivemos, principalmente com as viagens. Esse ano que vai entrar, jogando mais jogos dentro de casa, com mais jogos no Rio de Janeiro, temos mais chances de sermos campeões.
Ao avaliar 2016, Juan destacou que seu ápice individual não ocorreu no melhor momento coletivo do Flamengo.
– O coletivo ajuda sempre o individual. Com certeza meu ano foi dividido em dois. Talvez no primeiro semestre individualmente tenha ido bem, mas coletivamente o Flamengo não foi bem. No segundo semestre joguei menos partidas do que desejava, mas o Flamengo conseguiu coletivamente jogar melhor.
Confira outros temas abordados por Juan:
Renovação por mais uma temporada
Estou feliz pela renovação, por poder mais um ano jogar em alto nível, ajudar meus companheiros. Trabalhar muito para que isso aconteça. No final do ano vamos ver.
Foco na Libertadores
Vai ser um ano muito importante. A gente sabe que a Libertadores é sempre muito esperada pelo Flamengo. Espero jogar no nível que jogamos no Brasileiro, ou até maior.
A gente espera que (a Libertadores 2017) seja diferente. A gente sabe a dificuldade da Libertadores, mas temos um grupo qualificado. Vamos começar a trabalhar de uma base que já foi montada. Espero que em 2017 a gente possa jogar em um nível ainda maior do que em 2016 para conseguir os títulos.
Manutenção da base
Sempre importante montar uma base que já se conhece, o grupo, a comissão técnica. Tem tudo para sair na frente. A gente tem que recomeçar no nível que parou e continuar trabalhando nesse mesmo nível.
Oportunidade de levantar a taça como capitão: “Tem que voltar a levantar taça”
Isso não passa pela minha cabeça, nunca foi importante para mim. Tenho que dar minha contribuição para o grupo, tanto dentro quanto fora de campo. Depois quem vai levantar ou não (a taça) é o menos importante. O Flamengo tem que voltar a ser campeão, já são dois anos sem título, um time como o Flamengo, potencial e estrutura que está dando aos jogadores… Esse ano tem que voltar a levantar taça.
Fonte: GE