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Flamengo: 3 caminhos para vencer o clássico de sábado

Não mudar o estilo de jogo

Por mais que ainda seja meio cedo pra falar em “Fla Madrid” ou “Flayern de Munique”, é fácil notar que o Flamengo de Zé Ricardo desenvolveu um estilo próprio de jogo. É um time que busca o controle das ações, a posse de bola e com isso vai martelando o adversário em busca de espaços pra finalizar pro gol. Um Flamengo mais paciente do que muitos de nós estávamos acostumados, mas que ainda assim tenta exercer uma pressão constante. Porém, se você lembrar dos jogos recentes contra o Vasco, em todos eles o Flamengo abandonou seu estilo de jogo da época e, por alguma razão, adotou uma organização tática muito semelhante a pessoas vendadas fugindo de um prédio em chamas durante uma noite particularmente barulhenta.

O Flamengo é taticamente superior ao Vasco? Acredito que sim. Nome por nome temos um time mais forte? Certamente temos. Mas isso não serve de nada se o time abandonar tudo que é treinado e aceitar disputar com o rival um bizarro bumba meu boi de bicão pra frente, bola alçada na área e disputa de quem dá a ombrada mais forte. A superioridade do Flamengo vai se mostrar a partir do momento em que a partida envolver toque de bola, variação de jogadas e ocupação de espaço. Quando você está disputando uma partida de futebol de sabão não faz muita diferença ter no seu time Lionel Messi treinado pelo Conte ou seu primo Roginho de Muriaé treinado pelo seu tio Aderbal que gosta de gritar com desconhecidos na rua.

Controle emocional

Outra coisa que faltou muito ao Flamengo nas últimas partidas contra o Vasco foi um mínimo resquício de algum rastro de sinal de alguma mísera migalha da sombra de algum controle emocional. Entendo que um clássico é diferente, entendo que as emoções ficam à flor da pele, entendo que a vontade de ganhar é em dobro, mas vamos pelo amor de deus botar a mão na consciência, galera.

Superioridade teórica é pra pesar contra o time mais fraco, não contra o mais forte. Apoio da torcida é pra estimular, não pressionar. Eu entendo que não deve ser nada divertido passar uma partida toda sendo apalpado pelo Rodrigo, mas as táticas de provocação dele são tão óbvias que, quando você controla o cara no Fifa, deve ter até um comando pra apertar a bunda do atacante rival. Então já era pro Guerrero ter começado a se situar, por mais homem latino passional que nosso atacante seja.

Controlar o jogo passa por controlar os próprios nervos e essas duas coisas são essenciais pro Flamengo vencer nesse sábado.

Deixar a provocação pra depois

Eu sei, eu sei, provocação é parte do jogo. Também sei que apimenta a partida, também sei que a torcida curte, também sei que gera ótimas chamadas pra jornal e portal. Mas, pra variar, o time do Flamengo poderia baixar a bola nas provocações pré-jogo, nas declarações públicas de favoritismo, na postura de superioridade.

Eu concordo com o Guerrero que o Flamengo é favorito contra o Vasco? Claro, concordo. Mas acho que ele, em vez de falar isso antes do jogo e motivar o time rival, deveria falar isso depois da partida, após fazer três gols, um deles de letra, numa goleada tão fantástica que retroativamente faria Vasco da Gama nunca ter coragem de sair de Portugal, alterando os rumos da história como a conhecemos e fazendo com que Eurico Miranda hoje fosse apenas um mal-humorado dono de padaria ali na zona sul, sempre criticado por deixar cinza de charuto cair em cima do pãozinho.

Em suma, sábado o Flamengo precisa ser Flamengo. O mesmo Flamengo que veio bem no ano passado, o mesmo Flamengo que vem impondo seu jogo contra os adversários esse ano, o mesmo Flamengo que vem tendo paciência e tranquilidade pra fazer o placar. Superioridade em campo não é uma coisa que você conta, não é uma coisa que você se gaba, é uma coisa que você comprova vencendo quando importa. Esse fim de semana é hora de fazer isso.

João Luis Jr.

Fonte: Nosso Flamengo | ESPN

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • Estou achando que vai ser Fla3x0 vas, Temos um fator importante e que está ne uma fase cada vez melhor DIEGO.

  • Belo texto, muito sensato. O Zé poderia usa-lo na preleção para o jogadores. SRN

  • A personalidade do Guerrero me preocupa para esse jogo. Ao contrário de alguns outros ele cai demais na pilha e se perde com a marcação do Rodrigo. Por pouco não foi expulso em uma cotovelada que deu depois de revidar a uma provocação. Se o Vasco resolver não jogar bola e apelar para provocações, certamente o Guerrero será um dos alvos. É necessário cuidado e personalidade para impor o nosso futebol e evitar armadilhas.

    • Tenho certeza que não, pois Guerrero não é o único a ser marcado, a defesa vascaída tem o Mancu, Everton, Diego e as chegadas de Trauco para aumentar a preocupação, agora que certamente eles terão 2 linhas de 4 esperando o Flamengo no contra-ataque, isso é uma certeza, pois todos sabem que é a melhor forma de parar o Flamengo, passamos 2016 todo sem saber infiltrar nelas, ainda não foi desenvolvido taticamente uma forma de confrontá-la, quem sabe dessa vez aprendamos.

      • Não falo de critérios táticos Evandro. Falo de beliscões, ofensas e tapinhas do Rodrigo no Guerrero em todos os Flamengo x Vasco. O Guerrero não se concentra em jogar o jogo e fica pilhado querendo revidar com cotoveladas e socos, e só não foi expulso em uma dessas porque o juíz não quis. Espero que ele seja esperto e não caia nessa.

        • Eu entendi o que vc quiz dizer sim, até porque vivenciei isso..Ninguém aguenta essa catimba sem ajuda, Guerrero não é mais o único a ser especialmente marcado, quando vc combate sem ajuda de seus companheiros, vc perde a cabeça mesmo, mas repito; ele agora tem ajuda dentro de campo, quando seus colegas de campo não fazem nada, vc cai na catimba e se irrita facinho! Por isso te afirmo que ele estar superando esse descontrole emocional catimbeiro.

    • O Guerrero fica estressado fácil demais, leva cartão bobo toda hora, mas aquela vez da cotovelada eu entendo o lado dele. Como ficar sereno com um sujeito apertando os mamilos?

      • O problema é que o juíz não vê esses detalhes e o Guerrero não devolve da mesma forma na malandragem. Ele se estressa e revida na agressão. Apesar de não ser um jogador violento me preocupa sim como estará o gênio dele para amanhã. O Vasco terá que vir e se o Flamengo não resolver por o regulamento embaixo do braço e jogar para vencer, passa. Só se usa o regulamento faltando cinco minutos para acabar o jogo. No mais que jogue bola e nada de se defender em demasia igual fez contra os reservas do Botafogo. SRN.

      • Dar-lhe uns pisões de leve no peito do pé de Rodrigo, o juiz nem ver, imagine o Guerrero andando para trás e vc levar um pisão no peito do pé de um jogador de uns 85kg com uma chuteira de travas de alumínio, rapaz é uma dor tão forte! kkkkkkkkkkk

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