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Mauro Cezar: “Na merecida conquista tricolor, vitória do futebol e também do Fla-Flu”

Foi um Fla-Flu muito legal. Gols, viradas, emoção de sobra e decisão nos pênaltis. E quem é do Rio de Janeiro sabe (quem não é nem sempre entende): por mais que desmoralizem os Estaduais, a Taça Guanabara ainda preserva seu sabor especial, ainda mais quando erguida após um triunfo sobre o maior rival.

Por tudo isso foi um grande e justo domingo tricolor. Time jovem, técnico experiente voltando ao mercado sobre desconfiança de muitos, elenco barateado no começo do ano para equilibrar finanças. Mesmo assim o Fluminense vai formando um bom grupo, capaz de em campo se mostrar melhor do que o Flamengo, apesar de tudo.

Sim, apesar das ausências de Douglas e Scarpa, da viagem de ônibus, após o jogo com o Sinop pela Copa do Brasil; do corte nos gastos e contra um rival completo, que investiu ainda mais para 2017. E os jogadores do Fluminense ainda foram muito mais competentes nos pênaltis, inclusive na comparação entre os goleiros.

Mas Abel Braga tem problemas a resolver, especialmente a fragilidade no jogo aéreo apresentada no primeiro tempo. Compensada pelas virtudes, como a velocidade do time, arma vital na marcação do primeiro e terceiro gols. O torcedor tricolor saiu do clássico com a sensação de que essa equipe pode lhe dar mais alegrias.

Do lado rubro-negro problemas, alguns graves, como a defesa exposta, escancarada. Mas não foi só. O time não apresentou repertório, insistindo em cruzamentos como na reta final do Brasileiro de 2016, justamente quando a produção caiu e os resultados idem. Faltou criação de jogadas, já era para a equipe estar em outro estágio.

Mancuello e Rafael Vaz são dois nomes que podem ser contestados como titulares. Como a postura de Muralha, nos gols de Wellington e Lucas, plantado na área, sem sair para diminuir o espaço ante o adversário. E nas cobranças de pênaltis, com bola rolando e na decisão. Ele não se aproximou de fazer uma defesa sequer.

Zé Ricardo não se omitiu, mexeu no time, mas suas escolhas também foram questionáveis. Como entrada de Gabriel quando se esperava Berrío, nem sempre muito lúcido, mas com maior poder de decisão. E seu trabalho de preparação durante a semana deixou a desejar quando o time se apresentou dentro de campo.

Fora o que se passou na cancha, foram quase 28 mil tricolores e rubro-negros no Estádio Nilton Santos, popularmente conhecido como Engenhão. Bom para um clássico que só teve local confirmado 48 horas antes, e consequentemente venda de ingressos por um curto período em relação ao que deveria ser. Essa foi uma vitória do futebol.

Enquanto em Estados como São Paulo os cartolas acataram (alguns até ficaram felizes) a imposição da torcida única, no Rio de Janeiro não. Nos dois últimos finais de semana tivemos clássicos (Vasco x Flamengo e o deste domingo) com duas torcidas graças à postura dos dirigentes. A cultura do nosso futebol foi defendida, preservada.

Verde, vermelho e branco de um lado. Preto e vermelho do outro. Nelson Rodrigues disse que “o Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada”. Mas sem as duas torcidas não seria o emblemático clássico. O Fla-Flu vive. O futebol respira. E no placar bailarino (3 a 3) de domingo no Rio, os grandes derrotados foram os coveiros do futebol.

Fonte: ESPN

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • Corretíssima a análise do Mauro! Só senti falta a uma menção maior ao Rômulo , ele tá muito Mal! Longe de querer a volta do MA mas ele tem que correr mais , combater mais! Muito passivo na marcação.

