¡Que maravilla! Finalmente, el Mengón debutó en el año y goleó a los viejitos de Buena Vista. Opa, foi mal. É que tá difícil saber se o idioma ideal é o português ou o castelhano, carregado com o sotaque do Peru. Falemos, então, em rubro-negro. Falemos ou cantemos. Há boatos de que tem gente por aí ressurgindo o funk da Tati Quebra Barraco e mandando ver com uma nova letra: “Trauco é bom, Trauco é bom”. Calma, minha gente, foi só um jogo pelo Mengão.
Mas que jogo! Seguro defensivamente e preciso na saída de bola, Miguel Trauco foi o destaque do Fla no primeiro tempo, seguido por Rafael Vaz. E o que nos enchia de esperança encheu de alegria, quando – de longe – ele acertou um cruzamento na cabeça do compatriota Paolo Guerrero. Primeiro gol do Mengo em 2017.
O 1 a 0 mascarava o ruim primeiro tempo, e o placar fez jus ao futebol apresentado em uma jogada similar. À la Trauco-Guerrero, o Boavista chegou ao empate. Entre um gol e outro, ainda deu tempo de nosso estreante lateral dar um susto. Entrada dura, cartão amarelo, o único para o Fla na partida. Merecido, justo. Vermelho seria exagero.
Fomos para o intervalo com uma sensação ruim. O que mais incomodava, no ano passado, estava de novo ali, latente. Meio-campo despovoado e pouquíssimas chances criadas. Criada criada mesmo, só a do gol. Com um Willian Arão afoito, Diego voltava pra buscar a bola e era o único responsável pela armação. Adryan ficaria no banco, mas teve de entrar de última hora no lugar de Éverton, com “lesão estomacal”.
Cabiam a Adryan e Mancuello as tais pontas que hoje parecem obrigatórias no Clube de Regatas do Flamengo. Nenhum dos dois se encontrou. Pelo contrário, ficaram escondidos. Para tentar auxiliar Diego, Guerrero se movimentava bastante. Sem êxito. No lugar de Fernandinhos e Cirinos – que a muitos desagradavam – estavam um cara contratado como volante e um meia que não deu certo nem na segunda divisão inglesa. Surgia, mais do que nunca, a dúvida: Será que Zé Ricardo é incapaz de escalar o time com outra formação?
A resposta, no começo do segundo tempo, foi desanimadora. Quem pressionava era o Boavista, se aproveitando – mas nem tanto – das falhas de nossos jogadores (Réver não consegue passar 90 minutos sem dar uma entregada). Enquanto a bola não chegava na frente, Mancuello e Adryan foram se soltando. Flutuavam mais, invertiam os lados. Até que a bola chegou.
Chegou com Trauco. Dele para Guerrero, que tocou em Mancuello, que deixou Trauco na cara do gol. Melhor que o passe do argentino, só a finalização do peruano. Golaço em castelhano, dos a uno Mengón. Dali em diante, só deu Flamengo.
Adryan cansou, e aí a gente volta a falar em Zé Ricardo. Sem Éverton e Gabriel, pôde-se imaginar que fosse botar Cafu em campo. Optou por Rodinei. Um tanto surpreendente, pra lá de acertado. Os pontas de Zé têm como principais funções a marcação e o apoio pelos lados, sempre com velocidade. Tarefas muito parecidas com as de um… lateral.
Bem em 2016, Rodinei perdeu lugar no time quando se lesionou. Entrou Pará, tão bem quanto, se não melhor. Nesse sábado, Cirino foi acompanhar o nascimento do filho, Gabriel não estava apto a jogar, Éverton passou mal e Adryan sentiu a fadiga. Talvez o destino quisesse jogar uma luz no 4-2-3-1 de Zé Ricardo. Querendo ou não, conseguiu.
Dos pés de Pará e Rodinei nasceu o terceiro gol do Flamengo. Outra testada de Guerrero. O quarto poderia ter vindo diversas vezes, duas delas com o próprio Rodinei. Veio na categoria de Diego, após mais um passe de Trauco.
Arão se achou na segunda etapa, Rômulo teve estreia discreta – justo para um volante. Muralha salvou a pátria no único lance com bola em que Trauco poderia ter ido melhor. Não tem problema, o cara jogou demais. Um passe para gol, um cruzamentaço e um toque cheio de classe para deixar sua primeira assinatura na rede em rubro-negro.
A impressão que fica é de que a ala esquerda está bem resolvida (ainda precisamos determinar o reserva). E a direita pode estar também. A dupla Pará e Rodinei funcionou, merece ser testada novamente. É tempo de usarmos Carioca e Primeira Liga para entrarmos com o melhor time possível na Libertadores.
Enquanto ela não chega, Berrío vai desembarcar, Conca continuará a recuperação e o Flamengo seguirá em turnê por aí. Depois de ontem, pode marcar jogo em Lima que o Mengão estará em casa.
Marcos Almeida
Fonte: Nosso Flamengo | UOL
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Trauco deixou a desejar defensivamente, mas todo mundo sabia disso.
O lance do gol foi mais falta de altura dele mesmo. O cara é baixo não podermos dizer que foi falha dele o gol do Boavista.
Ele errou em duas jogadas idênticas. Achei erro de marcação, mas é assim mesmo.
Pra mim ele errou em 1 somente , ali no lance do gol era bola pro Muralha sair nela .
É o ponto fraco dele, mas vale ressaltar que no lance do gol o Muralha saiu muito mal também, pra mim a responsabilidade tem que ser dividida.