O Flamengo começa a colocar em prática hoje, às 21h45m, contra o San Lorenzo, no Maracanã, o projeto Libertadores, que resume a guinada que o clube deu a partir do fim de 2015, quando decidiu priorizar os resultados em campo após anos de ajustes nas finanças. O planejamento de voltar à competição, disputada pela última vez em 2014, através do inesperado título da Copa do Brasil, foi calcificado na formação de um time competitivo para o torneio, que começou a ser formado com a chegada de Paolo Guerrero, há quase dois anos.
O centroavante ganhou a companhia de Diego em 2016, e o clube, que sofreu recentemente por falta de estádio, terá por fim o reforço do Maracanã após intenso trabalho para recuperá-lo do abandono depois da Olimpíada do Rio.
No gramado ainda desgastado, mas pronto para a bola rolar, o novato Zé Ricardo disputa sua primeira Libertadores. O treinador não se mostrou abalado pela queda na final da Taça Guanabara, e deve manter o time que empatou com o Fluminense. A diferença está nas palavras que dirá antes da partida de amanhã, válida pelo Grupo 4. Em uma competição que termina só no fim do ano, alongada, mais do que nunca será importante elevar a performance ao máximo a cada jogo. E não cair nas armadilhas dos clubes latinos em sua própria casa, como ocorreu em edições anteriores.
— O Maracanã é a casa do Flamengo. Onde nos sentimos bem, onde a maioria das vezes está lotado, aonde a torcida vem. E nada melhor do que começar a Libertadores aqui. Não vai ser um jogo fácil. É uma equipe experiente, que vai querer cozinhar a partida e levá-la a um pseudodesespero nosso. Precisamos ter equilíbrio e concentração — reforçou o comandante rubro-negro, que ontem fez um treino para reconhecimento do gramado do estádio e testou algumas variações.
Fato é que Zé Ricardo não espera ter um apagão defensivo tão cedo. Os ajustes foram feitos mais no papo do que na prática, já que não houve tempo para coletivos. O capitão Réver, com experiência de Libertadores, é um dos que lideram a chamada geral para atenção daqui em diante.
— Dificilmente, teremos um primeiro tempo tão estranho como tivemos domingo (contra o Fluminense). Uma coisa que marcava a equipe era o equilíbrio defensivo. Conversamos bastante, eles são inteligentes e já se acertaram. Isso não vai voltar a acontecer na temporada — garante Zé Ricardo, que terá mais de 50 mil pessoas cantando nas arquibancadas, mas também cobrando uma boa apresentação.
Fonte: Extra