O Flamengo não dá prazo para a volta de Ederson e Conca, mas ambos estão em contagem regressiva para jogar novamente. É assim, em cinco etapas, que o processo de recuperação é organizado pelo clube em sua nova metodologia. Nela, Conca está na fase quatro, ainda controlado de perto. Sua volta depende de finalizar essa etapa e chegar à próxima, que prevê jogos-treinos e condicionamento. É neste ponto que está Ederson, que treina normalmente e já foi monitorado em jogo-treino. Sua participação contra o Botafogo, domingo, é improvável, pois ainda precisa evoluir em algumas questões físicas.A avaliação é diária e tem a voz de todos os profissionais do Centro de Excelência em Performance, liderado pelo médico Márcio Tannure com auxílio de um lado do preparador físico Daniel Gonçalves e do outro do fisioterapeura Fred Manhães.
Ederson é um exemplo de atleta percorreu a transição do método antigo para o atual, entre 2015 e 2016. Segundo Tannure, a cirurgia no joelho esquerdo do atleta lhe causou atraso.
— No inicio do ano passado pegamos ele de uma lesão muscular, detectamos desequilíbrio, que foi corrigido. Depois teve outra lesão, uma pancada no joelho, e após a cirurgia teve intercorrências que atrapalharam o processo — explicou o médico.
Conca, por sua vez, iniciou do zero a recuperação no joelho esquerdo ao chegar da China. Fez a fase um, curando as dores na fisioterapia, a dois, com os primeiros movimentos, a três, transição para a preparação física, até ir a campo, na fase quatro.
— Quanto se está na fase quatro, liberado com bola, ainda tem restrições a atividades intensas, que aumentam a imprevisibilidade. E normalmente tem déficit motor, muscular, que requer recondicionamento — analisa Daniel Gonçalves, detalhando a fase seguinte:.
— A fase cinco é de polimento, do ajuste fino, para gradativamente atingir os últimos aspectos do jogo.
METODOLOGIA PREVENTIVA E TRANSDISCIPLINAR
Em um ano, o CEP Fla estabeleceu procedimentos que previniram o time de lesões. O protocolo é baseado nas cinco etapas de recuperação, para não liberar o jogador para campo antes da hora, “no olho”, como acontecia antes. Para melhorar o método, os treinamentos são individualizados.
— Criamos alguns critérios para passar de uma etapa a outra, por isso não damos prazo. Tem atletas que podem cumprir em prazo menor e não tem porque segurar. E se demorar um tempo a mais não nos preocupa, porque não abrimos mão de que cumpra todas as etapas — explicou Marcio Tannure, há 15 anos no clube.
Para ele, em um ano foi corrigido o grande problema no departamento médico.
– Queremos criar uma linguagem comum, vemos em outros clubes mutidisciplinar e não transdisciplinar. Esse era um dos grandes problemas que detectamos no Flamengo, que era principalmente de comunicação. A gente trabalha em conjunto. Todos sabem o que acontece em cada área. Tem fase que fisioterapeuta e preparador físico participam ao mesmo tempo. Temos tido sucesso, os números mostram, mas temos sempre que melhorar porque buscamos a excelência – completou.
As reuniões diárias contam com todos os profissionais. Eles reúnem informações e debatem os trabalhos com os jogadores. A cada etapa cumprida, a orientação pode mudar, por isso não há prazo.
– Temos reuniões diárias para saber que fase está cada atleta. Isso é feito por avaliações, percepções que a gente tem. Por isso é difícil falar em tempo. Cada atleta reage em velocidade diferente. Não tem data. Primordial é cumprir cada fase inteira, para não reincidir – explica Fred Manhães.
Este ano, o Flamengo recolheu atletas como Réver, Rômulo, Everton para treinamentos específicos. Mesmo sem lesões, o clube detectou desgaste e recolocou os jogadores em treinamentos para corrigir os problemas. Diferentemente das cinco fases, esse procedimento não é para atletas machucados e requer menos tempo, pois é complementar.
– A gente consegue detectar o desgaste do atleta em função do treinamento. Mas tem lesões imprevisiveis. Algum sinal de alerta, a gente reúne todas as áreas, todos são escutados, e pensamos em custo-beneficio. Poupar em um momento ou expor e poder ficar sem ele por mais tempo? Algumas dessas decisões são preventivas. Fazemos uma investigação sobre a carga de treinamento. Se tiver algum desequilíbrio isso vai ser corrigido. Tem que tratar a consequência e a causa. O atleta pode ser retirado do treino ou ter treino especifico – detalha Tannure.
Em uma fase mais aguda de treinamento, o critério da liberação é por exame de imagem, a ultrassonografia. Além disso, a prevenção se dá com termografia, utilizada para ver a fadiga. É uma câmera usada na indústria para ver se há dutos com temperatura elevada, e foi importado para área clinica para detectar aumento da temperatura local que indicaria um processo inflamatorio.
