Rio não considera municipalizar o Maracanã

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O governo do Estado do Rio já descartou a proposto do prefeito Marcelo Crivella de municipalizar o Maracanã. A intenção foi anunciada no domingo, dia em que Crivella tomou posse como chefe da administração municipal.

Desde o ano passado, a atual concessionária do Maracanã, liderada pela Odebrecht, busca ativamente passar adiante o contrato do complexo esportivo. Pelo menos dois consórcios fizeram propostas pelo estádio: um comandado pela francesa Lagardére e outro liderado pela britânica CSM, junto com a GL Events e Station Amsterdam.

Pelo Twitter, o governador Luiz Fernando Pezão informou que a concessão está sendo negociada com duas empresas e deve ser concluída agora, no mês de janeiro. O jornal Valor apurou que em nenhum momento das negociações para mudança de concessão a municipalização do Maracanã foi discutida, inclusive quando o prefeito foi ainda era Eduardo Paes.

No dia 8 de dezembro, o governo do Rio criou uma comissão para avaliaras duas concessionárias que desejam administrar o Maracanã. O governo analisa se as concessionárias cumprem os requisitos de habilitação do edital.

Em note, o Consórcio Maracanã disse que não comenta a declaração do prefeito do Rio. Este é um assunto que diz respeito ao Poderes Municipal e Estadual. Procurada, a assessoria de imprensa da prefeitura disse que Crivella não mais seguirá com a ideia.

O consórcio controlador do Maracanã alega que, ao decidir não derrubar estruturas que ficam no entorno da arena -o Museu do Índio, a Escola Friedenreich, o estádio de atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlia Delamare-, para a Copa do Mundo de 2014, o governo do Estado mudou o contrato e provocou perdas financeiras ao consórcio.

Atualmente, a concessionária do Maracanã trava uma batalha com o Comitê Rio 2016 e acusa prejuízos causados na preparação do estádio para receber a Olimpíada, como as cerimônias de abertura e encerramento, além da falta de pagamentos de dívidas. Segundo a concessionária, o Comitê Rio 2016 deve continuar na posse do Complexo Maracanã até que tenha concluídos as obras de adequação para que o Maracanã e Maracanãzinho retornem ao seu estado original, mesmo depois do dia 30 de outubro de 2016.

A Odebrecht notificou pela segunda vez, no dia 29 de novembro, o governo do Rio sobre as não conformidades do estádio e do ginásio. O termo de uso prevê uma multa de R$ 120 mil ao Comitê Rio 2016 para cada dia de atraso, que começou a contar a partir do dia 30 de outubro.

Fonte: Jornal Valor

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  • Primeira promessa quebrada do atual Prefeito Marceli Crivella!

    Politico é tudo igual mesmo.

  • O “pé grande” não se emenda. Ao invés de continuar o que começou errado, deveria é pedir desculpas à população do Estado, que levou à falência e pela danosa “reforma” e consequente entrega do Estádio mais ffamo do mundo, a uma empresa, que hoje vemos o que realmente é, pois a operação lava jato está aí, quase que diariamente, nos lembrando de todas as canalhices e roubalheiras do dinheiro público.
    SRN

  • E perder as propinas jura que ele vai repassar, temos e que fazer o nosso essa praga nunca sera nosso não importa por quanto tempo assinar contrato!

    • Verdade André, também penso assim. Não importa se conseguíssemos uma concessão por 30 anos, depois estaríamos sem casa novamente e nada impede que daqui a 2,6 ou 10 anos entrasse um governador safado que estivesse disposto a entregar o maraca a quem fizesse o maior numero de “doações legais”, sabemos que contratos com políticos não valem de nada.
      Temos 6 anos de contrato coma Portuguesa, tempo suficiente para a construção de um estádio sem essas megalomanias de grandes arenas, uma coisa mais simples porém com a qualidade que o Mengão merece. Pode ter certeza que parceiros para a obra não faltará. SRN

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