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Apesar de contratos diferentes, Fla e Flu sofrem com Maracanã mal administrado e voltam a viajar pelo Brasil

Há quatro anos, Flamengo e Fluminense assinavam contratos distintos com o consórcio que assumia o Maracanã reformado para a Copa do Mundo. Hoje, os clubes, que se enfrentam às 16h no estádio Kleber Andrade, no Espírito Santo, sabem que com o atual consórcio precisarão voltar a viajar pelo Brasil, como nos últimos anos, para ter boas receitas.

Em 2013, o Flamengo resistiu a entrar no negócio que tinha uma construtora como protagonista. Depois de jogar em Brasília algumas vezes, fez um teste no Maracanã e firmou vínculo por três anos, em que dividia custos e receitas. O Rubro-Negro não quis assinar o modelo de contrato que o Fluminense mantém hoje, válido por 35 anos.

O Tricolor fica com lucro de dois setores e não tem custo. Mas sem o Flamengo, o consórcio passou a amargar prejuízo. O resultado foi a gradual saída de cena da Odebrecht, que hoje não cuida nem da manutenção.

— O Flamengo não acredita nesse modelo com intermediação. O Estado não resolveu o problema, e entendemos que o Maracanã não vai ficar de pé dessa forma — afirmou o diretor Fred Luz.

— O modelo que sustenta a atual licitação inviabiliza o estádio como negócio rentável. Quem pegar, vai ganhar em cima dos clubes. Do Flamengo não vai — avisou.

O Fluminense havia adotado postura menos bélica, já que tinha contrato vantajoso, mas agora cobra da concessionária seus jogos. Com a sinalização de que o consórcio não vai honrar o compromisso, entrou na Justiça e torce pela venda da concessão para que uma empresa assuma e execute o contrato. O presidente Pedro Abad explicou a postura.

— Desde o começo, o Fluminense se posicionou no sentido de que conversaria com qualquer empresa que assumisse o Maracanã. É partidário que o contrato seja respeitado, mas debatemos até alterações. Se ela (Lagardére) vier a adquirir o controle, vamos manter o contrato — disse o presidente.

Clássico não pisa no Maracanã desde o fim de 2015

O Fla-Flu não sabe o que é Maracanã desde setembro de 2015. Ano passado, o clássico foi disputado em Volta Redonda, Natal, São Paulo e Brasília. De 2013 a 2015, foi jogado no Maracanã por oito vezes. Esse ano, a final da Taça Guanabara aconteceu no Engenhão, devido ao estado de precariedade do Maracanã após os Jogos Rio 2016.

Segundo a reportagem apurou, o consórcio recebeu o estádio e não está pagando ao Governo do Estado. Na hipótese de venda da concessão, a Lagardére, empresa que restou candidata, poderia receber uma isenção para fazer o negócio caminhar.

Mas com os parceiros da empresa ligados à BWA, que opera a bilheteria, os clubes entendem que o modelo não se sustenta. Temendo o controle de ingressos, o Fluminense pode recuar e alterar o contrato. O Flamengo, por sua vez, já avisou que não tem conversa, e espera ser chamado pelo Estado para tornar o Maracanã viável outra vez. E o estádio segue sem seu uso peno em 2017

Fonte: Extra

 

Coluna do Flamengo

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