– Essa avaliação é feita no pós-jogo sempre, ou na fase de recuperação – lembra Daniel Gonçalves.
O preparador pega a partir da fase três e para passar da fase quatro para a cinco o jogador precisa atingir 90% do que já produziu. O trabalho diário é dosar para não exceder a carga de treino nem diminuí-la demais, para não “destreinar” o atleta.
– Uma coisa é lesão, quando tem as fases de um a cinco. Mas o atleta não lesionado também tem etapas a cumprir em função do padrão de desempenho. Quando está abaixo, podemos ter intervenções individualizadas. Se esta tendo fadiga exagerada, desempenhoo abaixo, deficit muscular, faz um programa e avalia a conduta, com calculo de risco, se vale a pena tirar de sessões de treinos e jogos para ter ganho na frente. Não tem um protocolo estabelecido. Tem o quanto pode tirar do atleta e em relação ao controle de carga. Isso auxilia que tenhamos menos lesão. Se ele sobretreina pode ter lesão, e sub-treino o deixa abaixo do potencial. A faixa é pequena. Sao controles diários para trinta e poucos atletas – conta o preparador físico.
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A Paciência é uma bela virtude.
Que 95% da galera nao tem. Hauahaua
É nessas horas que adoraria ler as opiniões do Fred (ex-atacante do Flu)... &;-D
oq tem ele?
Adorava reclamar de departamento médico... &;-D
esses 2 jogando....
O Conca e bom , esse Ederson e um pereba , já está aqui a dois anos e não faz nada , e um come e dorme.
Pelo andar da carruagem, Conca vai estrear antes do retorno de Éderson.
Conceitos muito interessantes!
Não sei a origem (criados ou copiados de alguém), mas mostram uma evolução ímpar na área de recuperação de atletas.
Resumindo: o tempo vai mostrar a eficácia desses métodos "transdisciplinares".
Espero que estejamos na vanguarda, como sempre!
Qta novela. Ederson já era para estar joga do de acordo com o Runco. E Conca já estaria pronto agora final de abril inicio de maio. Agora já até ouvi o caso do Conca para junho ou julho. N dá pra entender.
oq o runco sabe se ele nem trabalha la?
Pois é, como o cara critica um trabalho sem conhece-lo
Runco não disse isso.
Disse que não é por problemas com a operação no joelho
Exato, tirou o dele fora...
Evolução ou involução? Difícil em um cenário moderno, onde aliada a tecnologia desenvolvida na área da fisiologia do exercício e fisioterapia esportiva sejamos forçados a entender como normal uma recuperação de um atleta de mandar tanto tempo assim. De fato o birrento chororo do Dr. Runco que para proteger sua prole largou merda no ventilador trouxe a tona esse tipo de questionamento. Será que o DM segue a melhor linha da medicina esportiva e estaria realmente fazendo um trabalho de ponta? Difícil responder, mas esse vagaroso processo de recuperação liga esse alerta.
axo q o ano passado provou isso em....
É bem possível que tenha havido algum erro no caso do Ederson, mas não existem trabalho sem erro algum nem na NASA.
O fato de termos sido a equipe com menos lesões ano passado comprova que o trabalho é muito bem feito e merece ser elogiado. Mas sempre dá pra melhorar sim.
Fosse em outra época o Ederson e o Conca já estariam jogando.
Com ctz. Tudo isso que a reportagem falou é frescura e o Flamengo não foi o time que menos sofreu com lesões em 2016.
qual foi o time? fiquei curioso!...
Foi de fato o Flamengo, Adriano.
né....
estariam jogando reclamando de dores e tomando infiltração né kkk
o problema do Ederson não é o departamento medico e sim ele mesmo que e feito de vidro, de 2010 a 2017 em nenhum ano o cara fez 30 partidas sempre machucado, jogador de vidro eu sou capaz de apostar que não fará 10 partidas e se machuca novamente
pensamento positivo sempre cara.....
pensamento positivo por um cara que não joga a proticamente 7 anos, que esta a 9 meses parado e recebendo em dia, Edeson já esta no flamengo a 2 anos e se bobear não tem 30 jogos em 2 anos, o que me faria pensar que agora vai? que motivos tenho para isso?
Fechado. Apostado 50,00. 10 partidas
Vc está sendo precavido.. 10 partidas!! kkkk
Com essas mudanças no Flamengo, na filosofia de trabalho, na infraestrutura, fico aqui pensando quando algum desses atletas saírem pra outro time aqui do país.
A primeira coisa que eles vão achar MUITA diferença vai ser justamente todo esse cuidado na preparação física, seguindo por etapas e supervisão da equipe médica, tendo cada um uma dieta nutricional específica.
Vão sentir muita diferença.
difícil um atleta nosso ir pra outro clube do brasil, a não ser q seja um q nos estejamos descartando claro