Além dos ganhos esportivo e financeiro, o Flamengo tem como estratégia usar a realização do jogo de estreia na Libertadores para fortalecer sua posição na disputa pelo Maracanã. O clube apoia um das empresas concorrentes ao estádio, a GL Events, e se recusa a jogar com a outra Lagardère. E sua diretoria entende essa partida demonstra sua capacidade de atuar na gestão do equipamento.
O Maracanã encontrava-se abandonado durante os meses de dezembro e janeiro, chegando a sofrer roubos e corte de luz. Em fevereiro, o Flamengo fez um acordo com a Odebrecht para investir em reparos no estádio em troca de poder enfrentar o San Lorenzo no local. Foi uma solução já que a Arena da Ilha ainda não estava pronta, além de proporcionar um público maior.
Para isso, o clube investiu pelo menos R$ 2 milhões, inclusive pagando a conta de luz e reparando o gramado. Nenhum outro time ou a Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) tomou essa iniciativa de investir e assumir responsabilidades no estádio. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, entende que padrões de ”credibilidade e competência” credenciam o clube a qualquer responsabilidade no futebol.
”Com relação à gestão de estádios, não só as medidas adotadas para o jogo de hoje, mas também nosso histórico de administração de partidas em vários estádios pelo país desde 2013 certamente fortalecem nossa pretensão de assumir um papel de protagonista no Maracanã”, contou o dirigente.
Pelo acordo feito com a GL Events, o Flamengo cuidaria do Maracanã nos dias de seus jogos. A empresa ficaria com a manutenção do dia a dia do estádio, sendo outras firmas responsáveis por atrair shows. A GL Events, no entanto, não quer investir se for mantido o formato atual da concessão.
Caso fique com o estádio só nos jogos, o Flamengo teria um modelo bem lucrativo. Contra o San Lorenzo, a receita deve girar em torno de R$ 3,6 milhões, a segunda maior renda rubro-negra desde a final da Copa do Brasil-2013. Mas, com o custo da operação da partida, a fatia que sobra para o time cai bastante.
Ainda não há um acordo para que o Flamengo volte a jogar no Maracanã pela Libertadores. Mas o clube não descarta essa possibilidade, ainda mais caso se prolongue o processo de mudança de dono do estádio. E, quanto mais estiver presente e com papel importante nesta transição, a diretoria entende que aumentam suas chances de ser protagonista no estádio no longo prazo.
Fonte: Rodrigo Mattos | UOL
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Estratégico em todos os sentidos. Para a Liberta e para futuras retenções administrativas. Isso demonstra que temos uma Gestão top. Tomara que isso convença de uma vez por todas esses governantes que o Fla tem que gestar o Estádio.
Já escrevi aqui, mas não custa nada repetir: Mais uma boa sacada da diretoria, estão de parabéns!
SRN #IssoAquiÉFlamengo
Vamos mengão
Está comprovado que sem o Flamengo, o Maracanã não sobrevive! Ainda assim, sonho com o estádio secundário próprio de apenas 30mil, com um custo vs benefício imbatível para jogos de pequeno e médio porte... &;-D