  • O meu maior medo é nadar, nadar, nadar e voltar para estaca zero, e acho que isso vai ocorrer a qualquer momento: Muralha - Pará - Réver - Vaz - Trauco (esse não estava ano passado) - Caramujo - Arão - Diego - Gabriel - Éverton - Guerrero... o time tem tudo para ser esse, o Zé tem imensa dificuldade com encaixe dos jogadores que não sejam de um perfil relacionados ao seu esquema.
    Libertadores é coisa séria, vamos ver, de fato, se o conjunto funciona, se os treinamentos estão surtindo efeito, se estamos efetivos taticamente e as verdadeiras limitações e dificuldades de cada um.

  • Hoje não foi o nosso dia, gente. Agora o foco é taça libertadores da América.

  • kkkk nem havia lido os comentários do Mauro e critiquei as mesmas coisas...quem é o treinador de goleiro do Flamengo? Muralha qdo chegou elogiávamos pois era um goleiro que saia do gol diferente de PV e Cesar...porem acho que o problema é outro, não é possível, todo goleiro do Flamengo parece arvore, ficam enraizados..

  • "Mancuello e Rafael Vaz são dois nomes que podem ser contestados como titulares. Como a postura de Muralha, nos gols de Wellington e Lucas, plantado na área, sem sair para diminuir o espaço ante o adversário. E nas cobranças de pênaltis. Ele não se aproximou de fazer uma defesa sequer."

    Já falei sobre o Muralha em outro post e o Mauro César resumiu bem a participação dele no jogo. Sobre o Vaz, é um jogador instável. Quando joga sério e simples, vai bem. Mas oscila muito. O que destaco da análise do MC é a parte sobre o Mancuello. Jogador técnico, que pode ser decisivo, mas não se achou na nova função. Suas melhores partidas jogando aberto foram contra equipes fracas, foi mal em todos os confrontos contra grandes. Pode ser que ainda venha a adaptar, mas demonstra dificuldade.

    Assim que o ano começou parecia que o Zé testaria algumas variações com ele em campo. Esperava ver o time jogar por momentos num 4-3-1-2, com o Rômulo à frente da zaga, Arão pela direita, Mancuello na esquerda, Diego centralizado, Everton/Berrio e Guerrero mais adiantados, abrindo pra chegada de quem vem de trás. Os laterais dariam profundidade, com cobertura pra avançar. Outra opção, mais simples, seria ver Mancu e Diego trocando de posição durante o jogo. Mas nosso 35 tem jogado mais pela esquerda, enquanto o Mancuello cada vez mais parece engessado à função que os pontas desempenhavam no ano passado, mas sem cacoete e condição física pra isso. Tenho dúvidas se o Conca terá essa condição física e se jogará também como ponta. São coisas a se pensar.

    O time continua preso ao mesmo esquema, as variações das primeiras partidas não vêm se repetido. Temos levado vantagem pela qualidade de alguns jogadores, mas podemos melhorar muito ainda coletivamente. Na compactação, na pressão, troca de posições, criação de linhas de passe. No último jogo, com os reservas, percebi algo que era muito comum ano passado, que é ver os jogadores trocando passes sem sair do lugar. Num determinado momento só o Cuéllar e o M. Sávio tocavam e se apresentavam pra receber de volta ou pelo menos pra levar a marcação. Por vezes o time titular ainda faz isso.

    O trabalho está no começo, é positivo até aqui, mas esses são pontos que precisam ser trabalhados. E vamos com tudo quarta! Se não der na técnica, tem que ir na raça!

    • "O time não apresentou repertório, insistindo em cruzamentos como na reta final do Brasileiro de 2016, justamente quando a produção caiu e os resultados idem. Faltou criação de jogadas, já era para a equipe estar em outro estágio."

  • Independentemente de todas as análises (e guardadas as devidas proporções)... O gol de falta do Guerrero me lembrou os áureos tempos do Zico. O goleiro nem conseguiu se mexer

  • Muralha é fraco. É convocado pra seleção pq o tite fica de sacanagem.

    Não venha me fazer avaliações de jogadores após resultados, pois o fato do Fla ter tido (até então) 17 jogos de invencibilidade se devem muito à ele.

    SRN (volta PV)

    #sqn

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