De um lado, um Flamengo que, sem o talento do machucado Diego, vem fazendo adaptações em sua forma de jogar e apostando ainda mais numa estratégia de troca de passes e posse de bola. De outro, o Fluminense de Abel Braga que, ao longo do campeonato, solidificou um modelo ultraofensivo. A compor o cenário, surge a final da Taça Guanabara entre os dois clubes, em março. Na ocasião, um 3 a 3 alucinante em que o Fluminense abriu mão de seu estilo habitual e construiu dois de seus gols através do contragolpe, antes de vencer nos pênaltis. Ingredientes para fazer das estratégias da decisão uma grande interrogação.
É um choque de gerações. Dezoito anos separam Abel Braga, 64, técnico mais velho dentre os que dirigem os clubes da Série A, de Zé Ricardo. Olhar para a última final deverá fazer parte da preparação de ambos, o que pode tornar o duelo tático de amanhã fascinante.
Abel repete que seu time não vai abdicar de atacar. Mas sempre destaca que, embora venha preferindo uma condição de protagonista dos jogos, com iniciativa das partidas, tem à disposição jogadores rápidos, bons de contra-ataque. Deverá tomar a iniciativa, mas é difícil cravar como vai enfrentar este Fla-Flu.
Nos últimos jogos, o modelo ofensivo do Fluminense exibiu novos e ousados contornos. Contra o Goiás, pela Copa do Brasil, e em momentos da semifinal estadual contra o Vasco, Abel chegou a ter saídas de bola a partir da defesa com cinco jogadores posicionados na linha de ataque: os três atacantes, além dos laterais Lucas e Léo. Laterais, aliás, são peças-chave nos times de Abel para desequilibrar a marcação dos adversários. Ele avisa que este desenho só é possível em algumas partidas, embora seja um emblema de um Fluminense disposto a agredir. Contra o Vasco, em particular, pretendia evitar que o rival pressionasse a saída de bola no campo tricolor, além de provocar uma surpresa, já que tinha a vantagem do empate.
Diante do Flamengo, tal situação extrema dificilmente se repetirá, mas os dois laterais continuarão ativos na construção das jogadas: talvez não na linha de atacantes, mas iniciando os lances junto aos meias.
— O Flamengo vai começar de uma maneira, e nós também. Dependendo do que acontecer, vamos mudar — disse Abel Braga ontem.
Ocorre que a formação do Flamengo só será conhecida amanhã, pouco antes das 16h. Éverton é dúvida e pode dar lugar a Trauco: sairia um jogador mais veloz e incisivo pelo lado, entrando outro com característica de buscar o meio para armar. Isso altera a forma de ocupar as laterais do campo tanto quanto a hipótese de entrada de Berrío. Na Taça Guanabara, o Flamengo tinha Éverton e Mancuello pelos lados do campo. Ambos tentavam armar pelo meio. O Fluminense marcou bem e ligou inúmeros contragolpes pelas extremas.
O Flamengo também passou por mudanças desde a final do primeiro turno. Sem Diego, especialista em jogar pelo centro do campo, Zé Ricardo apostou numa nova movimentação de Guerrero.
Chegou a chamá-lo de “falso 10”: o atacante se distancia um pouco dos zagueiros adversários e surge na zona de armação. Quando teve Éverton e Gabriel pelos lados, sua formação atualmente titular, Zé Ricardo pediu aos dois que entrassem em diagonal na área (como mostra o quadro ao lado). Um movimento diferente do adotado na Taça Guanabara.
— O Fluminense tem muito volume ofensivo, mas também pontos fracos — diz Zé Ricardo.
Com Willian Arão e Rômulo à frente de Márcio Araújo, o Flamengo ficou menos exposto aos contragolpes sofridos no primeiro turno. Outra exigência do treinador aos dois é a aproximação da área. Nem sempre aconteceu. As infiltrações são mais naturais para Arão do que para Rômulo. O que, por vezes, isolou Guerrero. Para corrigir, Zé Ricardo já testou Gabriel pelo meio, mais próximo do peruano, ou dois centroavantes. Em Curitiba, o time cresceu após a entrada de Leandro Damião ao lado do artilheiro. Formação que pode prender, pelo menos, mais um homem do Fluminense na linha de defesa.
Se, em momentos do jogo, o tricolor usar seus cinco homens na linha ofensiva, o Flamengo terá que reforçar a defesa: por sua estatura, Rômulo é o jogador com o melhor perfil para esse auxílio.
Fonte: O Globo
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Não pode Flamengar.
Precisamos desse título pra elevar nossa auto estima.
Bandeira conseguiu quebrar de maior período sem títulos nos últimos 22 anos. Flamengo sempre ganhava no mínimo uma Taça Guanabara no ano.
Espero que ele venha de Gabriel amanhã, se não vier, já sabemos quem vai jogar pelas pontas quarta feira.
Quer dizer então que o Zé vai escalar o time principal?! Não faça isso, Zé.
Time "reserva".
Muralhinha dentro, pois seu futebol é apropriado, no máximo, para esse tipo de campeonato.
Juan e Vaz.
Rodney
Renée
Massaraujo
Mancuello
Cuellar
Paquetá
Matheus Sávio
Vizeu
Sim, Guerrero saindo da área e armando para Gabriel foi uma ótima estratégia!! Tem tudo pra dar certo!!
Quer surpreender ZR?
Escala um time decente, sem pereba em campo.
Teu nome tá em jogo, tá na hora mostrar que vc é um técnico de futebol, e não uma marionete que é obrigada a escalar perebas de dirigentes/empresários.
Tenha respeito pelo Flamengo e por si próprio!!
Não va com o titular
Fdse o carioca